3 resultados para Brasil. [Código florestal (1965)]

em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo


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Frente ao debate atual que cerca a legislao florestal brasileira, o presente artigo explora a correlao entre variveis econmicas e a proporo de reas protegidas institudas em terras privadas, as reservas legais, nos municpios do estado de So Paulo. Sua principal contribuio apontar que argumentos utilizados para justificar o descumprimento e embasar alteraes s regras de proteo ambiental vigentes, no se sustentam.

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Este texto busca oferecer uma viso geral da produo fonogrfica brasileira entre 1965 e 1999. A partir de levantamentos estatsticos produzidos pelo Nopem (Nelson Oliveira Pesquisas de Mercado), apresentada aqui uma classificao dessa produo em diferentes segmentos e uma breve descrio do surgimento e da dinmica de cada um deles, bem como, em alguns casos, uma anlise mais detalhada de suas caractersticas e de seu desenvolvimento. Com vistas a uma melhor contextualizao, a exposio dos dados acompanhada por uma ligeira discusso acerca do cenrio geral da indstria

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Este trabalho resume os dados de florstica e fitossociologia de 11, das 14 parcelas de 1 ha, alocadas ao longo do gradiente altitudinal da Serra do Mar, So Paulo, Brasil. As parcelas comeam na cota 10 m (Floresta de Restinga da Praia da Fazenda, municpio de Ubatuba) e esto distribudas at a cota 1100 m (Floresta Ombrfila Densa Montana da Trilha do rio Itamambuca, municpio de So Luis do Paraitinga) abrangendo os Ncleos Picinguaba e Santa Virgnia do Parque Estadual da Serra do Mar. Na Restinga o solo Neossolo Quartzarnico francamente arenoso, enquanto que na encosta o solo um Cambisolo Hplico Distrfico argilo-arenoso, sendo que todas as parcelas apresentaram solo cido (pH 3 – 4) com alta diluio de nutrientes e alta saturao de alumnio. Na Restinga e no sop da encosta o clima Tropical/Subtropical mido (Af/Cfa), sem estao seca, com precipitao mdia anual superior a 2.200 mm e temperatura mdia anual de 22 °C. Subindo a encosta mantm-se a mdia de precipitao, mas h um gradativo resfriamento, de forma que a 1.100 m o clima Subtropical mido (Cfa/Cfb), sem estao seca, com temperatura mdia anual de 17 °C. Destaca-se ainda que, quase diariamente, a parte superior da encosta, geralmente acima de 400 m, coberta por uma densa neblina. Nas 14 parcelas foram marcados, medidos e amostrados 21.733 indivduos com DAP ≥ 4,8 cm, incluindo rvores, palmeiras e fetos arborescentes. O nmero mdio de indivduos amostrados nas 14 parcelas foi de 1.264 ind.ha1 (± 218 EP de 95%). Dentro dos parmetros considerados predominaram as rvores (71% FOD Montana a 90% na Restinga), seguidas de palmeiras (10% na Restinga a 25% na FOD Montana) e fetos arborescentes (0% na Restinga a 4% na FOD Montana). Neste aspecto destaca-se a FOD Terras Baixas Exploradas com apenas 1,8% de palmeiras e surpreendentes 10% de fetos arborescentes. O dossel irregular, com altura variando de 7 a 9 m, raramente as rvores emergentes chegam a 18 m, e a irregularidade do dossel permite a entrada de luz suficiente para o desenvolvimento de centenas de espcies epfitas. Com exceo da FOD Montana, onde o nmero de mortos foi superior a 5% dos indivduos amostrados, nas demais fitofisionomias este valor ficou abaixo de 2,5%. Nas 11 parcelas onde foi realizado o estudo florstico foram encontradas 562 espcies distribudas em 195 gneros e 68 famlias. Apenas sete espciesEuterpe edulis Mart. (Arecaceae), Calyptranthes lucida Mart. ex DC. e Marlierea tomentosa Cambess (ambas Myrtaceae), Guapira opposita (Vell.) Reitz (Nyctaginaceae), Cupania oblongifolia Mart. (Sapindaceae) e as Urticaceae Cecropia glaziovii Snethl. e Coussapoa microcarpa (Schott) Rizziniocorreram da Floresta de Restinga FOD Montana, enquanto outras 12 espcies s no ocorreram na Floresta de Restinga. As famlias com o maior nmero de espcies so Myrtaceae (133 spp), Fabaceae (47 spp), 125 Fitossociologia em parcelas permanentes de Mata Atlntica http://www.biotaneotropica.org.br/v12n1/pt/abstract?article+bn01812012012 http://www.biotaneotropica.org.br Biota Neotrop., vol. 12, no. 1 Introduo A Mata Atlntica sensu lato (Joly et al. 1999) a segunda maior floresta tropical do continente americano (Tabarelli et al. 2005). A maior parte dos Sistemas de Classificao da vegetao brasileira reconhece que no Domnio Atlntico (sensu Ab’Saber 1977) esse bioma pode ser dividido em dois grandes grupos: a Floresta Ombrfila Densa, tpica da regio costeira e das escarpas serranas com alta pluviosidade (Mata Atlntica – MAsensu stricto), e a Floresta Estacional Semidecidual, que ocorre no interior, onde a pluviosidade, alm de menor, sazonal. Na regio costeira podem ocorrer tambm Manguezais (Schaeffer-Novelli 2000), ao longo da foz de rios de mdio e grande porte, e as Restingas (Scarano 2009), crescendo sobre a plancie costeira do quaternrio. No topo das montanhas, geralmente acima de 1500 m, esto os Campos de Altitude (Ribeiro & Freitas 2010). Em 2002, a Fundao SOS Mata Atlntica em parceria com o INPE (Instituto..., 