4 resultados para regeneração

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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Resumo O património eborense integra um conjunto muito notável de monumentos civis e religiosos que têm originado ao longo do tempo a formação e desenvolvimento de tecido urbano. Desse património ressalta-se a construção de casas religiosas disseminadas em espaço anexo ao primitivo recinto amuralhado tendo as suas comunidades residentes influenciado sobremaneira os habitantes da área circundante. Algumas dessas áreas foram ocupadas por complexos religiosos (S. Domingos - século XIII, Santa Clara - século XV, Santa Catarina de Sena e Santa Helena do Monte Calvário - século XVI). As intervenções projetadas nas antigas cercas monástico-conventuais realizadas posteriormente à exclaustração das ordens religiosas abrangem não apenas a construção dos espaços livres mas também pontualmente a reformulação, por vezes radical, das antigas estruturas pertencentes aos complexos religiosos já desativados. Nos espaços verdes que constituíam as antigas cercas, ocorreu a eliminação ou alteração de uso do solo de tais áreas e desapareceu simultaneamente muito do historial destes locais. A reorganização interior das construções e a reformulação volumétrica, adaptando-as às atuais exigências funcionais, determinam que as demolições sejam correntes nessas intervenções. A organização espacial inerente à vida monástico-conventual dissipa-se definitivamente com essas demolições, que ocasionam também o desaparecimento de um conjunto significativo de elementos construtivos, como por exemplo, elementos decorativos. Neste caso ou são levados, conjuntamente com o entulho das obras, para vazadouro público, ou em casos mais raros introduzidos nas novas construções erigidas no local, descontextualizados. A redução substancial das manchas verdes intramuros constituíram-se como abrigo para espécies animais, além do decréscimo de áreas de absorção de água para o subsolo foram aspetos controversos resultantes de tais tipos de intervenções na cidade. Os casos que são objeto do presente trabalho apresentam quatro situações distintas: reconstrução total de todo o espaço (Santa Catarina), reutilização de um antigo espaço monástico (Santa Clara), o espaço respeitante ao antigo convento de S. Domingos que se encontra parcialmente ocupado/loteado, e o espaço do Mosteiro do Calvário de dimensões muito consideráveis que atualmente se encontra expectante (antiga cerca) e reduzidamente ocupado (edifício). O objetivo é procurar estabelecer comparações entre quatro situações muito diferenciadas, com intervenções de maior ou menor qualidade para a regeneração urbana. Neste âmbito, a cartografia urbana histórica da cidade torna-se essencial para a compreensão evolutiva do tecido urbano.

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Resumo: O património eborense integra um conjunto muito notável de monumentos civis e religiosos que têm originado ao longo do tempo a formação e desenvolvimento de tecido urbano. Desse património ressalta-se a construção de casas religiosas disseminadas em espaço anexo ao primitivo recinto amuralhado tendo as suas comunidades residentes influenciado sobremaneira os habitantes da área circundante. Algumas dessas áreas foram ocupadas por complexos religiosos (S. Domingos - século XIII, Santa Clara - século XV, Santa Catarina de Sena e Santa Helena do Monte Calvário - século XVI). As intervenções projetadas nas antigas cercas monástico-conventuais realizadas posteriormente à exclaustração das ordens religiosas abrangem não apenas a construção dos espaços livres mas também pontualmente a reformulação, por vezes radical, das antigas estruturas pertencentes aos complexos religiosos já desativados. Nos espaços verdes que constituíam as antigas cercas, ocorreu a eliminação ou alteração de uso do solo de tais áreas e desapareceu simultaneamente muito do historial destes locais. A reorganização interior das construções e a reformulação volumétrica, adaptando-as às atuais exigências funcionais, determinam que as demolições sejam correntes nessas intervenções. A organização espacial inerente à vida monástico-conventual dissipa-se definitivamente com essas demolições, que ocasionam também o desaparecimento de um conjunto significativo de elementos construtivos, como por exemplo, elementos decorativos. Neste caso ou são levados, conjuntamente com o entulho das obras, para vazadouro público, ou em casos mais raros introduzidos nas novas construções erigidas no local, descontextualizados. A redução substancial das manchas verdes intramuros constituíram-se como abrigo para espécies animais, além do decréscimo de áreas de absorção de água para o subsolo foram aspetos controversos resultantes de tais tipos de intervenções na cidade. Os casos que são objeto do presente trabalho apresentam quatro situações distintas: reconstrução total de todo o espaço (Santa Catarina), reutilização de um antigo espaço monástico (Santa Clara), o espaço respeitante ao antigo convento de S. Domingos que se encontra parcialmente ocupado/loteado, e o espaço do Mosteiro do Calvário de dimensões muito consideráveis que atualmente se encontra expectante (antiga cerca) e reduzidamente ocupado (edifício). O objetivo é procurar estabelecer comparações entre quatro situações muito diferenciadas, com intervenções de maior ou menor qualidade para a regeneração urbana. Neste âmbito, a cartografia urbana histórica da cidade torna-se essencial para a compreensão evolutiva do tecido urbano.

