13 resultados para Avaliação de serviços de saúde
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
Este estudo teve como objetivo analisar a discursividade de gestores sobre a relao entre a organizao dos serviços de saúde e a gesto do cuidado tuberculose (TB) em um municpio da regio metropolitana de Joo Pessoa/PB. Conduzido pela pesquisa qualitativa no campo analtico da Anlise de Discurso de linha francesa, participaram 16 trabalhadores de saúde que atuavam como integrantes de equipes gestoras. Os depoimentos transcritos foram organizados com uso do software Atlas.ti verso 6.0. Aps leitura minuciosa do material emprico procurou-se observar nos discursos os processos parafrsicos, polissmicos e metafricos, os quais possibilitaram a identificao da seguinte formao discursiva: organizao dos serviços de saúde e a relao com a gesto do cuidado TB; o plano e a prtica. Nos discursos dos gestores evidencia-se a fragmentao das aes de controle da tuberculose, a falta de articulao entre os serviços e os setores, o cumprimento de atividades especficas TB, bem como a falta de planejamento estratgico para gesto do cuidado da doena. Nesse sentido, para que a organizao dos serviços de saúde seja efetiva, se faz necessrio que a tuberculose seja prioridade na agenda da gesto e reconhecida como um problema social.
Resumo:
OBJETIVOS: Identificar o perfil dos usurios do Ambulatrio de Saúde Mental e do Centro de Ateno Psicossocial de Lorena - So Paulo. MTODOS: Estudo exploratrio descritivo com dados coletados em 5.830 pronturios dos usurios desses dois serviços de Saúde Mental. RESULTADOS:Foram analisados 5.490 pronturios no Ambulatrio e 340 no Centro de Ateno Psicossocial. No Ambulatrio 68% dos usurios eram mulheres e no Centro de Ateno Psicossocial, 61% eram homens. Os diagnsticos que prevaleceram no Ambulatrio foram: transtornos neurticos, relacionados ao estresse e os somatoformes, e no Centro de Ateno Psicossocial, foram os transtornos decorrentes do uso de substncias psicoativas. O grupo de medicamentos mais prescritos no Ambulatrio foi o de antidepressivos, e no Centro de Ateno Psicossocial, os antipsicticos. CONCLUSO: Verificou-se que os serviços de Saúde Mental atuam de forma desarticulada com a Ateno Bsica de Saúde e faz-se necessrio implantar o apoio matricial nesse municpio.
Resumo:
Estudo epidemiolgico descritivo que analisa a coordenao da assistncia ao doente de Tuberculose em Serviços de Ateno Primria segundo 23 doentes, 16 profissionais e 17 gestores em Ribeiro Preto-SP, atravs de instrumento adaptado para avaliar a tuberculose. De acordo com os informantes, a coordenao da assistncia ao doente em tratamento pela equipe do programa de controle da tuberculose foi considerada satisfatria. No entanto, quando h necessidade de encaminhar o doente a outros pontos de ateno, a coordenao da assistncia apresenta pontos deficientes como descontinuidade do fluxo de comunicao e participao incipiente do doente no processo de ateno, havendo necessidade de aumentar a responsabilizao pelo cuidado do doente e estimul-lo como agente ativo do processo.
Resumo:
OBJETIVOS: Conhecer o grau de satisfao dos usurios de um hospital privado e os fatores intervenientes nessa satisfao, baseado no modelo de Parasuraman, Zeithaml e Berry. MTODOS: Estudo exploratrio descritivo de abordagem quantitativa realizado em um hospital privado com amostra constituda de 288 usurios. A coleta dos dados ocorreu de abril a julho de 2009, por meio de um questionrio e a anlise estatstica descritiva e inferencial. RESULTADOS: Identificaram os nveis de satisfao dos usurios, bem como as dimenses com maior escore: garantia e confiabilidade e com menor escore: responsividade e empatia. As equipes de enfermagem e mdica obtiveram as maiores pontuaes. CONCLUSES: Observou-se a necessidade de interveno nas reas de nutrio e atendimento inicial. Assim, este estudo propiciou um diagnstico multissetorial, subsidiando os gestores da instituio na reviso de processos assistenciais e gerenciais.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar fatores epidemiolgicos e sociodemogrficos associados saúde de idosos com ou sem plano de saúde. MTODOS: Foram realizadas entrevistas com 2.143 pessoas de 60 anos e mais, no municpio de So Paulo, em 2000 e 2006. A varivel dependente, dicotmica, foi ter ou no plano de saúde. As variveis independentes abrangeram caractersticas sociodemogrficas e de condio de saúde. Foram descritas as propores encontradas para as variveis analisadas e desenvolvido modelo de regresso logstica que considerou significantes as variveis com p < 0,05. RESULTADOS: Houve diferenas, favorveis aos titulares de planos, para renda e escolaridade. O grupo sem planos privados realizou menos preveno contra neoplasias e mais contra doenas respiratrias; esperou mais para ter acesso a consultas de saúde; realizou menos exames ps-consulta; referiu menor nmero de doenas; teve maior proporo de avaliação negativa da prpria saúde e relatou mais episdios de queda. Os titulares de planos relataram menor adeso vacinao e, dentre os que foram internados, 11,1% em 2000 e 17,9% em 2006 tiveram esse procedimento custeado pelo Sistema nico de Saúde. A nica doena associada condio de titular de plano privado foi a osteoporose. CONCLUSES: H diferenas representadas pela renda e pela escolaridade favorveis aos titulares de planos e seguros privados, as quais esto relacionadas com o uso de serviços e com os determinantes sociais de saúde.
