18 resultados para Bioma caatinga

em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo


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Nos últimos anos, o Ministério da Saúde do Brasil e a Organização Mundial da Saúde tem apoiado a investigação de novas tecnologias que possam contribuir para a vigilância, novos tratamentos e controle da leishmaniose visceral no país. Assim, o objetivo deste trabalho foi isolar compostos de plantas do bioma Caatinga, e investigar a toxicidade destes compostos contra as formas promastigotas e amastigotas de Leishmania infantum chagasi, principal parasita responsável pela leishmaniose visceral na América do Sul, e avaliar a sua capacidade para inibir a enzima acetil-colinesterase (AChE). Após a exposição aos compostos em estudo, foram realizados testes utilizando a forma promastigota que expressa luciferase e ELISA in situ para medir a viabilidade das formas promastigotas e amastigota, respectivamente. O ensaio colorimétrico MTT foi realizado para determinar a toxicidade destas substâncias utilizando células monocíticas murina RAW 264.7. Todos os compostos foram testados in vitro para as sua propriedade anti-colinesterásica. Um cumarina, escoparona, foi isolada a partir de hastes de Platymiscium floribundum, e os flavonóides, rutina e quercetina, foram isolados a partir de grãos de Dimorphandra gardneriana. Estes compostos foram purificados, utilizando cromatografia em coluna gel eluída com solventes orgânicos em misturas de polaridade crescente, e identificados por análise espectral. Nos ensaios leishmanicidas, os compostos fenólicos mostraram eficácia contra as formas extracelulares promastigotas, com EC50 para escoporona de 21.4µg/mL e para quercetina e rutina 26 e 30.3µg/mL, respectivamente. Os flavonóides apresentaram resultados comparáveis à droga controle, a anfotericina B, contra as formas amastigotas com EC50 para quercetina e rutina de 10.6 e 43.3µg/mL, respectivamente. Os compostos inibiram a enzima AChE com halos de inibição variando de 0,8 a 0,6cm, indicando um possível mecanismo de ação para a atividade leishmanicida.

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Grande parte da produção brasileira de mamona encontra-se no Nordeste, como opção de cultura para a região semiárida no bioma Caatinga. O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações nos estoques de C e N devido à mudança de uso do solo de vegetação natural para o cultivo de mamona no bioma Caatinga. Este trabalho foi realizado na Fazenda Floresta, no município de Irecê, no centro-norte baiano. O clima da região é do tipo BSwh (Köppen) - clima semiárido de altitude. O solo foi classificado em Latossolo Vermelho de textura argilosa. As situações avaliadas foram: três áreas cultivadas com mamona com diferentes tempos de implantação: (i) com 10 anos, (ii) com 20 anos e (iii) com 50 anos; e uma área de referência (vegetação nativa de Caatinga) contígua às situações avaliadas. Os estoques de C e N foram determinados em amostras de solo coletadas em cinco minitrincheiras, nas camadas de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-30 cm. Os resultados mostraram que o constante aporte de resíduos vegetais na Caatinga promoveu a manutenção dos estoques de C (90 Mg ha-1) e N (10 Mg ha-1) para a camada de 0-30 cm. A mudança de uso da terra para o cultivo da mamona ocasiona redução em aproximadamente 50 % nos estoques de C e N do solo em relação à vegetação nativa nos primeiros 10 anos de implantação da cultura. A meia-vida da matéria orgânica do solo (MOS) calculada para essa situação na região do semiárido foi de 4,7 anos. O fator de emissão de C do solo, devido à mudança de uso da terra após 20 anos, conforme proposto pelo método do IPCC (2006), foi de 2,47 Mg C ano-1. Por meio do conjunto dos resultados, observa-se a fragilidade do solo do bioma Caatinga no que se refere à perda de MOS devido à mudança de uso da terra.