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O Montado, em Portugal, é um complexo sistema silvopastoril de uso da terra, tipicamente Mediterrânico, com diversos estratos de vegetação, incluindo sobreiro e azinheira em várias densidades, onde é frequente a criação de gado. Esta actividade pecuária beneficia das pastagens no sob-coberto, de algumas espécies arbustivas e também das bolotas que caem do coberto arbóreo, contribuindo para evitar a invasão da pastagem por matos. No entanto, dependendo da sua gestão, este gado pode comprometer a regeneração do sistema. Nos últimos 20 anos, os subsídios no âmbito da Política Agrícola Comum da União Europeia têm promovido a criação de gado bovino em detrimento de outras espécies e raças mais leves, bem como a intensificação desta produção. Esta intensificação pode impossibilitar a regeneração natural das árvores ameaçando o equilíbrio do Montado. Por esta razão é necessária uma avaliação focada na criação de gado bovino e nos seus impactos sobre o sistema. O objectivo deste estudo foi obter uma melhor compreensão do funcionamento de uma exploração silvopastoril num sistema de Montado, através da aplicação do Método de Avaliação Emergética e do cálculo de índices emergéticos. Pretende-se assim compreender a melhor forma de o gerir, bem como conceber estratégias que maximizem o fluxo de emergia na exploração. Uma comparação deste método com a avaliação económica permitiu perceber em que aspectos esta pode ser complementada pelo método da avaliação emergética. O método da avaliação emergética permite a avaliação de sistemas multifuncionais complexos à escala de uma exploração individual, fornecendo informação extra em relação à avaliação económica como a renovabilidade dos inputs do sistema, ou a quantidade de fluxos livres da natureza que é valorada por preços de mercado. Este método permite a integração das emternalidades e das externalidades à contabilização económica, transformando uma avaliação tendencialmente separada do seu sistema mais vasto, numa avaliação de um sistema em conexão com aqueles mais vastos nos quais se integra; Abstract: The Montado, in Portugal, is a complex silvo-pastoral system of land use, typically Mediterranean, with different strata of vegetation, including cork and holm oaks in various densities, and where cattle rearing is common. This stockfarm benefits from the herbaceous layer under the trees, as well as from some species in the shrub layer, and also from the acorns faling down from the tree cover, while contributing to prevent the invasion of pastures by shrubs. Nevertheless, depending on its management, livestock can affect the system regeneration. Over the past 20 years, subsidies of the European Union's common agricultural policy have promoted the cattle rearing at expense of other lighter species and breeds, as well as its intensification. This intensification may impair the natural regeneration of trees threatening the balance of the Montado. Therefore an assessment focused on cattle and their impact on the system is required. The purpose of this study was to obtain a better understanding of the functioning of a silvo-pastoral farm in a Montado system, by applying the emergy evaluation method and through the calculation of emergy indices. It is intended to understand the best way to manage and design strategies that maximize the emergy flow on the farm. A comparison of this method with the economic evaluation allowed to realize in what aspects it can be complemented by the emergy evaluation method. The emergy evaluation method alows the assessment of complex multi-functional systems at the scale of an individual farm, providing extra information in relation to economic avaluation as the renewability of the inputs to a system and the amount of free flows of nature that is valued by market prices. This method allows the integration of the emternalities and the externalities to the economic accounting, transforming an evaluation tended separated from its wider system, in an evaluation of a system in connection with the larger ones on which it is incorporated.

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Ao longo dos tempos os sistemas aquáticos surgem associados ao desenvolvimento humano. Não é por acaso que os grandes aglomerados urbanos se tem desenvolvido no litoral ou próximo de grandes rios ou lagos. Esta proximidade conduziu a uma fácil utilização do recurso água (consumo doméstico, agricultura e indústria) e a uma exploração dos recursos vivos suportados pelos ecossistemas. Neste contexto a água tem sido considerada como um recurso inesgotável e indispensável à vida do ser humano e só indiretamente associada aos ecossistemas aquáticos. Como consequência, tem-se assistido à degradação de ecossistemas aquáticos e a fenómenos sistémicos de poluição. Em muitas situações a degradação torna-se irreversível, atingindo-se baixos padrões de diversidade biológica e de qualidade da água, que inviabilizam o seu uso. Surge assim a necessidade de avaliar a magnitude do estado de degradação. Simultaneamente nasce a consciência dos limites da disponibilidade da água e o reconhecimento dos valores naturais. Desenvolvem-se novos conceitos tais como: Conservação; Restauração; Reabilitação; Recuperação. Evoluiu-se para um novo paradigma, o ecossistema, avaliado integralmente numa perspetiva funcional, passa a constituir o objetivo central da monitorização. Abandona-se uma perspetiva ANTROPOCÊNTRICA (que considera a água como recurso para o uso humano) em benefício de uma visão ECOCÊNTRICA direcionada para a qualidade ecológica, onde a água é considerada como o suporte de vida e dos ecossistemas. Este novo paradigma encaixase perfeitamente no conceito mais abrangente de desenvolvimento sustentável exposto em 1987 no relatório Brundtland. Nesta ótica, aos defensores da sustentabilidade cumpre criarem condições para diluir os riscos sobre os sistemas naturais. Para tal, a ação política deve liderar o processo de transformação em que o uso dos recursos, a direção dos investimentos, o rumo do progresso tecnológico e a mudança institucional, terão que ser orientados para satisfazer as necessidades humanas, respeitando os limites da capacidade de regeneração dos recursos naturais, ou seja a sua resiliência. Nesta perspetiva uma abordagem mais abrangente da gestão da água na sua componente de qualidade, deve ser baseada em critérios biológicos, considerados como indicadores da condição global do sistema aquático. Estes critérios permitem uma avaliação da qualidade (ecossistema) mais adequada, uma vez que são detetados problemas que, de outra forma, não seriam identificados ou seriam subavaliados. A aplicação destes critérios é especialmente adequada para a deteção de poluição causada por fontes difusas, de contaminações episódicas ou cumulativas e de alterações físicas do ecossistema. A avaliação da qualidade ecológica contribui igualmente para a identificação dos ecossistemas mais ameaçados, permitindo a aplicação de medidas de proteção mais eficazes. Por outro lado, a gestão dos recursos hídricos implica um conjunto de ações estratégicas de planeamento que deverão ser consideradas ao nível da bacia hidrográfica, sempre incluindo a participação pública e as organizações institucionais.