4 resultados para Formulações de massa
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a prevalência de sÃndrome metabólica e dos seus critérios definidores em mulheres com sÃndrome dos ovários policÃsticos do Sudeste brasileiro, estratificadas de acordo com o Ãndice de massa corpóreo e comparadas com controles ovulatórias. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado com 332 mulheres em idade reprodutiva, que foram divididas em dois grupo: Controle, constituÃdo por 186 mulheres com ciclos menstruais regulares, sintomas ovulatórios e sem diagnóstico de sÃndrome dos ovários policÃsticos ou outra anovulação crônica; e SÃndrome dos ovários policÃsticos, composto por 146 mulheres com o diagnóstico de sÃndrome dos ovários policÃsticos - Consenso de Rotterdam ASRM/ESHRE. Cada um destes grupos foi estratificado de acordo com o Ãndice de massa corpóreo (<25 ≥ 25 e < 30 e ≥ 30 kg/m²). Foram analisadas as frequências da sÃndrome metabólica e de seus critérios definidores, caracterÃsticas clÃnicas e hormonais (hormônio folÃculo estimulante, testosterona total, sulfato de dehidroepiandrostenediona). RESULTADOS: A frequência da sÃndrome metabólica foi seis vezes maior no Grupo SÃndrome dos ovários policÃsticos obesa em relação à s mulheres controles de mesmo Ãndice de massa corpóreo (Controle com 10,5 versus SÃndrome dos ovários policÃsticos com 67,9%, p<0,01). Essa frequência foi duas vezes mais elevada entre as mulheres do Grupo SÃndrome dos ovários policÃsticos com Ãndice de massa corpóreo ≥ 25 e <30 kg/m² (Controle com 13,2 versus SÃndrome dos ovários policÃsticos com 22,7%, p<0,01) e três vezes maior em portadoras de sÃndrome dos ovários policÃsticos com Ãndice de massa corpóreo < 25 kg/m² (Controle com 7,9 versus SÃndrome dos ovários policÃsticos com 2,5%, p<0,01), em relação à s mulheres controles pareadas para o mesmo Ãndice de massa corpóreo. Independente do Ãndice de massa corpóreo, as mulheres com sÃndrome dos ovários policÃsticos apresentaram maior frequência dos critérios definidores da sÃndrome metabólica. CONCLUSÃO: Mulheres com sÃndrome dos ovários policÃsticos apresentam maior frequência de sÃndrome metabólica e de seus critérios definidores, independentemente do Ãndice de massa corpóreo. A hiperinsulinemia e o hiperandrogenismo são caracterÃsticas importantes na origem destas alterações em mulheres na terceira década de vida com sÃndrome dos ovários policÃsticos.
Influência da suplementação de creatina sobre a massa óssea de ratos espontaneamente hipertensos
Resumo:
INTRODUÇÃO: Recentes evidências indicam que a suplementação de creatina (Cr) é capaz de aumentar a densidade mineral óssea (DMO) no fêmur de ratos saudáveis em crescimento. Entretanto, há poucos estudos que testam a efetividade da suplementação desse nutriente em condições de perda óssea. OBJETIVO: Investigar o efeito da suplementação de Cr na DMO e no conteúdo mineral ósseo (CMO) de ratos espontaneamente hipertensos (SHR), um modelo experimental de baixa massa óssea. MATERIAIS E MÉTODOS: Dezesseis ratos SHR machos com 8 meses de idade foram randomizados em dois grupos experimentais pareados pelo peso corporal, a saber: 1) Pl: SHR tratados com placebo (água destilada; n = 8); e 2) Cr: SHR tratados com Cr (n = 8). Após nove semanas de suplementação os animais foram eutanasiados e o fêmur e a coluna vertebral (L1-L4) foram analisados por densitometria óssea (Dual Energy X-Ray Absorptiometry). RESULTADOS: Não houve diferença significativa na DMO (Pl = 0,249 ± 0,003 g/cm² vs. Cr = 0,249 ± 0,004 g/cm²; P = 0,95) e no CMO (Pl = 0,509 ± 0,150 g vs. Cr = 0,509 ± 0,017 g; P = 0,99) da coluna vertebral e na DMO (Pl = 0,210 ± 0,004 g/cm² vs. Cr = 0,206 ± 0,004 g/cm2;P = 0,49) e no CMO (Pl = 0,407 ± 0,021 g vs. Cr = 0,385 ± 0,021 g; P = 0,46) do fêmur total entre os grupos experimentais. CONCLUSÃO: Neste estudo, usando um modelo experimental de baixa massa óssea, a suplementação de Cr não afetou a massa óssea.
