3 resultados para Ficção fantástica moçambicana História e crítica

em Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Norte


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Esta dissertao analisa os recursos metaficcionais nos contos e romances de Rubem Fonseca, incluindo os que tratam de eventos e personagens histricos, fundindo, assim, ficção e História. Para tanto, nos apoiamos em tericos que se debruam sobre a metaficção, esta tendncia que marca o Ps-Modernismo em literatura, a exemplo de Linda Hutcheon (1991), Patricia Waugh (2003) e Gustavo Bernardo (2010). Um dos escritores brasileiros mais respeitados dentro e fora de nossas fronteiras, Fonseca estreia nos anos 1960 trilhando um caminho prprio dentro da prosa de ficção brasileira, no s pelas narrativas violentas, faceta pela qual ele mais conhecido, mas tambm pelo carter autorreflexivo, autoconsciente e digressivo de seus textos. Acusado de ser repetitivo, nota-se que, se verdade que seus personagens em geral so tipos (o artista culto, o detetive, o garanho), ele costuma experimentar na forma, variando os focos narrativos de maneira a entretecer camadas narrativas e parodiar gneros: O caso Morel, por exemplo, um romance policial que implode o romance policial; o conto "H.M.S. Cormorant em Paranagu", por seu turno, uma homenagem segunda gerao romntica brasileira, representada por lvares de Azevedo, em uma conformao ps-moderna de pastiche. A obra cinquentenria de Rubem Fonseca joga luz sobre questes que esto na ordem do dia, como o trip artista-sociedade-mercado, e introduz um outro olhar sobre o passado histrico - incluindo a História da cultura, principalmente da literatura. As narrativas aqui analisadas testam os limites que separam ou no a ficção da dita realidade, e so por ns classificadas nas seguintes categorias: autobiografia romanceada, romance biogrfico, romance histrico ps-moderno, pastiche, metaficção historiogrfica e metaficção policial.

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A tese trata de dois construtos scio-histricos Administrao e Administrador em face do capitalismo em sua fase flexvel. Considerando as mudanas do capitalismo, o texto estabelece como objeto de estudo as concepes de Administrao e Administrador, para o campo administrativo, na contemporaneidade. A tese suportada por uma pesquisa de campo cujo objetivo foi compreender criticamente as concepes do campo administrativo sobre a Administrao e o Administrador, em tempos de capitalismo flexvel. Epistemologicamente, a pesquisa foi conduzida a partir da perspectiva crítica frankfurtiana, fundamentada em trs pares categricos dialticos: (i) história versus naturalizao; (ii) prxis social versus sistema; e (iii) alienao versus emancipao; privilegiando o pensamento crtico vinculado primeira gerao da Escola de Frankfurt. A literatura prevalente da rea de Administrao foi revisada mediada pelas duas questes ontolgicas que suportam a tese: O que Administrao? e O que Administrador? para autores como Taylor, Fayol, Drucker, Ohno, Deming, Champy e Mintzberg. Metodologicamente, foi realizada uma pesquisa integralmente qualitativa, com uso de trs tipos de entrevistas: (i) entrevista narrativa com história de vida; (ii) entrevista com uso de elementos-estmulo; e (iii) entrevista narrativa ficcional. Para compreenso das narrativas, foi utilizada a tcnica de anlise hermenutico-dialtica. Os resultados indicam o predomnio da concepo pragmtica-instrumental, no tocante Administrao, pela qual ela continua a ser pensada e discursada como uma ao tecnolgica e teleolgica, que utiliza saberes mltiplos e aprendizagens cambiantes como meios para alcance das finalidades do contexto organizacional mutante. Com relao ao Administrador, h a emergncia da concepo esttica para apresent-lo, quando vinculado s organizaes. Por esta concepo, h a migrao do histrico esteretipo do Administrador controlador e vigilante para a representao do Administrador como um profissional performtico. O segundo resultado, que se apresenta como o mais relevante em relao ao Administrador, o da fuga da profisso. A partir dos pares categricos dialticos, esta tese prope algumas snteses provisrias críticas: (i) história-naturalizao: os sujeitos tomam como naturais a organizao empresarial e suas demandas, naturalizando as recentes mudanas que, entre outras coisas, reduzem os postos gerenciais; (ii) prxis social-sistema: pela concepo pragmtica-instrumental, as experincias dos Administradores so concebidas a partir do confinamento funcionalista em uma organizao-sistema; (iii) emancipao-alienao: tanto a forma naturalizada com que especificam as organizaes e sua Administrao quanto a prxis interrompida velada em uma experincia reificada mostram-se como fenmenos intrinsecamente e subjetivamente alienantes e contraemancipatrios. Por outro lado, atravs do movimento de fuga da profisso, os entrevistados parecem (re)significar o silncio fundador da alienao associada condio de Administrador: a de pensar como capital, e no se pensar como trabalho. Finalmente, o texto prope que as possibilidades de emancipao deste profissional residem na tomada de conscincia de sua condio como integrante da classe trabalhadora, mesmo em tempos de riscos e incertezas. Assumindo-se como trabalhador, o Administrador poder lutar pelo seu trabalho, repensando-o em novos termos, em que as dimenses pragmticas-instrumentais que envolvem sua profisso possam ser dosadas e sempre mediadas por contedos substantivos e emancipatrios