Saúde auditiva: adaptação de AASI em indivíduos com anomalias craniofaciais, discussão de casos clínicos

As malformações de orelha são anomalias craniofaciais que ocorrem no período de desenvolvimento embrionário, podem acometer tanto a orelha externa, como a média e/ou a interna, e apresentam-se uni ou bilateralmente. A deficiência auditiva é um dos achados clínicos mais comum, cujo tipo e grau pode variar de acordo com as estruturas comprometidas. Para os casos de malformações bilaterais, a preocupação está relacionada ao desenvolvimento de fala e linguagem, sendo imprescindível o diagnóstico audiológico precoce, seguido de intervenção. As possibilidades de tratamento para as malformações de orelha incluem: a adaptação de aparelho de amplificação sonora individual (AASI) por condução aérea ou por condução óssea, a adaptação de próteses auditivas de orelha média cirurgicamente implantáveis e/ou a reconstrução cirúrgica da orelha. Quando na indicação do AASI, o mais comum é a adaptação do dispositivo auditivo por condução óssea, o qual consiste de um vibrador eletromagnético pressionado contra a mastóide, sustentado por um arco ao redor da cabeça. A onda sonora captada pelo microfone é convertida em vibrações eletromagnéticas que serão transmitidas à cóclea. Porém, é importante investigar as condições anatômicas da orelha externa malformada, de modo a verificar a possibilidade da introdução do molde auricular e da sustentação do dispositivo auditivo retroauricular por condução aérea. O objetivo deste estudo é discutir alguns casos clínicos de indivíduos portadores de malformação de orelha externa e/ou média, usuários de AASI por condução óssea e aérea, atendidos na Divisão de Saúde Auditiva-HRAC-USP-Bauru

Relação entre a quantidade de AgNORS, atividade proliferativa e o estágio de desenvolvimento placentário em equinos

As Regiões Organizadoras de Nucléolo (NORs - nucleolar organizer regions) são utilizadas para descrever regiões de cromatina coradas por Nitrato de Prata e estão relacionados com a atividade de síntese de RNAr e com a agilidade e rapidez na proliferação celular nos tecidos estudados. O objetivo deste trabalho foi relacionar a quantidade de AgNORs, a atividade proliferativa e o estágio da gestação em equinos, utilizando a coloração de Nitrato de Prata. Os anexos embrionários foram coletados, fixados em solução de formaldeído tamponado 10%, emblocadas em paraplast e submetidos à coloração de Nitrato de Prata. Os grupos foram determinados de acordo com a idade gestacional. A quantidade de NORs encontrada no cório no começo da gestação indica início da atividade celular e na medida em que a gestação avança, a quantidade de NORs aumenta, sugerindo maior atividade de síntese e aumento da sua importância na manutenção do feto. Ao contrário do que ocorre no cório, a quantificação das NORs foram maiores no final da gestação do que no inicio, sugerindo a estabilização destas membranas no final da gestação. A cinta coriônica e o saco vitelino foram encontrados no início da gestação e apresentaram grande quantidade de NORs, sugerindo função de síntese e proliferação no inicio da gestação, visto que suas funções é manutenção do embrião até a formação completa da placenta verdadeira (cório-alantoide). Concluímos que as membranas que se desenvolvem de maneira progressiva de acordo com o crescimento embrionário/fetal (cório, alantoide e âmnio) têm aumento no número de NORs e as membranas que involuem após a formação do embrião/feto (saco vitelino e cinta coriônica) têm um decréscimo neste número, sugerindo a diminuição da atividade proliferativa nestas membranas.

Three-Dimensional Ultrasonographic Assessment of Fetal Total Lung Volume as a Prognostic Factor in Primary Pleural Effusion

Objectives-The purpose of this study was to predict perinatal outcomes using fetal total lung volumes assessed by 3-dimensional ultrasonography (3DUS) in primary pleural effusion. Methods-Between July 2005 and July 2010, total lung volumes were prospectively estimated in fetuses with primary pleural effusion by 3DUS using virtual organ computer-aided analysis software. The first and last US examinations were considered in the analysis. The observed/expected total lung volumes were calculated. Main outcomes were perinatal death (up to 28 days of life) and respiratory morbidity (orotracheal intubation with mechanical respiratory support >48 hours). Results-Twelve of 19 fetuses (63.2%) survived. Among the survivors, 7 (58.3%) had severe respiratory morbidity. The observed/expected total lung volume at the last US examination before birth was significantly associated with perinatal death (P < .01) and respiratory morbidity (P < .01) as well as fetal hydrops (P < .01) and bilateral effusion (P = .01). Conclusions-Fetal total lung volumes may be useful for the prediction of perinatal outcomes in primary pleural effusion.

