2 resultados para desejo

em Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande - FURG


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O presente trabalho objetiva investigar a Revitalização dos Saberes e Práticas Kaingang Sobre as Plantas Tradicionais como Proposta de Educação Ambiental na comunidade Terra Indígena de Ligeiro no município de Charrua - RS. Trata-se de uma pesquisa de campo que busca melhor compreender o que provocou o abandono e esquecimento desses saberes, bem como possíveis alternativas teóricas e práticas para que a revitalização dos saberes culturais ancestrais seja realizada. Justifica-se pelo fato da utilização de plantas medicinais para o tratamento de enfermidades estar enraizada nas culturas indígenas e poder assim suprir, em parte, a deficiente atenção à saúde e as realidades da fome em muitas T.I. Foram realizadas visitas a campo para análise da situação atual e coleta de informações, com aplicação de entrevistas com vários indígenas, bem como com kujà e curandeiras; se implantou um horto medicinal com várias plantas, ervas e se distribuíram mudas de plantas frutíferas nativas. Para este projeto, dois alunos indígenas do IFRS - Campus Sertão atuaram na implantação deste Horto, assim como outros alunos indígenas da Escola Estadual Indígena de Ensino Médio Fág Mág (Pinheiro Grande) trabalharam e apoiaram na execução dessa ação. Através da realização de fotos e vídeos, foram analisadas também as expressões atuais da cultura Kaingang na conjuntura, os elementos significativos que estão guardados ao longo das gerações e apontamos os desafios de permanecer na comunidade e revitalizar com sustentabilidade os saberes e práticas Kaingang, sempre com um olhar incondicional pela natureza. Foram sistematizadas as denominações específicas da cada planta, em correspondência com seu nome científico e com o seu nome tradicional da cosmologia dual Kaingang (kam e kanhru). Conclui-se a partir dessa investigação que houve efetivamente o abandono e a falta de valorização de saberes e práticas relacionadas com a educação ambiental, pelas pressões da sociedade branca, o desejo de alguns indígenas de ser moderno e aceito na sociedade branca e pela ausência de trabalho de um educador ambiental. As iniciativas de revitalização são possíveis; o uso de plantas e alimentos tradicionais estão relacionadas com atividades que precisam ser vivenciadas primordialmente na escola, na relação com os kujà tradicionais e no desenvolvimento de projetos específicos e na motivação permanente para a responsabilidade ambiental, preservando a cultura e os costumes Kaingang que ainda são preciosos, especialmente na promoção da saúde da comunidade

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Esta pesquisa, intitulada CRIATIVIDADE PARA QUÊ? CONVERSAS, PROCESSOS E PRODUÇÕES NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES, investiga a criatividade na formação de professores. Sua fundamentação teórica baseia-se, principalmente, na atividade criadora de Fayga Ostrower e é contextualizada nas relações existentes entre imaginação e criatividade, propostas por Vigostky. A investigação intentou compreender as concepções de criatividade de um grupo de estudantes de licenciatura da Universidade Federal do Rio Grande - FURG. Os objetivos específicos consistiram em investigar as condições inibidoras e estimuladoras da criatividade no ensino; identificar as necessidades, desejos e possibilidades dos estudantes de licenciatura em relação ao ensino atual; e discutir as evidências e as características do professor criativo. A produção de dados foi realizada a partir da execução de um projeto de extensão, no qual os participantes realizaram atividades com temáticas relacionadas ao tema de pesquisa, tais como a conceituação de criatividade; inibidores e potencializadores da criatividade; a escola criativa e o professor criativo. Os dados foram produzidos por meio de questionários, diários, áudio e criação de objetos tridimensionais, confeccionados com tecido e outros materiais. O projeto de extensão foi realizado em duas ocasiões com públicos distintos. A primeira versão foi realizada em 2013, com nove alunos de diversos cursos de licenciatura. A segunda ocorreu em 2014, com acadêmicos do curso de Artes Visuais - Licenciatura. A análise de dados foi inspirada na Análise Textual Discursiva - ATD, de Moraes e Galiazzi, e os resultados foram apresentados a partir de histórias ficcionais, contadas por professores, personagens fictícios. Os personagens foram compostos por aspectos relacionados à criatividade, apresentados e discutidos pelos grupos durante o desenvolvimento do projeto, e as histórias identificam características que inibem ou potencializam a criatividade no processo de ensino-aprendizagem. Entre os aspectos apontados como inibidores do processo criativo estão o excesso de atividades ao qual estão submetidos os professores e alunos na universidade; o uso de vocabulário prolixo pelo professor; a repressão do sistema educacional, representada pela imposição de regras e pelo excesso de atividades que impedem os alunos de utilizarem a livre expressão. Como elementos que estimulam a criatividade, foram identificados o desejo pelo novo ou desconhecido; a contextualização dos conteúdos, relacionando-os ao cotidiano dos alunos; aulas realizadas em ambientes externos à sala de aula, entre outros. Os aspectos indicados pelos sujeitos da pesquisa como sendo criativos não são surpreendentes ou inovadores. Poucos professores universitários foram lembrados pelos alunos como sendo criativos, e muitas foram as críticas em relação à universidade e aos métodos de ensino utilizados pelos professores que, segundo os sujeitos, inibem o processo criativo. Embora a criatividade seja considerada vital ao homem, constata-se que, no ambiente universitário, há muitas barreiras, dificultando e inibindo o processo criativo dos futuros professores.