Escolha profissional e o perfil dos acad��micos de administra����o na modalidade a dist��ncia da FURG: um estudo comparativo

A atividade profissional �� fundamental para a constitui����o do sujeito e reprodu����o da sociedade. Por outro lado, o processo de ensino-aprendizagem, na modalidade a dist��ncia, apresenta novos desafios e mudan��as substanciais na maneira de se produzir conhecimento. Dessa forma, no presente estudo, analisaram-se dados socioecon��micos dos acad��micos do curso de administra����o a dist��ncia da Universidade Federal do Rio Grande, com o intuito de tra��ar seu perfil, fazendo uma an��lise comparativa com os alunos da modalidade presencial. Trata-se de um estudo quantitativo, no qual se utilizou o tratamento estat��stico na an��lise dos dados, obtidos de question��rio e fontes secund��rias. Os resultados demonstram que os acad��micos da modalidade a dist��ncia possuem uma m��dia de idade superior �� dos alunos do presencial, sendo 63% s��o respons��veis pelo pr��prio sustento. Al��m disso, apenas 11% s��o oriundos de escolas particulares, ao passo que 25%, no presencial, prov��m dessas institui����es. Mais de 50%, por sua vez, s��o filhos de pais com grau de instru����o inferior ao ensino fundamental e 31% afirmaram que o fizeram basicamente por ser um curso virtual, indicando que a educação �� dist��ncia, al��m de oferecer a possibilidade de qualifica����o profissional ��s mais distantes regi��es do pa��s, beneficia um p��blico que est�� entre as camadas mais necessitadas da popula����o.

Inclus��o das pessoas com defici��ncia na universidade: a efetividade do Programa de Apoio aos Estudantes com Necessidades Especiais (PAENE)

O presente trabalho tem por finalidade investigar e analisar as contribui����es das a����es vinculadas ao Programa de Apoio aos Estudantes com Necessidades Especiais (PAENE), da Universidade Federal do Rio Grande - FURG. O estudo caracteriza-se como qualitativo e documental, de abordagem avaliativa de enfoque interpretativo, realizado por meio de entrevista semiestruturada com 8estudantes com defici��ncia de diferentes cursos da universidade. As a����es do Programa incluem desde o atendimento individual, plant��es sociais, reuni��es com os bolsistas de acompanhamento e com os alunos com defici��ncia. Emergiram daan��lise das entrevistas as categorias acessibilidade, forma����o profissional e capacita����o docente. Os alunos dizem que o programa �� efetivo na universidade, mas ainda precisa ser melhorado. Destacam a import��ncia dos bolsistas e apontam esses como sendo os principais autores da inclus��o na universidade. Conclu��mos que por se tratar de uma demanda nova na Educação Superior, a inclus��o vem sendo realizada de maneira lenta e constru��da com os deficientes que fazem ���valer��� seus direitos dentro da universidade.

A educação ambiental cr��tica como ferramenta de an��lise da dicotomia entre o circuito inferior e superior da economia: um estudo de caso do pequeno com��rcio varejista de alimentos da cidade do rio grande-rs

Nesta Disserta����o, procuramos conhecer a forma como os trabalhadores do pequeno com��rcio varejista de alimentos da Cidade do Rio Grande-RS v��m se organizando de forma a continuarem existindo enquanto categoria profissional diante do avan��o de grandes redes de supermercados, tendo em vista, o atual ciclo econ��mico da cidade (2005-2012). Essa pesquisa foi movida pelas nossas inquieta����es enquanto ge��grafo e trabalhador h�� dez anos junto ao com��rcio desta Cidade e que, enquanto postulante a mestre em Educação Ambiental, procura, por meio dos fundamentos da Educação Ambiental Cr��tica e Transformadora da realidade, subs��dios para que o tipo de trabalho realizado nesta sociedade seja transformado. Assim, esta pesquisa foi desenvolvida como um estudo de caso de natureza qualitativa, na qual nos fundamentamos na compreens��o marxista de mundo ��� por meio do Materialismo Dial��tico, Hist��rico e da Economia Pol��tica, utilizando como ferramentas metodol��gicas: nossa experi��ncia profissional no campo de atua����o da pesquisa, revis��o bibliogr��fica, observa����es livres, an��lise documental, entrevistas semiestruturadas, categoriza����o e an��lise das mesmas. Em nossa pesquisa, adotamos como principal referencial te��rico, os ensinamentos do ge��grafo Milton Santos, especialmente no que se refere �� an��lise que ele fez da economia urbana, subdividindo-a em dois circuitos: circuito superior e circuito inferior. Assim, compreendemos que o pequeno com��rcio varejista de alimentos do Rio Grande (circuito inferior da economia) vem sofrendo constantes mudan��as em fun����o do desenvolvimento das grandes redes de com��rcio varejista de alimentos (circuito superior da economia). Essas mudan��as alteram o sentido do trabalho como categoria fundante do ser social, uma vez que o trabalho desenvolvido pelos pequenos comerciantes para continuarem existindo se torna um trabalho exacerbador do ser humano, o que �� caracter��stica nata do modo de produ����o capitalista que historicamente vem alienando o homem de si mesmo por meio do trabalho.

O PARFOR na furg e os efeitos na constitui����o das subjetividades de professoras pedagogas

O presente estudo refere-se a uma disserta����o de mestrado em Educação, a qual teve como finalidade problematizar a constitui����o de subjetividades docentes no ��mbito do Curso PARFOR Pedagogia, ofertado pela Universidade do Rio Grande (FURG). O foco te��rico que alimenta este trabalho segue alguns elementos dos estudos foucaultianos que se det��m na perspectiva da governamentalidade e, por esse vi��s investigativo, as problematiza����es foram se constituindo, basicamente, a partir de tr��s ferramentas anal��ticas: discurso, governo e subjetiva����o. Atrav��s desta perspectiva de estudo, proponho compreender as pol��ticas de forma����o docente como uma quest��o de governo das condutas e o PARFOR, como uma tecnologia de governo que conduz o modo como as professoras que vivenciam essa forma����o atuam e se pensam nessa sociedade. A partir das narrativas de algumas professoras formadoras e acad��micas deste curso, foi poss��vel evidenciar o curr��culo como um espa��o de controle e produ����o de subjetividades. Argumentei que as professoras-acad��micas, ao justificarem as suas escolhas pelo PARFOR, foram capturadas pelo discurso das faltas com a profiss��o, tendo suas condutas orientadas a buscar o ensino superior como meio de qualifica����o e ascens��o social. Ap��s, discuti que as pr��ticas realizadas no projeto de forma����o seguem um ciclo que leva �� convers��o. Sustentei esta ideia mostrando que as docentes s��o convocadas a se confessar por meio das escritas dos memoriais e TCC���s, reconhecendo-se como sujeitos da educação - avaliando, julgando, comparando, criando resist��ncias, produzindo verdades sobre si ��� e assim convertendo-se a uma nova postura que, de alguma forma, venha assegurar o sucesso do seu fazer docente. Por fim, chamo a aten����o para as rela����es de poder imbricadas no equil��brio dos interesses e for��as que envolvem o curr��culo de forma����o e seus efeitos na constitui����o dos sujeitos que vivenciaram este processo. Defendo que as professoras-acad��micas, ao n��o terem suas expectativas contempladas no curso, promovem, em diferentes momentos, a����es ou resist��ncias, entrando em conflito com as professoras formadoras. Os efeitos dessa forma de subjetiva����o v��o gerando negocia����es, indicando rumos diferentes aos pr��-estabelecidos inicialmente.