11 resultados para Fotografia documentaria

em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo


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Fotografia e arte conceitual constituem um par complexo. Se alguns autores afirmam que a fotografia desempenhou um mero papel documental, outros, ao contrário, apontam para o uso de recursos específicos, por parte de alguns artistas, que permitem problematizar a imagem técnica, suas possibilidades visuais e seus significados sociais.

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O artigo discute trânsitos de imagens do real para reconfigurações artísticas, incluindo ainda questões sobre comunicação. A partir da obra do artista plástico Vik Muniz são trabalhadas as relações entre fotografia, o real e a arte. A origem indicial é ponto de partida para refletir sobre as diferentes camadas de construção, re-produção, re-apresentação e observação. Será feita uma comparação com as fotos de Sebastião Salgado. Autores como Josep M. Català, John Berger, Margarita Ledo, Paulo Herkenhoff e Susan Sontag fornecem a fundamentação teórica.

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O presente artigo parte do tema da fotografia para valer-se dele como modo de compreensão do narrador em Dom Casmurro, romance publicado por Machado de Assis em 1899. Através do levantamento de passagens do enredo centradas em algum retrato (englobando nessa categoria pinturas e fotografias), desenvolve-se a noção de "narração-fotográfica", que visa enfatizar a reiteração de hipóteses e rememorações realizadas pela personagem Bentinho a partir de instantes cristalizados no tempo. A necessidade de posse através do apego às imagens, assim como aos momentos vividos relembrados pela memória, destaca a luta interior da personagem contra o esquecimento de momentos, a solidão e a condição efêmera da vida.

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A relação de Sophie Calle com dois textos ficcionais, de autoria de Hervé Guibert e Paul Auster, permite discutir um ponto central de sua poética: a atuação como performer, colocada por alguns críticos sob o signo do situacionismo. Como suas performances envolvem uma narrativa, foram analisados seus aspectos fotográficos e verbais, tendo como epicentro Suíte veneziana (1980). Qual o papel da fotografia nas narrativas de Calle, nas quais ela é personagem de si mesma? A fotografia é vestígio de acontecimentos reais e seu aspecto documental corrobora a neutralidade dos relatos escritos. É, ao mesmo tempo, fruto de um gesto performático, o qual, ao designar determinados fatos, converte a realidade em imagem.

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O presente trabalho utilizou ferramentas de sensoriamento remoto e sistema de informação geográfica, aliadas às informações espectrais do solo e quantitativas e qualitativas do relevo, para a caracterização e discriminação das classes de solos desenvolvidos do Grupo Barreiras na região do município de Porto Grande, Amapá. Após o mapeamento semidetalhado de solos, realizou-se a caracterização pontual das amostras dos perfis por meio de espectroscopia de visível e infravermelho (400-2500 nm), e a análise espacial das redes de drenagem e relevo a partir de fotos aéreas e imagens de radar. As informações quantitativas do relevo foram mais eficientes na caracterização e discriminação dos solos estudados do que as qualitativas, enquanto as informações espectrais permitiram caracterizar os solos em nível pontual. Métodos espaciais utilizando redes de drenagem e relevo e métodos espectrais utilizando amostras pontuais complementam-se na caracterização e discriminação de solos na paisagem.

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This article focuses the relationship between journeys and photographs especially among anthropologists who travel. Having travelled to the Upper Negro River as an advisor of a PhD student, I discuss what digital photographs may mean in a context where verbal communication is impossible. Real or imaginary journeys are a source of images, reports, or travel logs in which it is difficult to discern what is real and what is fiction. After discussing a few famous scientific and literary journeys, the article focuses on some anthropological journeys and concludes that images produced by anthropologists are a result of trained intuition, a sensitive gaze, and memories of former travels. The article includes photographic essays that incorporate pictures I took in February 2012 among the Hupd'äh, in the Upper Negro River region.