Resumo:
A tuberculose persiste como desafio para a saúde pblica. Inmeros esforos so empreendidos para o controle da doena, sendo o tratamento e o acesso do doente aos serviços de saúde entraves para a sua cura. Este artigo tem como objetivo analisar a satisfao dos doentes de tuberculose com relao aos serviços que atuam no controle da tuberculose. Trata-se de um estudo epidemiolgico, do tipo inqurito prospectivo, com abordagem quantitativa e qualitativa. Os dados foram coletados por meio de um questionrio semi-estruturado. Participaram do estudo 77 doentes. Os dados quantitativos apresentaram avaliação positiva e os qualitativos permitiram compreender a vivncia dos doentes quanto ao acesso e tratamento. Aspectos como critrios para a realizao do Tratamento Diretamente Observado e proximidade do servio moradia do doente influenciam na satisfao, o que leva necessidade de reorganizao dos serviços de saúde para que eles propiciem uma ateno adequada aos doentes de TB.
Resumo:
Este estudo objetivou avaliar o acesso ao tratamento das pessoas com tuberculose tanto coinfectadas ou no pelo Vrus da Imunodeficincia Humana (HIV). Trata-se de estudo transversal - com utilizao do instrumento Primary Care Assessment Tool aplicado a 95 pessoas - que abordou questes sobre o acesso ao tratamento em municpio do interior paulista. Para avaliação do acesso ao tratamento, utilizou-se o teste t de Student. Os escores mdios das variveis foram analisados individualmente e comparados entre os dois grupos (pessoas com TB e coinfectadas com HIV e pessoas com TB no coinfectadas pelo HIV). Os escores mdios mostraram que as coinfectadas pelo HIV apresentaram maiores dificuldades na obteno do acesso do que as no coinfectadas. Os profissionais visitavam mais vezes as coinfectadas quando comparadas s no coinfectadas; as coinfectadas quase nunca realizavam o tratamento da doena em posto de saúde perto de sua residncia. H, portanto, necessidade de maior integrao e comunicao entre os Programas de Tuberculose e DST/aids.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar as aes desenvolvidas por profissionais das equipes da Estratgia Saúde da Famlia no controle da tuberculose, no Municpio de Teresina-PI. MTODOS: Pesquisa avaliativa, de abordagem quantitativa na qual foram entrevistados 286 profissionais de saúde (64 mdicos, 76 enfermeiros, 68 auxiliares de enfermagem e 78 agentes comunitrios de saúde) da Estratgia Saúde da Famlia. RESULTADOS: Dos 286 participantes da pesquisa, 86% relataram ter sido capacitados no Programa de Controle da Tuberculose e 69,5% citaram que a capacitao foi suficiente para realizar as aes preconizadas no Programa. Na verificao de associao das aes preconizadas no diagnstico e no acompanhamento do doente de tuberculose e sua realizao pelos profissionais, constatou-se associao estatstica significativa em todas as variveis estudadas, com p<0,05. CONCLUSO: O desenvolvimento de aes do programa est associado categoria profissional de quem as realizam, portanto, importante que cada componente da equipe conhea suas reais atribuies.