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The use of stones to crack open encapsulated fruit is widespread among wild bearded capuchin monkeys (Cebus libidinosus) inhabiting savanna-like environments. Some populations in Serra da Capivara National Park (Piaui, Brazil), though, exhibit a seemingly broader toolkit, using wooden sticks as probes, and employing stone tools for a variety of purposes. Over the course of 701.5 hr of visual contact of two wild capuchin groups we recorded 677 tool use episodes. Five hundred and seventeen of these involved the use of stones, and 160 involved the use of sticks (or other plant parts) as probes to access water, arthropods, or the contents of insects` nests. Stones were mostly used as ""hammers""-not only to open fruit or seeds, or smash other food items, but also to break dead wood, conglomerate rock, or cement in search of arthropods, to dislodge bigger stones, and to pulverize embedded quartz pebbles (licking, sniffing, or rubbing the body with the powder produced). Stones also were used in a ""hammer-like"" fashion to loosen the soil for digging out roots and arthropods, and sometimes as ""hoes"" to pull the loosened soil. In a few cases, we observed the re-utilization of stone tools for different purposes (N = 3), or the combined use of two tools-stones and sticks (N = 4) or two stones (N = 5), as sequential or associative tools. On three occasions, the monkeys used smaller stones to loosen bigger quartz pebbles embedded in conglomerate rock, which were subsequently used as tools. These could be considered the first reports of secondary tool use by wild capuchin monkeys. Am. J. Primatol. 71:242-251, 2009. (c) 2008 Wiley-Liss, Inc.

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The spatial and temporal distribution of organisms is a fundamental aspect of biological communities. The present study focused on three remnants of arboreal Caatinga in northeastern Brazil between May, 2009 and April, 2010. A total of 627 euglossine males were captured in traps baited with artificial aromatic compounds. The specimens belonged to 14 species and four genera: Euglossa Latreille, Eulaema Lepeletier, Eufriesea Cockerell, and Exaerete Hoffmannsegg. Eulaema nigrita Lepeletier (41.6), Euglossa carolina Nem,sio (15.3%), Eulaema marcii Nem,sio (13.6%), and Euglossa melanotricha Moure (12.8%) were the most common species sampled. The distribution of collected specimens per fragment was as follows: BraA(0)na (280 ha)-259 individuals belonging to 14 species; Cambui (179 ha)-161 individuals from eight species; and Pindoba (100 ha)-207 individuals represented by seven species. BraA(0)na had the highest diversity (H'aEuro parts per thousand= 1.91) and estimated species richness. The largest fragment was the main source of the observed variation in species richness and abundance, indicating a non-random pattern of spatial distribution. The analysis of environmental factors indicated that seasonal variation in these factors was the principal determinant of species occurrence and abundance.

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A matéria orgânica do solo (MOS) é responsável pela fertilidade, ciclagem de nutrientes e estabilidade da estrutura, possuindo estreita relação com a agregação do solo. No entanto, ainda não é clara a relação entre as classes de agregados na dinâmica de acúmulo ou perda de MOS em função do uso e manejo do solo. Este trabalho teve como objetivo avaliar os teores de carbono (C) em agregados do solo sob quatro usos e manejos: Cerrado nativo (CE), sistema plantio direto (SPD), sistema plantio convencional (SPC) e pastagem (PA). As áreas de estudo estão localizadas no município de Rio Verde (GO), em solo classificado como Latossolo Vermelho distrófico de textura argilosa. Em amostras de solo coletadas em fevereiro de 2007 nas camadas de 0-5, 5-10 e 10-20 cm de profundidade, foram determinados: a quantidade de macroagregados (maiores que 2,0 mm), mesoagregados (maiores que 0,25 e menores que 2,00 mm) e microagregados (maiores que 0,05 e menores que 0,25 mm) estáveis em água, os índices de agregação diâmetro médio ponderado (DMP) e geométrico (DMG) e os teores de C nas classes de agregados estabelecidas. No solo avaliado observou-se predominância de macroagregados, com maior quantidade sob CE e PA, em comparação ao solo sob SPD e SPC, indicando efeito negativo do cultivo do solo na conservação de macroagregados. Contudo, os teores de C nos agregados do solo na camada de 0-20 cm foram maiores no CE e SPD em relação a PA e SPC, sugerindo que o não revolvimento e a manutenção dos resíduos culturais na superfície do solo favorecem o acúmulo de C. Com isso, foi verificado que os macro e mesoagregados podem ser mais sensíveis ao tipo de uso e manejo do solo, quando comparados aos microagregados. A agregação do solo sob PA é semelhante à do CE, embora com menores teores de C, sugerindo dinâmica de agregação diferenciada, o que merece a atenção de novas pesquisas.

