3 resultados para Sensação Diller Scofidio

em Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande - FURG


Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Trata-se de um estudo exploratrio-descritivo, com abordagem qualitativa, que teve por objetivo analisar as mensagens, acerca da promoo da sade sexual e reprodutiva, produzidas por adolescentes de escolas pblicas e particulares da cidade do Rio Grande, num concurso de redao e msica promovido pelo Grupo Gestor Municipal (GGM) do Projeto Sade e Preveno nas Escolas (SPE), nos anos de 2007 e 2008. Aps autorizao pelo GGM para realizao deste estudo, foram disponibilizadas para reproduo, via xrox, as 29 redaes e as trs letras de msicas inscritas nos concursos. Para o tratamento dos dados utilizou-se a tcnica de anlise de contedo na modalidade temtica. Participaram 35 adolescentes, sendo 25 moas e dez rapazes, com idades entre onze e dezessete anos. Quanto escolaridade, dois frequentavam a quinta srie; doze a sexta, doze a stima e nove a oitava. Apreendeu-se que, em sua produo textual, os(as) adolescentes revelaram as vulnerabilidades e fortalezas referentes sade sexual e reprodutiva. Entre os inmeros fatores que aumentam a vulnerabilidade individual, social e programtica, discorreram sobre a carncia de informaes, a dificuldade para transformar o conhecimento em prtica, a sensação de imunidade, a violncia familiar, a conduta repressora de pais e mes, as mensagens de cunho sexual veiculadas pela mdia, a necessidade de serem aceitos(as) pelo grupo, preconceitos, e falta de aes governamentais direcionadas a adolescentes. No que se refere s fortalezas, sabem que a informao uma importante aliada para a promoo da sade sexual e reprodutiva citando, entre as fontes acessveis, os servios pblicos de sade, a famlia e a escola. Demonstraram conhecimento acerca da alarmante propagao da epidemia da AIDS entre jovens, conhecendo os sinais e sintomas das DSTs mais comuns e as formas de preveno. As moas enfatizaram a necessidade de compartilhar a responsabilidade preventiva com os rapazes, bem como de amor prprio e respeito mtuo. O acesso aos servios de sade tambm foi apresentado como indispensvel ao adolescer saudvel. Os(as) jovens demonstraram conhecimento sobre drogas seus efeitos e consequncias. Referem-se adolescncia como um perodo gostoso, repleto de dvidas, mas tambm cheio de potencialidades. Assim, os mesmos componentes apresentados como desencadeadores de vulnerabilidade podem torn-los(as) fortes e capazes de superar os desafios comuns a essa etapa da vida. Para que tal superao ocorra, necessrio que tenham acesso informao e a problematizem; que sejam capazes de incorpor-las ao cotidiano, adotando prticas protegidas e protetoras; que haja dilogo, despido de tabus, censuras e preconceitos no ambiente familiar; que as escolas adotem de forma transversalizada temticas referentes sade sexual e reprodutiva; que os servios de sade tenham infraestrutura para assegurar os direitos contidos no Estatuto da Criana e do Adolescente; entre outras estratgias fortalecedoras.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Objetivou-se conhecer como a pessoa com estomia vivncia o processo de transio da dependncia de cuidados ao autocuidado luz da Teoria das Transies de Meleis. Pesquisa exploratria, descritiva com abordagem qualitativa no Servio de Estomaterapia do Hospital Universitrio Dr Miguel Riet Corra Jr do Rio Grande/ RS/ Brasil com 27 pessoas com estomias definitivas por cncer. Os dados foram coletados nos ms de janeiro e fevereiro de 2014 por meio de entrevista com roteiro semiestruturado e submetidos Anlise de Contedo apoiada nas ideias da Teoria das Transies de Afaf I. Meleis. Constatou-se que a natureza da transio situou-se no processo tipo sade/doena. A entrada no processo de transio deu-se a partir da conscincia desencadeada pelo diagnstico de cncer, reforado pela cirurgia de estomizao. O empenhamento surge ao dedicarem-se a construo do conhecimento para o autocuidado frente s mudanas na sua vida e na sua nova relao com seu corpo, mudando a viso de si, do mundo e dos outros. Destacou-se o espao temporal como algo dinmico e variavelmente indeterminvel, sendo fundamental para que se organizem e reflitam acerca do seu novo viver, fortalecendo-se para que a transio progrida. Verificaram-se como fatores facilitadores do autocuidado a construo de um significado positivo estomizao, o preparo dessa experincia ainda no pr-operatrio, a estabilidade emocional, a f e a religiosidade e a sensação de normalidade adquirida a partir de uma imagem prxima da anterior. Referiram-se, ainda, ao fornecimento de forma gratuita pelo governo das bolsas