2 resultados para Histórias de vida de professores

em Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande - FURG


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Esta pesquisa, intitulada CRIATIVIDADE PARA QUÊ? CONVERSAS, PROCESSOS E PRODUÇÕES NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES, investiga a criatividade na formação de professores. Sua fundamentação teórica baseia-se, principalmente, na atividade criadora de Fayga Ostrower e é contextualizada nas relações existentes entre imaginação e criatividade, propostas por Vigostky. A investigação intentou compreender as concepções de criatividade de um grupo de estudantes de licenciatura da Universidade Federal do Rio Grande - FURG. Os objetivos específicos consistiram em investigar as condições inibidoras e estimuladoras da criatividade no ensino; identificar as necessidades, desejos e possibilidades dos estudantes de licenciatura em relação ao ensino atual; e discutir as evidências e as características do professor criativo. A produção de dados foi realizada a partir da execução de um projeto de extensão, no qual os participantes realizaram atividades com temáticas relacionadas ao tema de pesquisa, tais como a conceituação de criatividade; inibidores e potencializadores da criatividade; a escola criativa e o professor criativo. Os dados foram produzidos por meio de questionários, diários, áudio e criação de objetos tridimensionais, confeccionados com tecido e outros materiais. O projeto de extensão foi realizado em duas ocasiões com públicos distintos. A primeira versão foi realizada em 2013, com nove alunos de diversos cursos de licenciatura. A segunda ocorreu em 2014, com acadêmicos do curso de Artes Visuais - Licenciatura. A análise de dados foi inspirada na Análise Textual Discursiva - ATD, de Moraes e Galiazzi, e os resultados foram apresentados a partir de histórias ficcionais, contadas por professores, personagens fictícios. Os personagens foram compostos por aspectos relacionados à criatividade, apresentados e discutidos pelos grupos durante o desenvolvimento do projeto, e as histórias identificam características que inibem ou potencializam a criatividade no processo de ensino-aprendizagem. Entre os aspectos apontados como inibidores do processo criativo estão o excesso de atividades ao qual estão submetidos os professores e alunos na universidade; o uso de vocabulário prolixo pelo professor; a repressão do sistema educacional, representada pela imposição de regras e pelo excesso de atividades que impedem os alunos de utilizarem a livre expressão. Como elementos que estimulam a criatividade, foram identificados o desejo pelo novo ou desconhecido; a contextualização dos conteúdos, relacionando-os ao cotidiano dos alunos; aulas realizadas em ambientes externos à sala de aula, entre outros. Os aspectos indicados pelos sujeitos da pesquisa como sendo criativos não são surpreendentes ou inovadores. Poucos professores universitários foram lembrados pelos alunos como sendo criativos, e muitas foram as críticas em relação à universidade e aos métodos de ensino utilizados pelos professores que, segundo os sujeitos, inibem o processo criativo. Embora a criatividade seja considerada vital ao homem, constata-se que, no ambiente universitário, há muitas barreiras, dificultando e inibindo o processo criativo dos futuros professores.

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A presente investigação situa-se na área da integração da Educação Profissional com Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos (PROEJA) e busca a compreensão das vivências dos estudantes do curso no Câmpus Rio Grande que integra o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS-RG). Faz parte também dos objetivos identificar as contribuições do curso para a socialização desses estudantes e os significados atribuídos ao curso. Em função da elevada taxa de evasão, a pesquisa foi desenvolvida com estudantes que não concluíram o curso. A hermenêutica filosófica constitui-se na epistemologia que ancora teoricamente a abordagem metodológica. A Análise Textual Discursiva foi a metodologia qualitativa adotada para a análise do material empírico constituído centralmente pelas histórias contadas pelos estudantes. Eles contam sua passagem pelo PROEJA, desde o ingresso até a sua evasão. Foram produzidos dados quantitativos além de levantamentos para conhecer o contexto da trajetória escolar dos estudantes. Esses elementos subsidiaram a análise qualitativa das informações. Como resultados foram encontradas: uma taxa de evasão geral da ordem de 57%. Nos dois primeiros módulos ocorreu 87 % de toda a evasão do curso. Em todo o período de oferecimento do curso, ou seja sete anos, apenas três estudantes concluíram o mesmo. Pela análise qualitativa, emergiram cinco categorias que tratam: a) do ingresso no PROEJA e dos desencontros nesse processo; b) do estudante com suas peculiaridades, dificuldades e significados; c) do ser professor no PROEJA; d) do curso pelo viés da formação integrada; e) dos componentes constituintes da evasão. Como conclusões a pesquisa aponta para a inadequação do curso em seus diversos aspectos. Reforça que a construção curricular adaptada de um curso existente foi um equívoco. A formação dos professores e gestores promoveu a proposta de um curso repleto de contradições. Mesmo com todos os distanciamentos, o curso promoveu um ensino de qualidade na formação humana e por isso os estudantes desenvolveram sentimentos positivos quanto ao curso. Promoveu os estudantes a novas oportunidades na sua vida social, inclusive com ingresso na universidade. A tese geral aponta para a potencialidade do PROEJA do Câmpus Rio Grande, na transformação da realidade do sujeito, apesar do alto índice de evasão e da inadequação do curso.