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Este trabalho resume os dados de florística e fitossociologia de 11, das 14 parcelas de 1 ha, alocadas ao longo do gradiente altitudinal da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. As parcelas começam na cota 10 m (Floresta de Restinga da Praia da Fazenda, município de Ubatuba) e estão distribuídas até a cota 1100 m (Floresta Ombrófila Densa Montana da Trilha do rio Itamambuca, município de São Luis do Paraitinga) abrangendo os Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar. Na Restinga o solo é Neossolo Quartzarênico francamente arenoso, enquanto que na encosta o solo é um Cambisolo Háplico Distrófico argilo-arenoso, sendo que todas as parcelas apresentaram solo ácido (pH 3 – 4) com alta diluição de nutrientes e alta saturação de alumínio. Na Restinga e no sopé da encosta o clima é Tropical/Subtropical Úmido (Af/Cfa), sem estação seca, com precipitação média anual superior a 2.200 mm e temperatura média anual de 22 °C. Subindo a encosta mantêm-se a média de precipitação, mas há um gradativo resfriamento, de forma que a 1.100 m o clima é Subtropical Úmido (Cfa/Cfb), sem estação seca, com temperatura média anual de 17 °C. Destaca-se ainda que, quase diariamente, a parte superior da encosta, geralmente acima de 400 m, é coberta por uma densa neblina. Nas 14 parcelas foram marcados, medidos e amostrados 21.733 indivíduos com DAP ≥ 4,8 cm, incluindo árvores, palmeiras e fetos arborescentes. O número médio de indivíduos amostrados nas 14 parcelas foi de 1.264 ind.ha–1 (± 218 EP de 95%). Dentro dos parâmetros considerados predominaram as árvores (71% FOD Montana a 90% na Restinga), seguidas de palmeiras (10% na Restinga a 25% na FOD Montana) e fetos arborescentes (0% na Restinga a 4% na FOD Montana). Neste aspecto destaca-se a FOD Terras Baixas Exploradas com apenas 1,8% de palmeiras e surpreendentes 10% de fetos arborescentes. O dossel é irregular, com altura variando de 7 a 9 m, raramente as árvores emergentes chegam a 18 m, e a irregularidade do dossel permite a entrada de luz suficiente para o desenvolvimento de centenas de espécies epífitas. Com exceção da FOD Montana, onde o número de mortos foi superior a 5% dos indivíduos amostrados, nas demais fitofisionomias este valor ficou abaixo de 2,5%. Nas 11 parcelas onde foi realizado o estudo florístico foram encontradas 562 espécies distribuídas em 195 gêneros e 68 famílias. Apenas sete espécies – Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), Calyptranthes lucida Mart. ex DC. e Marlierea tomentosa Cambess (ambas Myrtaceae), Guapira opposita (Vell.) Reitz (Nyctaginaceae), Cupania oblongifolia Mart. (Sapindaceae) e as Urticaceae Cecropia glaziovii Snethl. e Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini – ocorreram da Floresta de Restinga à FOD Montana, enquanto outras 12 espécies só não ocorreram na Floresta de Restinga. As famílias com o maior número de espécies são Myrtaceae (133 spp), Fabaceae (47 spp), 125 Fitossociologia em parcelas permanentes de Mata Atlântica http://www.biotaneotropica.org.br/v12n1/pt/abstract?article+bn01812012012 http://www.biotaneotropica.org.br Biota Neotrop., vol. 12, no. 1 Introdução A Mata Atlântica sensu lato (Joly et al. 1999) é a segunda maior floresta tropical do continente americano (Tabarelli et al. 2005). A maior parte dos Sistemas de Classificação da vegetação brasileira reconhece que no Domínio Atlântico (sensu Ab’Saber 1977) esse bioma pode ser dividido em dois grandes grupos: a Floresta Ombrófila Densa, típica da região costeira e das escarpas serranas com alta pluviosidade (Mata Atlântica – MA – sensu stricto), e a Floresta Estacional Semidecidual, que ocorre no interior, onde a pluviosidade, além de menor, é sazonal. Na região costeira podem ocorrer também Manguezais (Schaeffer-Novelli 2000), ao longo da foz de rios de médio e grande porte, e as Restingas (Scarano 2009), crescendo sobre a planície costeira do quaternário. No topo das montanhas, geralmente acima de 1500 m, estão os Campos de Altitude (Ribeiro & Freitas 2010). Em 2002, a Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o INPE (Instituto..., 2002) realizaram um levantamento que indica que há apenas 7,6% da cobertura original da Mata Atlântica (s.l.). Mais recentemente Ribeiro et al. (2009) refinaram a estimativa incluindo fragmentos menores, que não haviam sido contabilizados, e concluíram que resta algo entre 11,4 e 16% da área original. Mesmo com esta fragmentação, o mosaico da Floresta Atlântica brasileira possui um dos maiores níveis de endemismos do mundo (Myers et al. 2000) e cerca da metade desses remanescentes de grande extensão estão protegidos na forma de Unidades de Conservação (Galindo & Câmara 