2 resultados para Homicídio. Estrutura etária. Envelhecimento populacional
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
As projeções de gastos com saúde apontam para um crescimento considerável das despesas em decorrência do envelhecimento populacional. No entanto, estudos mostram que os gastos se concentram no fim da vida e, dessa forma, projeções que não levam em conta variáveis de proximidade à morte tendem a superestimar as projeções. O objetivo deste trabalho é analisar a magnitude dos gastos com internações públicas no Brasil por status de sobrevivência, e identificar se existe uma relação entre despesas com internações para indivíduos próximos à morte e idade à morte. O banco de dados empregado é oriundo do Sistema de Informações Hospitalares do DATASUS - SIH/DATASUS - para o período de 1995 a 2007 no Brasil. Foi analisada a evolução dos gastos totais e a tendência dos gastos por grupo etário para aqueles pacientes que tiveram como motivo de saída do hospital a alta (sobreviventes) ou o óbito (pacientes terminais). A fim de analisar o efeito do status de sobrevivência sobre os gastos com internações no futuro, simulamos projeções de gastos em 2050, desagregados entre gastos de sobreviventes e gastos relacionados à morte. Os resultados mostram que o padrão de gastos por status de sobrevivência no Brasil é crescente por grupo etário para o grupo de sobreviventes, e decrescente para os indivíduos que faleceram. Também se verificou que a razão de gastos mortos/sobreviventes diminui com a idade. A simulação da projeção de gastos com internações para 2050 mostra que quando se considera apenas o perfil etário dos gastos médios em 2007, há um crescimento de mais de 380% nos gastos com internações em 2050 quando comparado a 2007, mas quando os gastos são projetados segundo o status de sobrevivência, o crescimento não passa de 70%. Projeção retrospectiva para 2007 mostra que o efeito do envelhecimento é menor quando o efeito da proximidade à morte é levado em consideração. Os resultados parecem indicar que os gastos hospitalares serão afetados mais por um aumento no número absoluto de idosos do que por um aumento da longevidade.
Resumo:
Com o envelhecimento populacional, é importante conhecer como outras faixas etárias percebem os idosos. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e descritivo, que teve como objetivo avaliar a atitude de crianças que convivem com idosos, em relação à velhice. Realizaram-se entrevistas com 54 crianças de sete a dez anos, que moravam com idosos. Após a caracterização sociodemográfica, foi aplicada a Escala Todaro para Avaliação de Atitudes de Crianças em Relação a Idosos, a qual avalia domínios persona, cognição, relacionamento social e agência. A maioria das crianças tinha nove anos, era do sexo masculino e morava com um idoso há mais de cinco anos. Os resultados apontaram atitudes consideradas positivas. O domínio persona apresentou relação com o tempo de moradia com o idoso. Os resultados deste trabalho permitem que as equipes de saúde planejem ações de intervenção educacional, visando manter e melhorar as atitudes de crianças em relação aos idosos.