Resumo:
Com base em uma pesquisa realizada no municpio de Ribeiro Preto, SP, em serviços extra-hospitalares de saúde mental, que teve como objetivo estudar a organizao desses serviços, os projetos teraputicos e a insero da reabilitao psicossocial nas aes de saúde disponibilizadas, apresenta-se reflexo terico-crtica sobre o processo de elaborao dos projetos teraputicos pelas equipes dos serviços. A pesquisa, que foi desenvolvida em um Ambulatrio e em um Centro de Ateno Psicossocial II, foi realizada com base em metodologia qualitativa; como tcnicas de coleta de dados, utilizou-se entrevistas semidiretivas e grupos focais, e a anlise dos dados apoiou-se em referencial hermenutico dialtico de Jrgen Habermas, seguindo tcnica interpretativa reconstrutiva. A anlise dos dados mostrou que os profissionais tm apresentado dificuldade na elaborao e gesto dos projetos teraputicos. Aes de saúde so disponibilizadas sem o referencial concreto de uma proposta norteadora das atividades prticas do servio. Os projetos teraputicos so referenciados pelos profissionais como decorrentes das diretrizes provenientes de instncias gestoras ou das orientaes tcnicas prprias a cada categoria profissional, mas no como atividade de construo representativa de uma filosofia de trabalho da equipe de saúde. Ao enfocar-se o projeto teraputico como um tipo de consenso fundado, resultante de ao comunicativa orientada para o entendimento mtuo e intersubjetivo entre membros da equipe do servio extra-hospitalar de saúde mental, evidencia-se a dificuldade das equipes dos serviços em organizarem-se dialogicamente para a construo coletiva do projeto teraputico.
Resumo:
A Secretaria Municipal de Saúde de So Paulo desenvolveu o ndice de Necessidades em Saúde (INS) para identificar reas prioritrias para a oferta de serviços. Em 2008 realizou um Levantamento das Condies de Saúde Bucal. Pretende-se, neste estudo ecolgico, analisar o perfil de saúde bucal em relao ao INS. As variveis, estratificadas para as idades de 5, 12 e 15 anos, foram: porcentagem de indivduos com dificuldade no acesso ao servio odontolgico; mdia do ceod e CPOD; prevalncia da necessidade de extrao e de livres de crie. As informaes foram analisadas para as 25 Supervises Tcnicas de Saúde (STS). Empregou-se o teste estatstico de covarincia, o coeficiente de correlao de Pearson e o modelo de regresso linear. Observou-se uma correlao positiva entre maiores INS e a dificuldade de acesso aos serviços. Nas STS com maiores INS houve maior experincia de crie, maior necessidade de exodontias e menor prevalncia de livres de crie. Refora-se a necessidade de priorizar as reas de privao social para melhorar a condio de saúde da populao.
Resumo:
Este trabalho relata a experincia de avaliação do acolhimento em saúde mental na cidade de So Paulo-SP, utilizando entrevistas com trabalhadores de um Centro de Ateno Psicossocial (CAPS) e duas Unidades Bsicas de Saúde (UBS). Objetivou entender o acolhimento, considerando a percepo dos trabalhadores e identificando o vnculo e a articulao da rede nesse processo. Utilizou-se como mtodo a hermenutica filosfica, para identificar que elementos participantes do processo de acolhimento poderiam ser destacados. Procedeu-se anlise das narrativas a partir de trs linhas de argumentao: vnculo, acolhimento e articulao da rede - resultando em quatro categorias: sensao de ausncia; mistura de modelos; primazia em tecnologias duras; e ineficincia quanto integralidade. A discusso apontou uma imbricao dessas categorias, colocando o investimento em tecnologias leves como centro do debate para a superao da sensao de ausncia, da mistura dos modelos e para construo da integralidade do cuidado.
Resumo:
H poucos estudos sobre homens abordando violncia como evento no fatal. Contribuindo nessa direo, descrevem-se as prevalncias da violncia psicolgica, fsica e/ou sexual sofridas por homens, detalhando-se nestes tipos a perpetrada contra parceiras. Trata-se de estudo transversal realizado com 789 homens de 18 a 60 anos, dos quais 775 com alguma parceria ntima na vida, selecionados por ordem de chegada em dois serviços de ateno primria na cidade de So Paulo. Foram investigadas as caractersticas sociodemogrficas e as violncias mencionadas, examinadas ainda quanto a sobreposies e percepo de hav-las sofrido ou perpetrado. As prevalncias de violncias sofridas na vida foram de 79% para qualquer tipo e por qualquer agressor; 63,9%, 52,8% e 6,1% respectivamente para psicolgica, fsica e sexual. Para violncias perpetradas contra a parceira na vida, temos 52,1% qualquer tipo e 40%, 31,9% e 3,9%, respectivamente, para violncia psicolgica, fsica e sexual. Nas sofridas e nas perpetradas, a psicolgica a de maior taxa exclusiva, seguida da fsica. Quanto aos agressores, conhecidos o principal agressor, seguido de familiar, estranhos e parceira ntima. Na relao entre sofrer por suas parceiras e perpetrar, 14,2% dos casos so sobrepostos e 81,2% somente perpetraram. Conclui-se que, embora nas violncias relativas s parceiras ntimas os homens sofram muito menos do que perpetrem, os dados mostram que eles se envolvem em muitas situaes de violncia, de grandes magnitudes e sobreposies, quer como vitimas ou agressores, reiterando estudos sobre masculinidade. Este conjunto complexo de situaes tambm deve ser considerado nos serviços bsicos de saúde.