2005). Entre os dois centros de endemismo reconhecidos para a MA (Fiaschi & Pirani 2009), o bloco das regiões sudeste/sul é o que conserva elementos da porção sul de Gondwana (Sanmartin & Ronquist 2004), tido como a formação florestal mais antiga do Brasil (Colombo & Joly 2010). Segundo Hirota (2003), parte dos remanescentes de MA está no estado de São Paulo, onde cerca de 80% de sua área era coberta por florestas (Victor 1977) genericamente enquadradas como Mata Atlântica “sensu lato” (Joly et al. 1999). Dados de Kronka et al. (2005) mostram que no estado restam apenas 12% de área de mata e menos do que 5% são efetivamente florestas nativas pouco antropizadas. Nos 500 anos de fragmentação e degradação das formações naturais, foram poupadas apenas as regiões serranas, principalmente a fachada da Serra do Mar, por serem impróprias para práticas agrícolas. Usando o sistema fisionômico-ecológico de classificação da vegetação brasileira adotado pelo IBGE (Veloso et al. 1991), a Floresta Ombrófila Densa, na área de domínio da Mata Atlântica, foi subdividida em quatro faciações ordenadas segundo a hierarquia topográfica, que refletem fisionomias de acordo com as variações das faixas altimétricas e latitudinais. No estado de São Paulo, na latitude entre 16 e 24 °S temos: 1) Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas - 5 a 50 m de altitude; 2) Floresta Ombrófila Densa Submontana – no sopé da Serra do Mar, com cotas de altitude variando entre 50 e 500 m; 3) Floresta Ombrófila Densa Montana – recobrindo a encosta da Serra do Mar propriamente dita, em altitudes que variam de 500 a 1.200 m; 4) Floresta Ombrófila Densa Altimontana – ocorrendo no topo da Serra do Mar, acima dos limites estabelecidos para a formação montana, onde a vegetação praticamente deixa de ser arbórea, pois predominam os campos de altitude. Nas últimas três décadas muita informação vem sendo acumulada sobre a composição florística e a estrutura do estrato arbóreo dos remanescentes florestais do estado, conforme mostram as revisões de Oliveira-Filho & Fontes (2000) e Scudeller et al. (2001). Em florestas tropicais este tipo de informação, assim como dados sobre a riqueza de espécies, reflete não só fatores evolutivos e biogeográficos, como também o histórico de perturbação, natural ou antrópica, das respectivas áreas (Gentry 1992, Hubbell & Foster 1986). A síntese dessas informações tem permitido a definição de unidades fitogeográficas com diferentes padrões de riqueza de espécies e apontam para uma diferenciação, entre as florestas paulistas, no sentido leste/oeste (Salis et al. 1995, Torres et al. 1997, Santos et al. 1998). Segundo Bakker et al. (1996) um método adequado para acompanhar e avaliar as mudanças na composição das espécies e dinâmica da floresta ao longo do tempo é por meio de parcelas permanentes (em inglês Permanent Sample Plots –PSPs). Essa metodologia tem sido amplamente utilizada em estudos de longa duração em florestas tropicais, pois permite avaliar a composição e a estrutura florestal e monitorar sua mudança no tempo (Dallmeier 1992, Condit 1995, Sheil 1995, Malhi et al. 2002, Lewis et al. 2004). Permite avaliar também as consequências para a floresta de problemas como o aquecimento global e a poluição atmosférica (Bakker et al. 1996). No Brasil os projetos/programas que utilizam a metodologia de Parcelas Permanentes tiveram origem, praticamente, com o Projeto Rubiaceae (49) e Lauraceae (49) ao longo de todo gradiente da FOD e Monimiaceae (21) especificamente nas parcelas da FOD Montana. Em termos de número de indivíduos as famílias mais importantes foram Arecaceae, Rubiaceae, Myrtaceae, Sapotaceae, Lauraceae e na FOD Montana, Monimiaceae. Somente na parcela F, onde ocorreu exploração de madeira entre 1960 e 1985, a abundância de palmeiras foi substituída pelas Cyatheaceae. O gradiente estudado apresenta um pico da diversidade e riqueza nas altitudes intermediárias (300 a 400 m) ao longo da encosta (índice de Shannon-Weiner - H’ - variando de 3,96 a 4,48 nats.indivíduo–1). Diversas explicações para este resultado são apresentadas neste trabalho, incluindo o fato dessas altitudes estarem nos limites das expansões e retrações das diferentes fitofisionomias da FOD Atlântica durante as flutuações climáticas do Pleistoceno. Os dados aqui apresentados demonstram a extraordinária riqueza de espécies arbóreas da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, reforçando a importância de sua conservação ao longo de todo o gradiente altitudinal. A diversidade desta floresta justifica também o investimento de longo prazo, através de parcelas permanentes, para compreender sua dinâmica e funcionamento, bem como monitorar o impacto das mudanças climáticas nessa vegetação.

