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em Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Resumo:
Este trabalho investigou o processo criativo do espetáculo Ethnotron-Ghetto Experiment, do Coletivo paraibano Tribo Éthnos, fundado na década de 1990 e ainda em atividade. A estratégia metodológica se dá através de estudos descritivos, valendo-se da teoria e prática de diversas linguagens artísticas presentes na obra apontada: artes visuais, performance, literatura e histórias em quadrinho; em ações realizadas pelo Coletivo ao longo dos anos, objetivando descrever e analisar o processo de criação do referido espetáculo de dança, através da minuciosa coleta de dados por meio de entrevistas abertas e semiestruturadas, e da pesquisa e captação de materiais audiovisuais. A Tribo Éthnos destaca-se na cena local na cidade de João Pessoa, e estadual, na Paraíba, visto que, nesse longo percurso de existência, além da preocupação em fundir muitas formas artísticas, bem como os artistas da Paraíba, aglutina pessoas que fazem arte em outros países e faz das danças urbanas algo instigante. A Tribo ainda preocupa-se com a troca de saberes através de palestras, oficinas, cursos e intercâmbios. A dissertação investiga o processo de criação dos artistas e, especificamente, dos dançarinos, utilizando-se principalmente do conceito de work in progress, proposto por Renato Cohen, e aplicado ao espetáculo estudado. Apresentam-se descrições dos movimentos coreográficos, do espetáculo de dança paraibano Ethnotron-Ghetto Experiment, de Dança de Rua da Era Funky, especificamente, com estilos como popping, waving, animation, strobing, floatine/ slidini, tiokine, trebing, breaking, waving, sliding, entre outros, visto serem estes parte integrante do processo de criação. Tais estilos remetem ao ilusionismo ou ao mimetismo, sugerindo, em seus movimentos truques, câmeras lentas, flutuações com os pés, entre outros. Segundo Valmir Vaz, o Coletivo, através do espetáculo, busca a integração dos corpos, procura uma libertação individual e sugere uma sensação de querer voar nas coreografias/cenas. Abordam-se os aspectos do processo criativo: o espaço cênico, o trabalho corporal, a sonoplastia e a roupa/indumentária. Trabalha-se o conceito do corpo virtual de José Gil no aspecto do corpo cênico