1 resultado para Kripke, Saul A. -- Crítica i interpretació

em Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Norte


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A tese trata de dois construtos sócio-históricos Administr§Ã£o e Administrador em face do capitalismo em sua fase flexível. Considerando as mudanças do capitalismo, o texto estabelece como objeto de estudo as concepções de Administr§Ã£o e Administrador, para o campo administrativo, na contemporaneidade. A tese é suportada por uma pesquisa de campo cujo objetivo foi compreender criticamente as concepções do campo administrativo sobre a Administr§Ã£o e o Administrador, em tempos de capitalismo flexível. Epistemologicamente, a pesquisa foi conduzida a partir da perspectiva crítica frankfurtiana, fundamentada em três pares categóricos dialéticos: (i) história versus naturaliz§Ã£o; (ii) práxis social versus sistema; e (iii) alien§Ã£o versus emancip§Ã£o; privilegiando o pensamento crítico vinculado à primeira ger§Ã£o da Escola de Frankfurt. A literatura prevalente da área de Administr§Ã£o foi revisada mediada pelas duas questões ontológicas que suportam a tese: O que é Administr§Ã£o? e O que é Administrador? para autores como Taylor, Fayol, Drucker, Ohno, Deming, Champy e Mintzberg. Metodologicamente, foi realizada uma pesquisa integralmente qualitativa, com uso de três tipos de entrevistas: (i) entrevista narrativa com história de vida; (ii) entrevista com uso de elementos-estímulo; e (iii) entrevista narrativa ficcional. Para compreensão das narrativas, foi utilizada a técnica de análise hermenêutico-dialética. Os resultados indicam o predomínio da concepção pragmática-instrumental, no tocante à Administr§Ã£o, pela qual ela continua a ser pensada e discursada como uma §Ã£o tecnológica e teleológica, que utiliza saberes múltiplos e aprendizagens cambiantes como meios para alcance das finalidades do contexto organizacional mutante. Com rel§Ã£o ao Administrador, há a emergência da concepção estética para apresentá-lo, quando vinculado às organiz§Ãµes. Por esta concepção, há a migr§Ã£o do histórico estereótipo do Administrador controlador e vigilante para a represent§Ã£o do Administrador como um profissional performático. O segundo resultado, que se apresenta como o mais relevante em rel§Ã£o ao Administrador, é o da fuga da profissão. A partir dos pares categóricos dialéticos, esta tese propõe algumas sínteses provisórias críticas: (i) história-naturaliz§Ã£o: os sujeitos tomam como naturais a organiz§Ã£o empresarial e suas demandas, naturalizando as recentes mudanças que, entre outras coisas, reduzem os postos gerenciais; (ii) práxis social-sistema: pela concepção pragmática-instrumental, as experiências dos Administradores são concebidas a partir do confinamento funcionalista em uma organiz§Ã£o-sistema; (iii) emancip§Ã£o-alien§Ã£o: tanto a forma naturalizada com que especificam as organiz§Ãµes e sua Administr§Ã£o quanto a práxis interrompida velada em uma experiência reificada mostram-se como fenômenos intrinsecamente e subjetivamente alienantes e contraemancipatórios. Por outro lado, através do movimento de fuga da profissão, os entrevistados parecem (re)significar o silêncio fundador da alien§Ã£o associada à condição de Administrador: a de pensar como capital, e não se pensar como trabalho. Finalmente, o texto propõe que as possibilidades de emancip§Ã£o deste profissional residem na tomada de consciência de sua condição como integrante da classe trabalhadora, mesmo em tempos de riscos e incertezas. Assumindo-se como trabalhador, o Administrador poderá lutar pelo seu trabalho, repensando-o em novos termos, em que as dimensões pragmáticas-instrumentais que envolvem sua profissão possam ser dosadas e sempre mediadas por conteúdos substantivos e emancipatórios