2 resultados para Instituições Particulares de Solidariedade Social

em Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande - FURG


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A atividade profissional é fundamental para a constituição do sujeito e reprodução da sociedade. Por outro lado, o processo de ensino-aprendizagem, na modalidade a distância, apresenta novos desafios e mudanças substanciais na maneira de se produzir conhecimento. Dessa forma, no presente estudo, analisaram-se dados socioeconômicos dos acadêmicos do curso de administração a distância da Universidade Federal do Rio Grande, com o intuito de traçar seu perfil, fazendo uma análise comparativa com os alunos da modalidade presencial. Trata-se de um estudo quantitativo, no qual se utilizou o tratamento estatístico na análise dos dados, obtidos de questionário e fontes secundárias. Os resultados demonstram que os acadêmicos da modalidade a distância possuem uma média de idade superior à dos alunos do presencial, sendo 63% são responsáveis pelo próprio sustento. Além disso, apenas 11% são oriundos de escolas particulares, ao passo que 25%, no presencial, provêm dessas instituições. Mais de 50%, por sua vez, são filhos de pais com grau de instrução inferior ao ensino fundamental e 31% afirmaram que o fizeram basicamente por ser um curso virtual, indicando que a educação à distância, além de oferecer a possibilidade de qualificação profissional às mais distantes regiões do país, beneficia um público que está entre as camadas mais necessitadas da população.

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A presente dissertação centra-se no estudo da participação infantil no cotidiano escolar, mais precisamente, das instituições de Educação Infantil. Para tanto, assumo como fundamental perceber a criança enquanto ator social, produtor de cultura e a infância como uma categoria social, geracional. O objetivo principal deste estudo é compreender quais as formas de participação de um grupo de crianças que compõe a turma de nível II, com 5 e 6 anos de idade, da Escola Municipal de Educação Infantil Tia Luizinha, a partir de suas manifestações no cotidiano escolar, buscando perceber quais são os momentos da rotina que as crianças percebem que participam, o que elas pensam sobre esses momentos e como os significam. Para tanto, o referencial teórico-metodológico utilizado para dialogar com esta investigação é oriundo da perspectiva da Sociologia da Infância (SARMENTO, 1997; 2000; 2007, CORSARO 2011, DELGADO, 2004; 2007), que percebem as crianças como sujeitos de direitos, capazes de participar/opinar sobre o meio no qual estão inseridas. Trata-se de uma pesquisa sobre o contexto escolar, cuja metodologia busca inspirações etnográficas, ou seja, é o cotidiano com as crianças, narrado por quem tornou-se ator desta pesquisa, juntamente com elas. Neste sentido, cabe ressaltar que é um processo investigativo COM crianças e não sobre elas. Os principais instrumentos metodológicos utilizados foram a observação, a escuta, os registros, os desenhos das crianças e suas falas. No tratamento dos dados que foram sendo gerados no percorrer da pesquisa, percebi a emergência de duas categorias de análise: a participação das crianças na RODA DE CONVERSA e no PÁTIO da escola. Neste sentido, estabeleço relação entre a infância e os espaços por elas escolhidos como sendo de maior participação, vindo a encontrar eco nos estudos da Geografia da Infância (LOPES, 2008). Foi possível perceber o quanto as crianças atribuem sentidos muito particulares aos espaços nos quais se inserem. A roda de conversa, configurava-se como um espaço/tempo dialógico do cotidiano, porém, ainda muito vinculada com a presença marcante do adulto-orientador. No pátio da escola, em especial, na pracinha, a participação infantil esteve intimamente relacionada a autonomia das crianças e as possibilidades de escolha que ali se apresentavam. Considero que os resultados deste estudo possam contribuir com as propostas pedagógicas das escolas da infância, no sentido acolher as manifestações das crianças, para assim, torná-las cada vez mais coautoras das ações pedagógicas.