2002) realizaram um levantamento que indica que h apenas 7,6% da cobertura original da Mata Atlntica (s.l.). Mais recentemente Ribeiro et al. (2009) refinaram a estimativa incluindo fragmentos menores, que no haviam sido contabilizados, e concluram que resta algo entre 11,4 e 16% da rea original. Mesmo com esta fragmentao, o mosaico da Floresta Atlntica brasileira possui um dos maiores nveis de endemismos do mundo (Myers et al. 2000) e cerca da metade desses remanescentes de grande extenso esto protegidos na forma de Unidades de Conservao (Galindo & Cmara 2005). Entre os dois centros de endemismo reconhecidos para a MA (Fiaschi & Pirani 2009), o bloco das regies sudeste/sul o que conserva elementos da poro sul de Gondwana (Sanmartin & Ronquist 2004), tido como a formao florestal mais antiga do Brasil (Colombo & Joly 2010). Segundo Hirota (2003), parte dos remanescentes de MA est no estado de So Paulo, onde cerca de 80% de sua rea era coberta por florestas (Victor 1977) genericamente enquadradas como Mata Atlnticasensu lato(Joly et al. 1999). Dados de Kronka et al. (2005) mostram que no estado restam apenas 12% de rea de mata e menos do que 5% so efetivamente florestas nativas pouco antropizadas. Nos 500 anos de fragmentao e degradao das formaes naturais, foram poupadas apenas as regies serranas, principalmente a fachada da Serra do Mar, por serem imprprias para prticas agrcolas. Usando o sistema fisionmico-ecolgico de classificao da vegetao brasileira adotado pelo IBGE (Veloso et al. 1991), a Floresta Ombrfila Densa, na rea de domnio da Mata Atlntica, foi subdividida em quatro faciaes ordenadas segundo a hierarquia topogrfica, que refletem fisionomias de acordo com as variaes das faixas altimtricas e latitudinais. No estado de So Paulo, na latitude entre 16 e 24 °S temos: 1) Floresta Ombrfila Densa das Terras Baixas - 5 a 50 m de altitude; 2) Floresta Ombrfila Densa Submontana – no sop da Serra do Mar, com cotas de altitude variando entre 50 e 500 m; 3) Floresta Ombrfila Densa Montanarecobrindo a encosta da Serra do Mar propriamente dita, em altitudes que variam de 500 a 1.200 m; 4) Floresta Ombrfila Densa Altimontanaocorrendo no topo da Serra do Mar, acima dos limites estabelecidos para a formao montana, onde a vegetao praticamente deixa de ser arbrea, pois predominam os campos de altitude. Nas ltimas trs dcadas muita informao vem sendo acumulada sobre a composio florstica e a estrutura do estrato arbreo dos remanescentes florestais do estado, conforme mostram as revises de Oliveira-Filho & Fontes (2000) e Scudeller et al. (2001). Em florestas tropicais este tipo de informao, assim como dados sobre a riqueza de espcies, reflete no s fatores evolutivos e biogeogrficos, como tambm o histrico de perturbao, natural ou antrpica, das respectivas reas (Gentry 1992, Hubbell & Foster 1986). A sntese dessas informaes tem permitido a definio de unidades fitogeogrficas com diferentes padres de riqueza de espcies e apontam para uma diferenciao, entre as florestas paulistas, no sentido leste/oeste (Salis et al. 1995, Torres et al. 1997, Santos et al. 1998). Segundo Bakker et al. (1996) um mtodo adequado para acompanhar e avaliar as mudanas na composio das espcies e dinmica da floresta ao longo do tempo por meio de parcelas permanentes (em ingls Permanent Sample Plots –PSPs). Essa metodologia tem sido amplamente utilizada em estudos de longa durao em florestas tropicais, pois permite avaliar a composio e a estrutura florestal e monitorar sua mudana no tempo (Dallmeier 1992, Condit 1995, Sheil 1995, Malhi et al. 2002, Lewis et al. 2004). Permite avaliar tambm as consequncias para a floresta de problemas como o aquecimento global e a poluio atmosfrica (Bakker et al. 1996). No Brasil os projetos/programas que utilizam a metodologia de Parcelas Permanentes tiveram origem, praticamente, com o Projeto Rubiaceae (49) e Lauraceae (49) ao longo de todo gradiente da FOD e Monimiaceae (21) especificamente nas parcelas da FOD Montana. Em termos de nmero de indivduos as famlias mais importantes foram Arecaceae, Rubiaceae, Myrtaceae, Sapotaceae, Lauraceae e na FOD Montana, Monimiaceae. Somente na parcela F, onde ocorreu explorao de madeira entre 1960 e 1985, a abundncia de palmeiras foi substituda pelas Cyatheaceae. O gradiente estudado apresenta um pico da diversidade e riqueza nas altitudes intermedirias (300 a 400 m) ao longo da encosta (ndice de Shannon-Weiner - H’ - variando de 3,96 a 4,48 nats.indivduo1). Diversas explicaes para este resultado so apresentadas neste trabalho, incluindo o fato dessas altitudes estarem nos limites das expanses e retraes das diferentes fitofisionomias da FOD Atlntica durante as flutuaes climticas do Pleistoceno. Os dados aqui apresentados demonstram a extraordinria riqueza de espcies arbreas da Floresta Ombrfila Densa Atlntica dos Ncleos Picinguaba e Santa Virgnia do Parque Estadual da Serra do Mar, reforando a importncia de sua conservao ao longo de todo o gradiente altitudinal. A diversidade desta floresta justifica tambm o investimento de longo prazo, atravs de parcelas permanentes, para compreender sua dinmica e funcionamento, bem como monitorar o impacto das mudanas climticas nessa vegetao.