2 resultados para esophagus hemorrhage
em Repositório Institucional da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP
Resumo:
Introdução: A reposição volêmica em pacientes traumatizados tem sido controvérsa. O A.T.L.S. recomenda a infusão de um grande volume de fluidos na fase inicial de tratamento, enquanto outros autores recomendam a administração somente quando do controle da hemorragia. O acesso venoso femoral é contra indicado em pacientes com trauma abdominal por temor de aumento de hemorragia. A solução hipertônica de NaCl a 7,5% (SH) possui benefícios consideráveis de logística e de recuperação hemodinâmica com pequenos volumes de infusão, semelhante as vantagens das soluções padrões isotônicas na fase pré-hospitalar. Objetivos: Criar um modelo de choque hemorrágico induzido por trauma venoso. Avaliar a hemodinâmica e o volume de hemorragia abdominal nos animais submetidos a choque hemorrágico e tratados com SH via acesso femoral e jugular. Métodos: Em 18 porcos da raça landrace, divididos em 3 grupos de 6 animais (Controle, Jugular e Femoral), foi induzido um choque hipovolêmico não controlado pela ruptura da veia cava caudal. Os animais do grupo controle (GC) foram observados por 40 minutos quanto ao seu padrão hemodinâmico de Pressão de Artéria Pulmonar (PAP), Pressão Artérial Média (PAM), Débito Cardíaco (DC) e Fluxo de Veia Porta (FVP), porém sem reposição volêmica. Os animais dos grupos Femoral (GC) e Jugular (GJ) foram tratados com 4 ml/Kg de solução hipertônica de NaCl a 7,5% (SH) aos 20 minutos de experimento. Ao final do experimento, o volume de hemorragia abdominal foi mensurado.Resultados: O grupo controle (GC) apresentou queda dos valores hemodinâmicos aos 10 minutos e estes permaneceram estáveis até o final do experimento. Os animais dos grupos tratamento (GF e GJ) apresentaram melhora da hemodinâmica aos 30 minutos, sem aumento da hemorragia abdominal. Conclusão: A solução hipertônica de NaCl (SH) permitiu a melhora parcial da hemodinâmica no modelo de choque hipovolêmico, sem aumento da hemorragia, independentemente do acesso utilizada para a infusão.
Resumo:
Introdução: Trombose Venosa Profunda (TVP) é o resultado de inúmeros fatores, incluindo estase venosa, injuria endotelial e hipercoagulação do sangue. O embolismo pulmonar é a maior complicação da TVP e ocorre quando um trombo ou um coágulo sangüíneo desloca-se em direção aos pulmões. O tromboembolismo é um sério problema de saúde e é responsável por um considerável número de mortes súbitas e por significantes custos de hospitalizações em todo o mundo. Entre os métodos profiláticos usados na prevenção da TVP, há os classificados como mecânicos e os farmacológicos. Ambos são efetivos e podem ser usados sempre que necessário, tendo sido recomendados por consenso internacional. Objetivos: Avaliar a incidência da TVP em pacientes cirúrgicos através da Compressão pneumática Intermitente CPI (coxa/perna ou perna/pé) contra nenhuma forma de profilaxia ou contra fármacos. Métodos: Revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados, utilizando a metodologia Cochrane, através de buscas eletrônica e manual. Foram incluídos pacientes cirúrgicos, de ambos os sexos, cuja intervenção foi o uso de aparelhos de compressão pneumática intermitente. Resultados: 4269 pacientes cirúrgicos investigados por 31 ensaios submetidos a um número de intervenções cirúrgicas, incluindo cirurgia ortopédica (joelho e quadris), geral, ginecológica, urológica e neurológica. Dados combinados demonstraram efeitos de tratamento virtualmente iguais entre CPI e abordagens farmacológicas [0.95 (95%CI 0.82, 1.10)], em relação à incidência de TVP. Entretanto, o risco de hemorragia foi maior e estatisticamente significante em pacientes tratados com intervenções farmacológicas [0.37(95%CI 0.20, 0.69)]. Conclusão: Comparações entre as estratégias farmacológicas e mecânicas indicam que ambas são similares na prevenção de trombose venosa profunda. Entretantio, a evidência atual suportaria a escolha das abordagens mecâncias, uma vez que o risco de eventos hemorrágicos favorece os métodos mecânicos.