11 resultados para intervenção comunitária
em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal
Resumo:
Portugal, no contexto da Europa Ocidental, é o 3.º país com a mais elevada taxa de incidência por infeção VIH/SIDA [i.e. 13.5/100.000 hab.] (ECDC, 2012). O reconhecimento dos efeitos positivos conseguidos através de parcerias com jovens-adultos, dão voz aos mais novos, empoderando-os na prevenção (UNFPA, 2014). O projeto-piloto de intervenção por pares é uma parceria da Escola Superior de Enfermagem S. João de Deus-Universidade de Évora com a Administração Regional de Saúde, no âmbito das políticas do Ministério da Saúde e Plano Nacional de prevenção e controlo da infeção por VIH Sida. Objetivo: Contribuir para a Prevenção do HIV-SIDA na Comunidade Académica. Método: O projeto assenta em metodologias de trabalho interdisciplinar e interpares como estratégia de promoção da saúde. Constituídas bolsas de voluntários e formados “pares de educadores”. Realizadas intervenções na Universidade de Évora que abrangeram o pessoal docente, não docente e discente. Realizados debates e jogos dobre a temática do VIH. Distribuídos preservativos e feita demonstração do correto uso do mesmo. Entre outras atividades ouve ainda a possibilidade de realizar de forma gratuito e confidencial o teste rápido do VIH. Resultados: De Fevereiro de 2013 a Maio de 2014 foram formados 54 “pares de educadores”. Das intervenções realizadas resultaram 11 debates com a presença de 522 Pessoas, a distribuição de 11017 preservativos masculinos, 950 femininos, 241 Atividades de aconselhamento individual e realização de Testes Rápidos do VIH. Conclusão: A comunidade académica, pela diversidade de papéis, idades e experiências das pessoas, constitui um grupo interessante para a realização do programa de intervenção comunitária. Considera-se pertinente a continuidade deste projeto, estando já agendadas novas intervenções para o Ano 2014/15
Resumo:
CONTEXTO: Na sociedade atual, a visita domiciliária é considerada promotora do acesso a cuidados de saúde de qualidade. Caracterizado pela sua vasta experiência na área dos cuidados domiciliários e pelo corpo de conhecimentos científicos, o enfermeiro tem um singular contributo neste contexto, em que os registos se revelam parte estruturante da prestação de cuidados. OBJETIVOS: Organizar e uniformizar os registos de enfermagem da visita domiciliária da Unidade de Saúde Familiar (USF) Eborae. METODOLOGIA: Recorreu-se à metodologia do planeamento em saúde e como instrumentos de recolha de dados foram aplicados questionários, construídos para o efeito, aos enfermeiros da USF Eborae. RESULTADOS: Após o diagnóstico da situação constatou-se a falta de instrumentos de registo facilitadores do planeamento, execução e continuidade dos cuidados prestados aos utentes da USF Eborae em ambiente domiciliário. CONCLUSÕES: Os instrumentos de registo elaborados possibilitam um funcionamento estruturado e protocolado que assegura a continuidade na prestação de cuidados; ABSTRACT: BACKGROUND: In today's society, home care is considered a prosecutor to access quality health care. Characterized by their vast experience in the field of home care and their body of scientific knowledge, nurses have a unique contribution in this context, in which the records are revealed a structuring part of care. AIM: Organize and standardize the nursing records of home visit of the Family Health Unit Eborae. METHODS: It was used the health planning methodology, as data collection tools they were applied questionnaires, purpose-built, to nurses of Family Health Unit Eborae. RESULTS: After the diagnosis of the situation is was found the lack of registration tools facilitators for planning, execution and continuity of care to users of Family Health Unit Eborae in home environment. CONCLUSION: The recording instruments elaborated enable a structured and documented operation that ensures continuity in care.
