2 resultados para análise de cocitação de autores
em Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande - FURG
Resumo:
Esta tese foi produzida no Programa de Pós -Graduação em Educação em Ciências : Química da Vida e Saúde , na linha de pesquisa "Educação científica : implicações das práticas científicas na constituição dos sujeitos ". O objetivo desta pesquisa é analisar a rede de enunciações sobre o sexting em alguns materiais (reportagens, programas televisivos, postagens em blogs e comentários realizados por leitores dos sites) presentes na internet e investigar as condições de emergência da prática do sexting. O sexting é um termo criado nos Estados Unidos da América, que deriva das expressões sex (sexo) e texting (envio de mensagens). Esse conceito descreve uma prática social e cultural que está sendo difundida mundialmente: esta consiste em produzir e enviar fotos e vídeos sexuais, sensuais e eróticos entre conhecidos/as, amigos/as, namorados/as, “ficantes” etc.. Nesta pesquisa, utilizamos como aporte teórico os estudos de Pierre Lévy, André Lemos, Paula Sibilia, Guy Debord, Hannah Arendt, Michel Foucault e Zygmunt Bauman. Tais autores ajudam-nos a pensar que o sexting emerge devido a alguns acontecimentos sociais, culturais, históricos etc., que vêm provocando alguns deslocamentos em nossa sociedade. Para proceder com tal pesquisa, utilizamos a internet como campo empírico. Em nossa busca, encontramos 48 artefatos culturais que discutem, de alguma forma, sobre sexting. Dentre estes, 37 comentam sobre vídeos caseiros que mostram relações sexuais, 8 discutem sobre o fenômeno sexting e 3 debatem sobre a produção de fotos sensuais. Para análise dos dados, utilizamos algumas ferramentas foucaultianas, especialmente os conceitos de discurso, dispositivo e enunciado. Ao olharmos os materiais, percebemos que os/os adolescentes vêm se utilizando das tecnologias digitais para visibilizarem a sua sexualidade, o que nos dá indícios de que estas vêm possibilitando a constituição de jornalistas cidadãos/ãs. Além disso, evidenciamos que as fotos e vídeos dos/as adolescentes foram produzidos em comum acordo entre eles/as. Muitos dessas fotos e vídeos, foram disseminados pelos próprios sujeitos que aderiram a essa prática. Assim, a exposição da sexualidade, por meio do sexting, tem sido realizada com o propósito de adquirir visibilidade e de tornar-se a personalidade do momento. Entendemos que essa vontade de escancarar a sexualidade, por meio das tecnologias digitais, está vinculada à sociedade do espetáculo, que manifesta a necessidade de tornar-se visível. Além disso, notamos que essa prática está relacionada à escola, pois muitos dos casos relatados ocorreram no interior dessa instituição ou tiveram uma repercussão nesse ambiente. Em muitos casos, a escola era culpabilizada pelos casos de sexting que envolviam seus/sua alunos/as. No entanto, são os pais o foco de maiores críticas pela mídia massiva, pois, para essa instância, são estes os maiores responsáveis pela disciplinarização desses corpos. Evidenciou-se também que os/as praticantes do sexting sofreram micropenalidades, as quais tinham como objetivo corrigir suas condutas. Nesse sentido, entendemos o sexting como uma atualização do dispositivo da sexualidade, pois este coloca a sexualidade – a qual, durante a modernidade sólida, constituía-se como algo exclusivamente do âmbito privado – em evidência nos espaços públicos. Ao mesmo tempo, verificamos que algumas práticas disciplinares ainda buscam governar e normalizar a sexualidade dos sujeitos. A análise do material empírico possibilitou-nos verificar dois enunciados que fazem parte do discurso do sexting. O primeiro destes é que, na contemporaneidade, aparecer é uma condição de existência; o outro é que a sexualidade é entendida como algo que deve ser regulado, governado e normalizado. Consideramos importante centrarmos os estudos no sexting, pois entendemos que essa prática vem contribuindo para o surgimento de outros modos de viver e entender a sexualidade, pois o sexting enquadra a sexualidade como algo a ser exibido e mostrado para todos/as.
Resumo:
Este estudo se baseia em duas áreas afins, a área da Gestão da Informação (GI) que busca gerir a informação registrada e a Gestão do Conhecimento (GC) que procura formas de gerir o capital intelectual dos indivíduos. Na busca por compreender sobre as duas áreas do conhecimento, procurou-se analisar os trabalhos presentes no Grupo de Trabalho 4 do Encontro Nacional de Pesquisa em Pós-Graduação em Ciência da Informação (ENANCIB). Devido a este fato, o presente trabalho tem por objetivo principal investigar como a Gestão da Informação e Gestão do Conhecimento são abordadas nos trabalhos apresentados no ENANCIB, tendo por objetivos específicos identificar os trabalhos sobre GI e GC do GT4, a análise de autoria e co-autoria presente nos mesmo, realizar a averiguação das palavras-chave utilizadas, e a investigação de aspectos de abordagem da GI e GC. Para a consecução dos objetivos foi utilizado o método exploratório-descritivo, pois foi realizada a descrições dos contextos dos trabalhos para descobrir as relações existentes entre seus componentes. Como resultado, conclui-se que embora a GI e a GC sejam abordadas em muitos trabalhos, há muitos trabalhos no qual não se é possível ter uma identificação sobre a abordagem de ambas as áreas. Quanto à autoria dos trabalhos, Marta L. P. Valentim é a autora com maior número de apresentações por evento, no que tange a co-autoria há a predominância de dois autores por trabalho. No que se relaciona as palavras-chave encontradas nos trabalhos, observou que a palavra mais comum é GI. E os aspectos em que GI e GC são abordadas são variados, salientando a sua forte presença em organizações.