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The gecko genus Phyllopezus occurs across South America's open biomes: Cerrado, Seasonally Dry Tropical Forests (SDTF, including Caatinga), and Chaco. We generated a multi-gene dataset and estimated phylogenetic relationships among described Phyllopezus taxa and related species. We included exemplars from both described Phyllopezus pollicaris subspecies, P. p. pollicaris and P. p. przewalskii. Phylogenies from the concatenated data as well as species trees constructed from individual gene trees were largely congruent. All phylogeny reconstruction methods showed Bogertia lutzae as the sister species of Phyllopezus maranjonensis, rendering Phyllopezus paraphyletic. We synonymized the monotypic genus Bogertia with Phyllopezus to maintain a taxonomy that is isomorphic with phylogenetic history. We recovered multiple, deeply divergent, cryptic lineages within P. pollicaris. These cryptic lineages possessed mtDNA distances equivalent to distances among other gekkotan sister taxa. Described P. pollicaris subspecies are not reciprocally monophyletic and current subspecific taxonomy does not accurately reflect evolutionary relationships among cryptic lineages. We highlight the conservation significance of these results in light of the ongoing habitat loss in South America's open biomes. (C) 2011 Elsevier Inc. All rights reserved.

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Extremophiles are organisms adapted to grow at extreme ranges of environmental variables, such as high or low temperatures, acid or alkaline medium, high salt concentration, high pressures and so forth. Most extremophiles are micro-organisms that belong to the Archaea and Bacteria domains, and are widely spread across the world, which include the polar regions, volcanoes, deserts, deep oceanic sediments, hydrothermal vents, hypersaline lakes, acid and alkaline water bodies, and other extreme environments considered hostile to human life. Despite the tropical climate, Brazil has a wide range of ecosystems which include some permanent or seasonally extreme environments. For example, the Cerrado is a biome with very low soil pH with high Al+3 concentration, the mangroves in the Brazilian coast are anaerobic and saline, Pantanal has thousands of alkaline-saline lakes, the Caatinga arid and hot soils and the deep sea sediments in the Brazilian ocean shelf. These environments harbour extremophilic organisms that, coupled with the high natural biodiversity in Brazil, could be explored for different purposes. However, only a few projects in Brazil intended to study the extremophiles. In the frame of astrobiology, for example, these organisms could provide important models for defining the limits of life and hypothesize about life outside Earth. Brazilian microbiologists have, however, studied the extremophilic micro-organisms inhabiting non-Brazilian environments, such as the Antarctic continent. The experience and previous results obtained from the Brazilian Antarctic Program (PROANTAR) provide important results that are directly related to astrobiology. This article is a brief synopsis of the Brazilian experience in researching extremophiles, indicating the most important results related to astrobiology and some future perspectives in this area. Received 29 February 2012, accepted 25 May 2012, first published online 11 July 2012