Resumo:
A análise da massa muscular (MM) em idosos, seja total (MMT) ou apendicular (MMA), é importante para o acompanhamento deste componente ao longo do envelhecimento, sendo que estes valores são mais associados à incapacidade funcional quando ajustados pela estatura, possibilitando, assim, a análise dos Ãndices de massa muscular total (IMMT) e apendicular (IMMA). O objetivo deste estudo foi apresentar valores normativos, expressos em médias e percentis, de MMT, MMA, IMMT e IMMA, de idosos do municÃpio de São Paulo, segundo sexo e grupos etários. A amostra foi composta por 1203 idosos de ambos os sexos, da coorte de 2006 do Estudo SABE: Saúde, Bem-estar e Envelhecimento, realizado no municÃpio de São Paulo, Brasil. As variáveis MMT e MMA foram identificadas a partir de equações preditivas, enquanto os respectivos Ãndices, pela razão entre os valores de MM e altura, ao quadrado (em kg.m-2). Os valores médios e os desvios-padrão de MMT, de mulheres e homens, com menos de 80 e 80 anos e mais, foram, em kg, 17,7±3,6, 14,4±3,2, 26,9±3,8 e 24,1±2,9, respectivamente, enquanto os valores de MMA foram 14,4±2,1, 13,0±2,0, 21,0±2,8 e 19,4±2,3, respectivamente. Quando ajustados pela altura, os valores de IMMT foram, em kg.m-2, 7,6±1,4, 6,3±1,2, 9,8±1,1 e 8,9±0,9, e os valores de IMMA foram, 6,1±0,7, 5,7±0,7, 7,6±0,8 e 7,2±0,7, respectivamente. Todas as variáveis apresentaram alta correlação entre si (r>0,84). Homens e idosos mais jovens apresentaram maiores valores, com significância estatÃstica, em relação aos seus pares e as diferenças entre os grupos etários são maiores entre as mulheres.
Resumo:
O presente estudo objetivou validar equações preditivas para estimar a quantidade de massa muscular esquelética (MME) em idosos. A absorciometria radiológica de dupla energia (DXA) foi adotada como referência, e utilizada para estimar a MME apendicular, cujos valores foram comparados à queles, obtidos por equações preditivas, que utilizam dados antropométricos, idade, etnia e sexo. A concordância entre os métodos foi verificada pelo teste t pareado, pelo coeficiente de correlação de Pearson e pela medida de dispersão dos erros, enquanto a comparação da prevalência de sarcopenia foi analisada pelo coeficiente de Kappa, pela sensibilidade e especificidade. Foram mensurados 180 idosos (120 mulheres e 60 homens), com idade entre 60 e 81 anos. A quantidade de MME, estimada pela equação preditiva de Lee et al., não diferiu daquela obtida pela DXA (p>0,05), e apresentou elevada correlação, tanto em homens (r=0,90; p<0,001), quanto em mulheres (r=0,86; p<0,001), com significância estatÃstica. A prevalência de sarcopenia, também, não diferiu entre os métodos (DXA=33,3% e equação=36,1%) e apresentou elevados valores de concordância (k=0,74; p<0,001), bem como de especificidade (89%) e de sensibilidade (86%). Conclui-se que a equações preditivas, em particular a de Lee et al., são válidas para estimar a quantidade de MME e a prevalência de sarcopenia, em idosos.