2 resultados para Catalogos coletivos

em Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande - FURG


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Nesta tese problematizamos o aprender, a partir do olhar dos estudantes do 7º e 8º anos, em uma escola da rede pública de ensino do município do Rio Grande/RS/Brasil. A escola, em 2011, optou por realizar um trabalho coletivo e cooperativo e modificou sua dinâmica de funcionamento transformando as salas de aula convencionais em Ambientes de Aprendizagem, nos quais os estudantes têm acesso a uma maior diversidade de recursos e a interação com os colegas é permanente, possibilitando o desenvolvimento de estratégias diferenciadas motivando o aluno a estabelecer relações entre o conhecimento escolar, a sua vida e o mundo. Nesta escola, são os estudantes que se deslocam de um ambiente para outro, a cada duas horas, os professores permanecem com a sala organizada, conforme as necessidades e materiais pedagógicos e tecnológicos por área de conhecimento. Para conhecer como os estudantes aprendem neste novo ambiente realizamos diversos questionamentos como: o que significa aprender em Ambientes de Aprendizagem, como eram as aulas nas salas de aulas convencionais e como são as aulas nos Ambientes de Aprendizagem. Adotamos o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) como metodologia de análise, buscando a recursividade nos discursos individuais o que permitiu a construção dos discursos coletivos que denominamos Aprender “ontem” nas salas de aula, Aprender “hoje” nos Ambientes de Aprendizagem e Aprender com o material pedagógico. Os discursos evidenciam mudanças no aprender, em decorrência da transformação das salas de aula convencionais em Ambientes de Aprendizagem. Mostram ainda que os estudantes percebem as aulas mais dinâmicas e que agora tem liberdade para levantar e dialogar com os colegas e/ou para usar o material didático disponível no ambiente. Destacam um maior interesse de ambas as partes evidenciando que a ação docente está mais acolhedora e que acreditam em uma grande mudança na educação. A análise dos discursos nos possibilitou compreender que trabalhos realizados em ambientes coletivos e desafiadores modificam o aprender pela liberdade de ação, de expressão e pelo respeito ao outro como legítimo outro na convivência.

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A dissertação de mestrado aqui apresentada está vinculada ao Programa de Pós Graduação em Educação – PPGEdu, da Universidade Federal do Rio Grande – FURG, situada na linha de pesquisa Culturas, Linguagens e Utopias. O objetivo do estudo é contribuir para que os professores possam pensar em outras práticas de formação docente dentro dos espaços educativos nos quais atuam, desenvolvendo suas ações pedagógicas, a partir da reflexão sobre cotidiano docente no coletivo. A pesquisa envolve um grupo de professores que se propôs a estudar a categoria trabalho e seus entrelaçamentos com o trabalho docente a partir da perspectiva marxista. Tal grupo organizou-se tendo em vista a metodologia das Rodas de Formação, conforme a perspectiva de Warschauer, intitulando-se Roda dos Sentidos. Como corpus de análise foram utilizados os registros escritos em um portfólio coletivo, realizado a cada semana por um dos professores da Roda. Tal escrita era alternada entre os sujeitos para que, assim, todos contribuíssem, ao seu modo, na composição dos registros da Roda dos Sentidos. Foram analisadas as escritas dos anos de 2011 e 2012, buscando-se responder ao questionamento: ―que significados de formação docente são vivenciados em espaços coletivos como os da Roda dos Sentidos?‖ A análise dos dados foi inspirada na Análise Textual Discursiva – ATD, de Moraes e Galiazzi, inicialmente realizou-se a impregnação do material produzido pelos sujeitos da pesquisa, para então proceder com a unitarização, a construção de categorias analíticas e a escrita de metatextos. As problematizações realizadas no decorrer da dissertação foram apontando compreensões sobre a importância da formação docente no coletivo, constituída pelos estudos e diálogos vivenciados pelos sujeitos envolvidos; a compreensão das amarras do sistema societário que interferem no trabalho docente, salientando a necessidade dos professores resgatarem, enquanto categoria, sua capacidade de luta, seu sentido de união e coletividade no trabalho, fortalecendo suas representatividades através dos sindicatos; a compreensão da profissão docente como interpelada pelas relações humanas, ao entrelaçar a construção do conhecimento aos sentimentos como afetividade, respeito, alegria e esperança, envolvidos nesse processo, estão, nesse sentido, os professores constituindo sua humana docência. A partir das análises realizadas, compreender-se que as vivências de estudo e formação na Roda dos Sentidos, proporcionaram momentos de avanços teóricos, realizados a partir de diálogos sobre o trabalho e o trabalho docente, potencializados pelos registros escritos e compartilhados nos encontros da Roda, possíveis a partir da construção do sentido de coletividade, compreendendo-se, assim, a importância dos elos afetivos na constituição docente.