Leucine Is Essential for Attenuating Fetal Growth Restriction Caused by a Protein-Restricted Diet in Rats

Certain amino acids, such as leucine (Leu) are not only substrates for protein synthesis but also are important regulators of protein metabolism. Moreover, it is known that alterations in intrauterine growth favor the development of chronic diseases in adulthood. Therefore, we investigated the role of Leu in combination with other BCAA on effects that are induced by maternal protein restriction on fetal growth. Wistar rats were divided into 4 groups according to the diet provided during pregnancy: control (C; 20% casein); V+I [5% casein + 2% L-valine (Val) + 2% L-isoleucine (Ile)1; KYT 15% casein + 1.8% L-lysine (Lys) + 1.2% L-tyrosine (Tyr) + 1% L-threonine (Thr)1; and BCAA (5% casein + 1.8% L-Leu + 1.2% L-Val + 1% L-Ile). Maternal protein restriction reduced the growth and organ weight of the offspring of dams receiving the V+I and KYT diets compared with the C group. Supplementation with BCAA reversed this growth deficit, minimizing the difference or restoring the mass of organs and carcass fat, the liver and muscle protein, and the RNA concentrations compared with newborns in the C group (P < 0.05). These effects could be explained by the activation of the mTOR signaling pathway, because phosphorylation of 4E-BP1 in the liver of offspring of the BCAA group was greater than that in the C, V+I, and KYT groups. The present results identify a critical role for Leu in association with other BCAA in the activation of the mTOR signaling pathway for the control of altered intrauterine growth induced by a maternal low-protein diet. J. Nutr. 142: 924-930, 2012.

A randomized controlled trial of fetal endoscopic tracheal occlusion versus postnatal management of severe isolated congenital diaphragmatic hernia

Objective Severe pulmonary hypoplasia and pulmonary arterial hypertension are associated with reduced survival in congenital diaphragmatic hernia (CDH). We aimed to determine whether fetal endoscopic tracheal occlusion (FETO) improves survival in cases of severe isolated CDH. Methods Between May 2008 and July 2010, patients whose fetuses had severe isolated CDH (lung-to-head ratio < 1.0, liver herniation into the thoracic cavity and no other detectable anomalies) were assigned randomly to FETO or to no fetal intervention (controls). FETO was performed under maternal epidural anesthesia supplemented with fetal intramuscular anesthesia. Tracheal balloon placement was achieved with ultrasound guidance and fetoscopy between 26 and 30 weeks of gestation. All cases that underwent FETO were delivered by the EXIT procedure. Postnatal therapy was the same for both treated fetuses and controls. The primary outcome was survival to 6 months of age. Other maternal and neonatal outcomes were also evaluated. Results Twenty patients were enrolled randomly to FETO and 21 patients to standard postnatal management. The mean gestational age at randomization was similar in both groups (P = 0.83). Delivery occurred at 35.6 +/- 2.4 weeks in the FETO group and at 37.4 +/- 1.9 weeks in the controls (P < 0.01). In the intention-to-treat analysis, 10/20 (50.0%) infants in the FETO group survived, while 1/21 (4.8%) controls survived (relative risk (RR), 10.5 (95% CI, 1.5-74.7), P < 0.01). In the receivedtreatment analysis, 10/19 (52.6%) infants in the FETO group and 1/19 (5.3%) controls survived (RR, 10.0 (95% CI, 1.4-70.6) P < 0.01). Conclusion FETO improves neonatal survival in cases with isolated severe CDH. Copyright (C) 2011 ISUOG. Published by John Wiley & Sons, Ltd.