2 resultados para Hospitais : Habitabilidade

em ARCA - Repositório Institucional da FIOCRUZ


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A cultura de segurança do paciente tem recebido crescente atenção no campo das organizações de saúde. Os cuidados de saúde, cada vez mais complexos, elevam o potencial de ocorrência de incidentes, erros ou falhas, particularmente em hospitais.Uma cultura de segurança fortalecida no âmbito hospitalar emerge como um dosrequisitos essenciais para melhorar a qualidade do cuidado de saúde. Avaliar o status da cultura de segurança no hospital permite identificar e gerir prospectivamente questões relevantes de segurança nas rotinas de trabalho. O objetivo central deste estudo foi realizar a adaptação transcultural do Hospital Survey on Patient SafetyCulture (HSOPSC) instrumento de avaliação das características da cultura de segurança do paciente em hospitais para a Língua Portuguesa e contexto brasileiro. Secundariamente, objetivou-se avaliar as características da cultura de segurança nos hospitais participantes. Adotou-se abordagem universalista para avaliar a equivalênciaconceitual, de itens e semântica. A análise de confiabilidade do instrumento foi realizada por meio da análise da consistência interna das dimensões, através do coeficiente alfa de Cronbach. A validade de constructo foi realizada por meio das Análises Fatorial Confirmatória e Exploratória. A cultura de segurança do paciente foi avaliada com a aplicação do questionário na população do estudo. A amostra foicomposta por 322 profissionais que trabalham em dois hospitais de cuidados agudos. A aplicação do instrumento ocorreu entre os meses de março e maio de 2012. O questionário foi traduzido para o Português e sua versão final incluiu 42 itens. Nas etapas iniciais desta adaptação a população-alvo avaliou todos os itens como de fácilcompreensão. A versão adaptada para Língua Portuguesa dos HSOPSC apresentou alfa de Cronbach total de 0,91.

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Introdução: O acidente vascular encefálico hemorrágico e a hemorragia subaracnóide são doenças de elevada morbi-mortalidade. Os produtos da degradação da hemoglobina são implicados em diversos estudos experimentais como elementoschave na fisiopatologia da lesão secundária após a hemorragia intracraniana. Entretanto, há poucos dados em humanos que possam corroborar as observações experimentais. Objetivo: Avaliar o papel dos produtos da degradação da hemoglobina e dos mecanismos de proteção contra a hemoglobina e o heme na fisiopatologia do dano secundário à hemorragia intracraniana. Métodos: Estudo prospectivo realizado nas unidades neurointensivas de três hospitais. Foi coletado sangue e líquor (pela DVE) de pacientes internados com AVEh ou HSA e hemoventrículo durante os primeiros três dias após o ictus. Foram dosadas sequencialmente as concentrações de ferro, heme, hemopexina, haptoglobina, enolase e S100-\03B2 além de um painel de citocinas. O desfecho primário era mortalidade em 7 dias Resultados: Quinze pacientes foram incluídos, 10 com HSA e 5 com AVEh. Após a hemorragia intracraniana, ocorreu o desencadeamento da resposta inflamatória no sistema nervoso central (SNC), com níveis de IL-8 e GM-CSF no líquor cerca de 20x superiores ao do plasma. Foi observada a correlação entre a concentração de ferro e IP-10 no líquor (r=0,97; p=0,03) e heme e MIP-1b no líquor (r=0,76; p=0,01). Os níveis de hemopexina e haptoglobina foram consistentemente inferiores no líquor em relação ao plasma, ao longo dos três dias de estudo. Tanto o ferro e heme plasmáticos, quanto o grau de resposta inflamatória sistêmica e no SNC foram preditores de mortalidade nos primeiros 7 dias após o evento. Conclusão: Os resultados desse estudo mostram que tanto o ferro quanto o heme estão correlacionados ao desencadeamento da lesão secundária após a hemorragia intracraniana e estão associados ao pior prognóstico neste grupo de pacientes. Além disso, os mecanismos de proteção cerebral contra a hemoglobina e o heme são insuficientes. Mais estudos são necessários para elucidar o papel dos produtos da degradação da hemoglobina na fisiopatologia da hemorragia intracraniana em humanos