coletoras, adjuvantes e acessrios e ao atendimento da equipe multiprofissional. Como fatores inibidores do processo de transio encontraram-se a viso distorcida de seu corpo, o despreparo para viver com a estomia, a instabilidade emocional, a desmotivao com afastamento de atividades prazerosas, o cuidado excessivo e/ou estendido e at mesmo a superproteo da famlia, as complicaes como hrnias e prolapsos, a falta de atitudes positivas quanto vida, a negao da bolsa coletora, as tentativas frustradas de omitir o uso da bolsa coletora, a falta do domnio do manuseio dos equipamentos, o afastamento do trabalho e as dificuldades financeiras. Alm destas, o abandono do parceiro, atitudes negativas e estigmatizantes por parte da famlia e a baixa qualidade dos materiais fornecidos pelo governo. Como indicadores de resultados identificaram-se a confiana para realizar atividades anteriores, aceitao de sua situao, uma viso positiva de sua vida e da capacidade de compartilhar o seu cuidado com sua famlia. Considera-se a sada da transio quando este for capaz de dominar novas competncias tanto para o cuidado fsico ao realizar a troca da bolsa coletora quanto readequando sua imagem e autoconceito. Concluiu-se que o processo de transio da dependncia de cuidados ao autocuidado da pessoa com estomia complexo e carregado de subjetividades. necessrio que o enfermeiro estabelea aes teraputicas de enfermagem eficazes e eficientes, contribuindo para a promoo e reabilitao da sade deste, auxiliando-o na aquisio de sua autonomia e independncia, subsidiando seu autocuidado e bem-estar.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Objetivou-se conhecer as implicaes do cuidado criana e ao adolescente vtimas de queimaduras para a prtica da enfermagem. Realizou-se uma pesquisa descritiva e exploratria com abordagem qualitativa. Participaram dez profissionais da equipe de enfermagem de um Centro de Referncia a Pacientes Queimados do sul do Brasil. Os dados foram coletados no segundo semestre de 2012 por meio de entrevistas semiestruturadas e analisados pela tcnica de Anlise de Contedo. Em relao aos sentimentos frente ao cuidado verificou-se que esses vivenciam ansiedade e tenso frente dor do paciente, tm a sensação de doao querendo fazer mais, tristeza e abalo, sensação de utilidade e de competncia ao ver os efeitos do cuidado, impotncia por no terem controle sobre a situao vivenciada, revolta e raiva por no compreenderem o porqu este acidente aconteceu e pena dos pacientes e de seus familiares devido o seu sofrimento. Como facilidades para o cuidado referiram a ajuda mtua entre os membros da equipe aliada ao tempo de atuao no setor, o desenvolvimento de um bom relacionamento com a famlia da criana / adolescente, a sinceridade da criana ao manifestar seus sentimentos, uma identificao e afinidade maior para cuidar crianas e adolescentes e o adolescente ser mais aberto e entender com facilidade a linguagem utilizada no setor. Referiram como dificuldades falta de preparo e a pouca habilidade para cuidar de crianas/ adolescentes com dor, o desconhecimento acerca do paciente, a falta de habilidades tcnicas para realizar procedimentos em crianas/ adolescentes, lidar com o familiar, lidar com a necessidade de manipular o corpo do adolescente, comunicar-se com crianas que no sabem expressar-se, pacientes que no falam o portugus e adolescentes que possuem linguagem prpria, explicar para o paciente a magnitude do trauma sofrido e conversar com esses acerca das sequelas, deformidades e limitaes com as quais tero que (con)viver. Quanto s estratgias para se instrumentalizar para o cuidado utilizam a leitura sobre queimaduras e curativos, leituras de materiais de outras reas da sade, uso de tcnicas de abordagem e interao com pacientes e familiares, a prtica diria no setor e a busca de apoio na equipe e na instituio, realizando atividades de educao continuada. Quanto s estratgias utilizadas para cuidar referiram o estabelecimento de vnculo e de uma relao dialgica, o uso de brincadeiras e atividades ldicas, o fornecimento de apoio, a introduo da famlia no processo de cuidado, o uso da criatividade, a valorizao do aspecto psicolgico do paciente, a adaptao do cuidado de acordo com a faixa etria do paciente e o uso da escuta atenta e sensvel. A partir dos dados concluiu-se que o cuidado de enfermagem a crianas e adolescentes vtimas de queimaduras complexo bem como causador de impacto para os profissionais atuantes em Centros de Queimados. Acredita-se que o estudo possibilitar discutir e refletir acerca da prtica profissional da enfermagem no Centro de Queimados frente ao cuidado criana e ao Adolescente vtima de queimaduras.