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A new genus, Catanduba, is proposed and supported on the cladistic analysis with the following synapomorphies: embolus tapering abruptly from half of the length, embolus tooth associated with PIK and a triangular basal nodule on male metatarsus I. Homoeomma simoni and Plesiopelma flavohirtum are transferred to Catanduba and five new species are described: C. tuskae, C. araguaia, C. piauiensis, C. canabrava and C. peruacu. The species occur mainly in central Brazil, in Cerrado areas, with some species also occurring in Atlantic forest (C. tuskae sp. n.) and Caatinga (C. piauiensis sp. n. and C. peruacu sp. n.).

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Diversity of Ephemeroptera (Insecta) of the Serra da Mantiqueira and Serra do Mar, southeastern Brazil. The aim of this study was to inventory the mayfly fauna, based on nymphal and alate stages, in Serra da Mantiqueira and in Serra do Mar, Sao Paulo State, as well as to present information about habitats used by the genera. Nymphs were collected in several streams and mesohabitats with a Surber sampler and the winged stages with light attraction methods, entomological nets, and Malaise traps. In all, eight families and 33 genera were recorded, representing a very significant portion of the Brazilian fauna (80% of families and 49% of genera). Furthermore, it was possible to identify 11 species, of which two are new records for the state: Tricorythodes santarita Traver and Caenis reissi Malzacher. Despite the high diversity recorded, the accumulation curves presented an ascending form, indicating an increase in the number of genera with additional sampling effort. The high richness found in these areas are in agreement with the high biodiversity of the Atlantic Forest biome and the sampling effort employed, which included the use of different methods, the collection of both nymphs and winged stages, and the sampling of a large area with diverse streams and habitats.

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Despite the general belief that the interaction between extrafloral nectaries (EFNs) and ants is mutualistic, the defensive function of EFNs has been poorly documented in South American savannas. In this article, we evaluate the potential impact of EFNs (benefits and costs) on two species of plants from the dry areas of Central Brazil, Anemopaegma album and Anemopaegma scabriusculum (Bignoniaceae). In particular, we characterize the composition of substances secreted by the EFNs, test whether EFNs attract ants, and whether ants actually present a defensive role, leading to reduced herbivory and increased plant fitness. Histochemical analyses indicated that EFNs from both species of Anemopaegma secrete an exudate that is composed of sugars, and potentially lipids and proteins. Furthermore, EFNs from both species were shown to present a significant role in ant attraction. However, contrary to common expectations, ants were not found to protect plants against herbivore attack. No effect was found between ant visitation and flower or fruit production in A. album, while the presence of ants led to a significant decrease in flower production in A. scabriusculum. These results suggest that EFNs might present a similar cost and benefit in A. album, and a higher cost than benefit in A. scabriusculum. Since the ancestor of Anemopaegma occupied humid forests and already presented EFNs that were maintained in subsequent lineages that occupied savannas, we suggest that phylogenetic inertia might explain the presence of EFNs in the species of Anemopaegma in which EFNs lack a defensive function.

