1 resultado para Interação humano-computador
em Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande - FURG
Resumo:
A produo mundial de nanomateriais tem aumentado nos ltimos anos, em funo de suas variadas aplicaes tecnolgicas e, como consequncia do seu crescente uso e demanda, podero existir riscos ambientais sendo a gua o ambiente onde muitas destas substncias podem exercer efeitos deletrios. Um dos nanomaterias de carbono mais utilizados o fulereno, um composto orgnico lipoflico que pode se comportar como carreador de molculas txicas, potencializando a entrada de contaminantes ambientais em rgos especficos, fenmeno conhecido como cavalo de Troia. As microcistinas (MC) so cianotoxinas produzidas por cianobactrias durante episdios de florao, afetando aos organismos aquticos e ao ser humano. Diversos estudos demonstram que organismos expostos tanto s MCs quanto ao fulereno podem causar produo excessiva de espcies ativas de oxignio e alterar os nveis de antioxidantes. Alm disso, outro fator que pode vir a intensificar o potencial txico de ambos a incidncia de radiao UVA. Sendo assim, procurou-se avaliar os efeitos em parmetros de estresse oxidativo da co-exposio ex vivo da cianotoxina microcistina-LR (MC-LR) e o nanomaterial de carbono fulereno em brnquias do peixe Cyprinus carpio sob incidncia de radiao UVA. Os resultados mostraram que: (a) houve uma perda da capacidade antioxidante no tratamento com MC-LR (baixa concentrao) quando coexposta com fulereno no UVA em relao com o tratamento realizado sem co-exposio com fulereno; (b) o fulereno no UV diminuiu a atividade da enzima glutationa-Stransferase (GST) quando comparado com o controle no UV; (c) a MC-LR (alta concentrao) co-exposta com fulereno foi capaz de diminuir as concentraes do antioxidante glutationa (GSH) quando comparado com o mesmo tratamento tanto no UVA quanto no escuro sem a co-exposio ao fulereno; (d) o tratamento MC-LR (baixa concentrao) com UVA aumentou o dano oxidativo lipdico quando comparado com o controle UVA; (e) o fulereno no causou uma maior bioacumulao da microcistina no tecido. Sendo assim, pode-se concluir que o fulereno no apresentou o potencial de carregador de molculas nessas concentraes de microcistina, porm, a co-exposio dos compostos diminuem tanto capacidade antioxidante total, como a concentrao da GSH, podendo gerar problemas a longo prazo na detoxificao da toxina.