3 resultados para Salas de aula
em Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande - FURG
Resumo:
Nesta tese problematizamos o aprender, a partir do olhar dos estudantes do 7º e 8º anos, em uma escola da rede pública de ensino do município do Rio Grande/RS/Brasil. A escola, em 2011, optou por realizar um trabalho coletivo e cooperativo e modificou sua dinâmica de funcionamento transformando as salas de aula convencionais em Ambientes de Aprendizagem, nos quais os estudantes têm acesso a uma maior diversidade de recursos e a interação com os colegas é permanente, possibilitando o desenvolvimento de estratégias diferenciadas motivando o aluno a estabelecer relações entre o conhecimento escolar, a sua vida e o mundo. Nesta escola, são os estudantes que se deslocam de um ambiente para outro, a cada duas horas, os professores permanecem com a sala organizada, conforme as necessidades e materiais pedagógicos e tecnológicos por área de conhecimento. Para conhecer como os estudantes aprendem neste novo ambiente realizamos diversos questionamentos como: o que significa aprender em Ambientes de Aprendizagem, como eram as aulas nas salas de aulas convencionais e como são as aulas nos Ambientes de Aprendizagem. Adotamos o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) como metodologia de análise, buscando a recursividade nos discursos individuais o que permitiu a construção dos discursos coletivos que denominamos Aprender “ontem” nas salas de aula, Aprender “hoje” nos Ambientes de Aprendizagem e Aprender com o material pedagógico. Os discursos evidenciam mudanças no aprender, em decorrência da transformação das salas de aula convencionais em Ambientes de Aprendizagem. Mostram ainda que os estudantes percebem as aulas mais dinâmicas e que agora tem liberdade para levantar e dialogar com os colegas e/ou para usar o material didático disponível no ambiente. Destacam um maior interesse de ambas as partes evidenciando que a ação docente está mais acolhedora e que acreditam em uma grande mudança na educação. A análise dos discursos nos possibilitou compreender que trabalhos realizados em ambientes coletivos e desafiadores modificam o aprender pela liberdade de ação, de expressão e pelo respeito ao outro como legítimo outro na convivência.
Resumo:
A presente pesquisa foi iniciada pela compreensão que, mesmo com os significativos avanços ocorridos nos últimos anos, relacionados aos debates de gênero, mulheres, feminismo, faz-se necessário, ainda, que educadoras/es consigam estabelecer diálogos nas salas de aula sobre o tema, eis que, ou está ausente ou é muito pouco debatido no âmbito das escolas. Pretende-se estabelecer uma relação entre o Ensino de História e o gênero/mulher no contexto da História. Para tanto, foi utilizado o conceito de literacia histórica, o qual aborda a História em múltiplas possibilidades e definições sobre como ela (História) pode ser “lida”, uma alfabetização histórica. Neste sentido espera-se que a abordagem de uma História local seja percebida como inter-relacionada com a História global. Para que tal propósito seja alcançado, serão utilizados os paradigmas da Educação Histórica e o conceito de Teoria Social. A partir da investigação das memórias de professoras e professores de História sobre a sua formação, busca-se identificar as influências que sofreram no meio escolar, e o quanto significou, para elas e para eles, estas nas suas vidas, os aprendizados e as dificuldades encontradas. Levando-se em conta que muitos trabalhos fundamentados em estudos sobre mulheres têm sido realizados por alunas/os da Universidade Federal do Rio Grande – FURG para a obtenção da titulação em vários níveis de formação acadêmica, na área de História, realizou-se um levantamento inicial, a fim de encontrar mulheres que escreveram sobre mulheres no Centro de Documentação Histórica Prof. Hugo Alberto Pereira Neves (CDH-FURG). Buscou-se também uma dissertação, resultante de curso realizado na Universidade Federal de Pelotas – UFPel. A partir da identificação de algumas mulheres que escreveram sobre mulheres e que se encontram atuando como docentes em sala de aula, ou em outros espaços onde desenvolvem atividades correlatas, idealizou-se conhecer como estão sendo abordadas, se o são, as questões relacionadas às mulheres no contexto em que se encontram essas profissionais. Por fim, foram realizadas entrevistas e buscou-se observar as coincidências e/ou divergências entre elas no tocante ao tema gênero/mulheres, no espaço escolar ou onde atuam.
Resumo:
O ensino de História, na atualidade, passa por um período de transformação em suas metodologias de ensino, tendo em vista o novo olhar para o seu principal objetivo, que é, fundamentalmente, o de compreender as relações humanas, a vida. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo central a busca de estratégias de ensino que possam auxiliar no ensino da História local, a partir dos princípios da Educação Patrimonial, que tem como estratégia de ação, a identificação e a interação com os bens culturais. Esta temática desperta o interesse, principalmente, pela observação de práticas pedagógicas durante alguns anos nas salas de aula, onde se percebe a necessidade de alternativas e possibilidades que tornem o ensino de História mais dinâmico para os alunos. Dessa forma, a Educação Patrimonial surge como alternativa para a superação destas carências didáticas e pedagógicas e, com esta metodologia, pretende-se trabalhar com alguns bens culturais identificados por meio da pesquisa com alunos do Ensino Fundamental da Rede Municipal de São Lourenço do Sul, servindo estes como documentos e fontes para (re) significar a construção do conhecimento histórico no município. Desse modo, a presente Dissertação encontra-se estruturada em três capítulos; o primeiro capítulo consiste na abordagem dos pressupostos da Educação Patrimonial e sua utilização para o ensino da História local, amparada nos bens patrimoniais destes locais; no segundo capítulo, descreve-se o processo da coleta de dados e informações que levaram à identificação dos bens patrimoniais do Município de São Lourenço do Sul. No último capítulo, de posse de bens patrimoniais coletados, eles serão classificados como materiais ou imateriais, bem como as suas descrições históricas e a sua importância cultural. Assim, a partir destes capítulos, observa-se que os bens culturais identificados passam a ser fontes para o ensino de História das cidades, permitindo a ampliação do espaço restrito apenas à sala de aula, tornando o aprendizado mais dinâmico, reflexivo e despertando o sentimento de pertencimento. Além disso, como produto desta pesquisa, apresenta-se uma proposta de cartilha (voltada principalmente para as séries iniciais do ensino fundamental) elaborada com base na pesquisa dos bens culturais do município, sendo estes os pontos de partida para o ensino da História local.