Resumo:
As perturbações psiquiátricas e os problemas de saúde mental infantojuvenil têm vindo a merecer especial atenção por parte da comunidade científica, não só pelo facto de se estimar que 10 a 20% das crianças apresentem um ou mais problemas de saúde mental, não só por estes valores terem tendência a aumentar, mas também pelo impacto humano e financeiro que acarretam para a sociedade. Em Portugal, o Plano Nacional da Saúde Mental 2007-2016 é categórico ao afirmar a necessidade de promover a saúde mental infantojuvenil junto da população e ao salientar a importância do envolvimento e articulação com outras estruturas comunitárias ligadas à saúde, educação e direito de menores. Este trabalho vai de encontro a estas linhas de orientação, na medida em que procura identificar, desenvolver e implementar diversos aspetos inerentes à vertente comunitária da saúde mental infantojuvenil. Numa primeira fase é realizado um levantamento das reais necessidades da população infantojuvenil do concelho de Odemira e é definida uma rede de articulação entre os serviços de saúde, escolas e outras entidades locais com competência nesta área. De forma a melhorar a prestação dos cuidados e a garantir respostas adequadas às necessidades identificadas, também se procurou o individual desenvolvimento de competências especializadas na área da saúde mental infantojuvenil. Por último, atendendo à importância da implementação atempada de medidas preventivas de determinados fenómenos psicopatológicos, procurou-se treinar e desenvolver a capacidade de sensibilização e reforço de competências de uma bolsa populacional específica: a comunidade escolar. De um modo geral, os resultados obtidos demonstram aplicabilidade na prática clínica dos cuidados, contribuindo para a melhoria dos mesmos. Algumas das estratégias utilizadas constituem-se como ponto de partida para projetos futuros, podendo ser replicadas e adequadas a outros contextos de intervenção; ABSTRACT: LINK HEALTH-SCHOOL: the intervention in the community context Psychiatric disorders and problems of youth mental health have been given special attention by the scientific community, not only because it is estimated that 10-20% of children present one or more mental health problems, not only because these values have tendency to increase, but also the human and financial impact to society. In Portugal, the Mental Health National Plan 2007-2016 is emphatic in affirming the need to promote the mental youth health within the population and to emphasize the importance of the involvement and coordination with other community entities related to health, education and minors rights. This paper follows these guidelines, it tries to identify, develop and implement various aspects related to the Community part of youth health. In the first phase is carried out a survey of the real needs of youth population of the Odemira County and defined a network between health services, schools and other local organizations with expertise in this area. In order to improve the delivery of health care and ensure appropriate responses to the identified needs, also sought the individual development of expertise in the area of youth mental health. Finally, given the value of timely implementation of preventive measures of certain psychopathological phenomena, it sought to train and develop the awareness and skills improvement of a specific population: the school community. In general, the results prove the applicability of the procedures in clinical practice, contributing to a practice improvement. Some of the strategies used are the Foundation for future projects, they can be replicated and adapted to other contexts of intervention.
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A presente comunicação apresenta a forma como a Escola Comunitária de São Miguel de Machede tem vindo a consolidar, na realidade de um pequeno território, um modelo de desenvolvimento local e de intervenção social, em que se assume a Educação como elementro matricial em todas as atividades e projetos. Um desenvolvimento centrado na construção, local, participada e crítica, dos conhecimentos e das capacidades necessárias para resolver os problemas das comunidades, recorrendo, em primeiro lugar, aos recursos endógenos, valorizando a diversidade existente e potenciando as qualificações académicas e profissionais, a inovação e a criatividade dos mais jovens e os saberes empíricos e a experiência dos mais adultos e idosos.
