2 resultados para Livros como bens culturais

em Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande - FURG


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O ensino de História, na atualidade, passa por um período de transformação em suas metodologias de ensino, tendo em vista o novo olhar para o seu principal objetivo, que é, fundamentalmente, o de compreender as relações humanas, a vida. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo central a busca de estratégias de ensino que possam auxiliar no ensino da História local, a partir dos princípios da Educação Patrimonial, que tem como estratégia de ação, a identificação e a interação com os bens culturais. Esta temática desperta o interesse, principalmente, pela observação de práticas pedagógicas durante alguns anos nas salas de aula, onde se percebe a necessidade de alternativas e possibilidades que tornem o ensino de História mais dinâmico para os alunos. Dessa forma, a Educação Patrimonial surge como alternativa para a superação destas carências didáticas e pedagógicas e, com esta metodologia, pretende-se trabalhar com alguns bens culturais identificados por meio da pesquisa com alunos do Ensino Fundamental da Rede Municipal de São Lourenço do Sul, servindo estes como documentos e fontes para (re) significar a construção do conhecimento histórico no município. Desse modo, a presente Dissertação encontra-se estruturada em três capítulos; o primeiro capítulo consiste na abordagem dos pressupostos da Educação Patrimonial e sua utilização para o ensino da História local, amparada nos bens patrimoniais destes locais; no segundo capítulo, descreve-se o processo da coleta de dados e informações que levaram à identificação dos bens patrimoniais do Município de São Lourenço do Sul. No último capítulo, de posse de bens patrimoniais coletados, eles serão classificados como materiais ou imateriais, bem como as suas descrições históricas e a sua importância cultural. Assim, a partir destes capítulos, observa-se que os bens culturais identificados passam a ser fontes para o ensino de História das cidades, permitindo a ampliação do espaço restrito apenas à sala de aula, tornando o aprendizado mais dinâmico, reflexivo e despertando o sentimento de pertencimento. Além disso, como produto desta pesquisa, apresenta-se uma proposta de cartilha (voltada principalmente para as séries iniciais do ensino fundamental) elaborada com base na pesquisa dos bens culturais do município, sendo estes os pontos de partida para o ensino da História local.

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O objetivo desta pesquisa é compreender e analisar como o negro vem sendo narrado nos livros de Literatura Infantil veiculados no Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE para a Educação Infantil e que efeitos de verdade esses discursos vêm produzindo. Utilizo os conceitos de identidade, diferença e raça a partir de uma abordagem pós-estruturalista na intenção de fazer aproximações com o pensamento de Michel Foucault e outros autores desta perspectiva teórica. Os materiais utilizados foram livros de literatura infantil disponibilizados pelo Ministério de Educação do Brasil por meio do Programa Nacional Biblioteca da Escola distribuído no ano de 2012, especificamente para a Educação Infantil. O estudo foi organizado a partir de três movimentos de análise. No primeiro, realizei um mapeamento sobre o acervo geral dos livros disponibilizados pelo Programa na intenção de perceber as temáticas principais destes materiais, os quais permitiram a seleção e o desenvolvimento das especificidades desta pesquisa. No segundo movimento analisei o acervo de livros propostos pelo PNBE buscando o aparecimento de personagens negros, para logo após analisar a forma como são apresentados, tanto como protagonistas das narrações, como no seus silenciamentos. No terceiro movimento busquei analisar como os discursos sobre a diversidade e a diferença são abordados nos livros deste acervo. A análise dos livros me possibilitou perceber a pequena presença de personagens negros nos materiais pesquisados, assim como a universalização dos materiais, tanto em conteúdo como personagens. Cabe destacar que esta pesquisa permitiu olhar como a presença do sujeito negro continua sendo mínima com relação a suas formas de representação, nas quais ainda persistem os silenciamentos quanto à participação deste personagem em comparação com o referencial branco. Pude perceber, também, que os conceitos de diferença e diversidade são tratados como sinônimos em grande parte dos livros analisados, permitindo ver como a produção do discurso sobre a identidade é, muitas vezes, atravessada por uma lógica de universalização e homogeneização dos sujeitos, desconsiderando suas particularidades históricas e culturais que os diferenciam.