8 resultados para pavilhões cristãos
em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal
Resumo:
Traça-se o percurso social de uma família de mercadores cristãos-novos do final do séc. XVI até meados do séc. XVIII. Em meados do Seiscentos, os Serrões Pimentéis já eram militares e um deles foi cosmógrafo-mor do Reino. No início do séc. XVIII, um elemento da família conseguiu um hábito de Cristo, mas reprovou nas habilitações. O objetivo do artigo é analisar de que modos esta parentela lidou com o embaraço que constituía a sua origem cristã-nova e o insucesso referido.
Resumo:
Judeus e muçulmanos vivem e movem-se numa sociedade que se define como uma “respublica christiana”. O direito canónico e a sua influência nas leis gerais dos reinos europeus implica, necessariamente, a construção de uma identidade cristã que se define em oposição ao “outro”, sobretudo o judeu, mas também o muçulmano. Neste sentido, a superioridade cristã, basilar no pensamento da Igreja, afeta a legislação régia portuguesa (como a demais europeia), criando progressivamente normas de segregação, tanto a nível de vestuário como de restrição espacial das minorias. O discurso da Igreja e o conceito de “infiel”, conflui, de resto, com os interesses das oligarquias concelhias, no seu programa político de hierarquização social e económica. Não obstante, os contextos vivenciais específicos de cada comunidade subvertem, bastas vezes, as normativas , numa necessária complementaridade dos membros das três religiões.
Resumo:
O desenvolvimento da arquitetura paleocristã decorreu do anterior modelo romano das basilicae públicas, e dirigindo-se com a oficialização da nova religião após os Éditoa de Constantino a um culto coletivamente participativo, convergente na exaltação e contemplação do divino, dando origem a formas específicas que desembocaram nos vindouros modelos da própria arquitetura europeia. Aa primeiras fases desta génese de um património edificado cristão vieram assim assinalar um evidente sentido de memória, associada aos fundadores, e, no exato momento dos primeiros exemplos construídos, proporcionando uma aproximação ao próprio sentido de referenciação clássica, em modos que possibilitam então a abordagem dos mesmos primeiros exemplos de aedificatio em períodos ou ainda romano-cristãos ou imediatamente subsequentes do território português.
Resumo:
This article seeks to justify why it is possible to speak about a culture of background investigations in Portugal, or even in the Iberian Peninsula, especially in the 17th-18th centuries. It will emphasize three points: the huge number of people who made qualifications in Portugal and in the overseas Empire; how it created specialized knowledge and the need for specialized officers to deal with it; to demonstrate how the culture of qualification conditioned behaviors in different social groups.
Resumo:
Primeiras referências aos judeus na Madeira e primeiras indicações da Madeira como terra alvo de investigação por parte do Santo Ofício. As visitas inquisitoriais. O perdão geral de 1605. Ligações da Madeira à comunidade sefardita na Holanda. A rede de agentes do Santo Ofício na Madeira e os Jesuítas. O impacto da limpeza de sangue na sociedade local. O estabelecimento do cemitério hebraico do Funchal, no século XIX
Resumo:
Neste artigo, pretende-se averiguar se as práticas relacionadas com o jogo eram alvo de punição por parte do Tribunal do Santo Ofício. Conclui-se que não e que as pessoas, que de algum modo, estiveram ligadas a práticas relacionadas com «jogo» foram punidas pelos crimes habituais julgados pelo Santo Ofício.
Resumo:
Trata-se do catálogo da Exposição que esteve patente ao público de 20 de Outubro a 31 de Dezembro de 2016, no Museu de Évora. Procura mostrar algum do espólio do Museu e da Biblioteca Pública de Évora e torná-lo compreensível no contexto da investigação sobre o Santo Ofício. O catálogo está organizado em cinco núcleos: "A criação" [do Tribunal de Évora]; "Os espaços" [espaços de jurisdição]; "A instituição e os seus agentes"; "Actuação"; "Impactos". Reúne textos de vários Autores.
Resumo:
Palaces, as an architectural typology, can be found in recreation Quintas that surrounded the main cities in Portugal, which preserved its rural character since the 16th century until the middle of the 19th century. Consisting of cultivated land and farm buildings, the palace of the Quinta was the owner´s temporary residence, for summer holidays and festive events, with gardens, pavilions, fountains and lakes for recreational purposes and leisure. The focus on palaces, as a historic building and as in need of new uses, clearly shows how current the debate on contemporary interventions in this heritage typology is. Interventions in architectural heritage require multidisciplinary teams to identify conservation strategies which enable a qualified use of its spaces, such as for example the experience of security and well-being, which can contribute to a better quality of life and simultaneously to the quality of the urban environment. This paper presents the Palace of Quinta Alegre and its rehabilitation project for contemporary use and public esteem, both of which are considered fundamental prerequisites for its sustainable maintenance in space, in time and in memory. [versão Portuguesa] Sob a denominação de tipologia arquitectónica, o edifício Palácio pode ser encontrado nas Quintas de Recreio que rodeavam as principais cidades Portuguesas, tendo preservado o seu carácter rural, desde o século XVI até metade do século XIX. Consistindo as Quintas em terra cultivada e edifícios rurais, o Palácio da Quinta consistia na residência temporária do proprietário, para férias de verão e eventos comemorativos, dispondo de jardins, pavilhões, fontes e lagos para recreação e lazer. O tema dos Palácios, entendido como edifício histórico que procura novos usos, demonstra como é actual o debate sobre intervenções contemporâneas nesta tipologia de valor patrimonial. A intervenção em património arquitectónico requer a definição de estratégias de conservação por equipas multidisciplinares que permitam estabelecer um uso qualificado dos seus espaços, proporcionando experiências sensoriais de bem-estar e segurança, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e, simultaneamente, para a qualidade do ambiente urbano em que se insere. Este artigo tem por objectivo apresentar o Palácio da Quinta Alegre e o projecto de reabilitação, devolvendo-o a um uso contemporâneo e à estima pública, factores fundamentais para a sua manutenção sustentável no espaço, no tempo e na memória.