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Among the soils in the Mato Grosso do Sul, stand out in the Pantanal biome, the Spodosols. Despite being recorded in considerable extensions, few studies aiming to characterize and classify these soils were performed. The purpose of this study was to characterize and classify soils in three areas of two physiographic types in the Taquari river basin: bay and flooded fields. Two trenches were opened in the bay area (P1 and P2) and two in the flooded field (P3 and P4). The third area (saline) with high sodium levels was sampled for further studies. In the soils in both areas the sand fraction was predominant and the texture from sand to sandy loam, with the main constituent quartz. In the bay area, the soil organic carbon in the surface layer (P1) was (OC) > 80 g kg(-1), being diagnosed as Histic epipedon. In the other profiles the surface horizons had low OC levels which, associated with other properties, classified them as Ochric epipedons. In the soils of the bay area (P1 and P2), the pH ranged from 5.0 to 7.5, associated with dominance of Ca2+ and Mg2+, with base saturation above 50 % in some horizons. In the flooded fields (P3 and P4) the soil pH ranged from 4.9 to 5.9, H+ contents were high in the surface horizons (0.8-10.5 cmol(c) kg(-1)), Ca2+ and Mg-2 contents ranged from 0.4 to 0.8 cmol(c) kg(-1) and base saturation was < 50 %. In the soils of the bay area (P1 and P2) iron was accumulated (extracted by dithionite - Fed) and OC in the spodic horizon; in the P3 and P4 soils only Fed was accumulated (in the subsurface layers). According to the criteria adopted by the Brazilian System of Soil Classification (SiBCS) at the subgroup level, the soils were classified as: P1: Organic Hydromorphic Ferrohumiluvic Spodosol. P2: Typical Orthic Ferrohumiluvic Spodosol. P3: Typical Hydromorphic Ferroluvic Spodosol. P4: Arenic Orthic Ferroluvic Spodosol.

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Tropiduridae (Squamata: Iguania) is a lizard taxon widely distributed in the neotropics. Among its representatives, some species are classified as generalists regarding habitat usage. Others exhibit a very restricted and probably relict distribution, and are strongly associated with predominantly sandy and dry habitats. Within this rather ecologically similar than phylogenetically closely related group we examined specimens of Eurolophosaurus amathites, E. divaricatus, Tropidurus hygomi, T. psammonastes for endoparasites. In all four species examined we recorded parasitic nematodes (Nemathelminthes: Nematoda). At least three nematode species were recovered: Parapharyngodon sp., Physaloptera lutzi and Strongyluris oscari, with Ph. lutzi being the most abundant parasite encountered in all lizard species examined. In spite of the hosts' habitat specialization, these parasites are also found frequently in non-psammophilous tropidurid species as well as in other squamates. Individual species richness per lizard was low, with usually just one species parasitizing at a time. These are the first parasites registered for these tropidurids and constitute a total of six new host records.

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It is believed that the exposure of organisms to harsh climate conditions may select for differential enzymatic activities, making the surviving organisms a very promising source for bioprospecting. Soil bacteria play an important role in degradation of organic matter, which is mostly due to their ability to decompose cellulose-based materials. This work focuses on the isolation and identification of cellulolytic bacteria from soil found in two environments with stressful climate conditions (Antarctica and the Brazilian semi-arid caatinga). Cellulolytic bacteria were selected using enrichments at high and low temperatures (4 or 60A degrees C) in liquid media (trypic soy broth-TSB and minimum salt medium-MM) supplemented with cellulose (1%). Many of the isolates (119 out of 254-46.9%) displayed the ability to degrade carboxymethyl-cellulose, indicating the presence of endoglucolytic activity, while only a minority of these isolates (23 out of 254-9.1%) showed exoglucolytic activity (degradation of avicel). The obtained isolates revealed a preferential endoglucolytic activity according to the temperature of enrichments. Also, the identification of some isolates by partial sequencing of the 16S rRNA gene indicated that the Bacteroidetes (e.g., Pedobacter, Chryseobacterium and Flavobacterium) were the main phylum of cellulolytic bacteria isolated from soil in Antarctica; the Firmicutes (e.g., Bacillus) were more commonly isolated from samples from the caatinga; and Actinobacteria were found in both types of soil (e.g., Microbacterium and Arthrobacter). In conclusion, this work reports the isolation of bacteria able to degrade cellulose-based material from soil at very low or very high temperatures, a finding that should be further explored in the search for cellulolytic enzymes to be used in the bioenergy industry.

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We describe a new species of Oxyepoecus Santschi, 1926, Oxyepoecus regularis sp. nov., based on workers and a gyne collected in "Caatinga Arbórea" (Arboreal Shrubland) in Milagres and "Mata Seca" (Dry Forest) in Boa Vista do Tupim, both in the state of Bahia, Brazil. The gyne of Oxyepoecus browni Albuquerque & Brandão, 2004, collected in the same leaf litter ant survey, is also described. In addition, we present new records for Oxyepoecus species in Northeastern Brazil.