Transfrontalité et perméabilité dans les genres de non-fiction : l’essai et la chronique

Partiendo de la noción de literatura de pensamiento, como conjunto heterogéneo y complejo de formas literarias con vocación argumentativa, el estudio que sigue pretende mostrar a la vez el valor paradigmático del ensayo, en el marco de estas escrituras, y la naturaleza transfronteriza de los géneros de no-ficción, entre los cuales el ensayo y la crónica periodística constituyen dos de las formas más próximas. En un primer momento, se analizan los rasgos característicos del ensayo, tal como Montaigne lo concibió, con el fin de determinar las líneas de fuerza de esta forma matricial, de la que procede hasta hoy toda una tradición de escritos asistemáticos y porosos de naturaleza personal y reflexiva. En un segundo momento, se estudian los rasgos específicos de la crónica periodística contemporánea, a la luz del modelo canónico, poniendo el énfasis en la perspectiva subjetiva de la mirada y en la noción de actualidad, como principales indicadores de la dimensión permeable e híbrida de este género.

Para uma antropologia visual do turismo: O uso crítico de metodologias e materiais visuais

Discute-se o uso de meios visuais para uma antropologia que estuda o turismo. O texto reflecte sobre a proliferação de meios e ferramentas de registo, edição e difusão de imagens visuais tecnologizadas e propõe-se a uma abordagem que considera condições de produção, os significados das imagens e suas diferentes recepções. A ‘era do digital’ é também discutida, nomeadamente no potencial transformador sobre recepção, produção e difusão, associado a novas formas de autoria, à velocidade de circulação dos conteúdos e à revisão das fronteiras entre real e irreal, documentário e ficção, ciência e arte. O pano de fundo é o de um mundo que, facilitando e estimulando o lazer, as mobilidades e a contemplação e consumo do diferente e do belo (paisagístico, patrimonial, monumental) não deixa de reproduzir um ‘divide’ imagético (digital); i.e. acessos desiguais às ferramentas de representação visual dos ‘outros’, de si mesmos e do mundo.