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A principal infra-estrutura de qualquer comunidade é, na época contemporânea, a educação e formação das pessoas que a constituem. Hoje, mais do que nunca, a competitividade de cada sociedade e de cada pessoa assenta nas respetivas capacidades de aprender. A Educação Comunitária tenta assumir, neste contexto, uma das possíveis respostas que algumas comunidades locais têm procurado face aos desafios resultantes do desenvolvimento de características globalizantes mas, paradoxalmente, assimétrico, em termos geográficos, económicos, sociais e culturais. Procura-se, através de uma intervenção de proximidade, promover o desenvolvimento de competências e atitudes que tornem os habitantes da comunidade mais autónomos, empreendedores e criativos do ponto de vista social, comunitário e pessoal. Na presente comunicação pretende-se, por um lado, caraterizar os pilares do modelo pedagógico da Escola Comunitária de São Miguel de Machede, criada em 1998 e com sede na freguesia rural de São Miguel de Machede e, por outro, descrever, de forma sucinta, as atividades de Educação Não formal e de Empreendedorismo Social. De entre as várias atividades, destaca-se o Circuito da Aldeia, que visa promover o envolvimento da comunidade e o empreendedorismo social tem permitido aos jovens do meio urbano um contacto e uma experiência únicos, com o mundo rural, na sua dimensão mais essencial e genuína, contribuindo, ainda, para a preservação e valorização do património material e imaterial da nossa comunidade, tornando-se num bem transacionável, com elevado potencial gerador de riqueza.
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A violência doméstica pode entender-se como uma forma de violência entre pessoas que coabitam um determinado espaço. Todavia e para que melhor se compreenda este fenómeno, é conveniente conhecer a evolução conceptual que se tem verificado. Pode dizer-se que a violência doméstica começou a ser objeto de discussão pública cerca da década de 50 do século XX. Numa fase inicial a preocupação predominante era com a forma desumana e por vezes brutal como mulheres e crianças eram tratadas. Todavia, a nomeação deste tipo de violência foi sofrendo alterações, sendo referida de diferentes modos, seja como violência intrafamiliar, violência contra a mulher ou violência doméstica. Atualmente considera-se que qualquer abordagem à problemática da violência ocorrida no âmbito das relações interpessoais deve ser objeto de clarificação conceptual adicional, quer como forma de se explicitar o objeto de estudo/intervenção, quer de os conceitos não serem motivo de dissensões entre os membros de uma Rede, como é o caso.
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A intervenção psicológica em contextos educativos tem sido pautada por abordagens e modelos centrados num paradigma médico-psicológico, baseado nos pressupostos médicos de doença e causalidade interna dos problemas de aprendizagem da criança — se a criança não aprendia era porque havia algo de errado dentro dela (Bairrão, 1985, 1995; Loxley, 1980). O foco no indivíduo levou a uma ênfase nas diferenças individuais e a uma tendência para ignorar o papel das variáveis sociais e ambientais no desenvolvimento, bem como à concepção de que a criança é responsável pelos seus problemas de aprendizagem (Siegel & Cole, 2003). O falhanço das intervenções baseadas nestes pressupostos levou, gradualmente, à implementação de novas modalidades de intervenção, baseadas na ideia de que a pessoa e o seu ambiente não formam entidades separadas, de que a pessoa é uma parte activa e intencional do ambiente em que interage. Os ambientes directos em que a pessoa interage estão embebidos num ambiente mais amplo, com as suas propriedades físicas, sociais e culturais, que operam directa e indirectamente em todos os níveis da interacção pessoaambiente (Bronfenbrenner, 1979, 1995, 1999, 2005). O desenvolvimento humano poderá, então, ser entendido como um processo cultural — as pessoas desenvolvem-se como participantes nas suas comunidades culturais (Rogoff, 2003). Esta reconstrução da psicologia da educação implica que o psicólogo adopte novos papéis de intervenção, que lhe permitam actuar, não com problemas individuais descontextualizados, mas dentro de um sistema (do qual ele é também parte interveniente) com todos os seus participantes, tendo em conta que a mudança num elemento do contexto vai influenciar todos os outros elementos. A intervenção será, assim, fundamentalmente através de projectos centrados na escola, mas num contexto de relação de feed-back com a comunidade e envolvendo os vários elementos que participam nos contextos mais relevantes. Isto não implica a recusa de serviços directos e de intervenções individuais; antes significa que qualquer intervenção requer a participação do sistema social da criança e de todos os seus elementos significativos (Reynolds & Miller, 2003). Esta comunicação pretende apresentar uma experiência de intervenção psicológica em contexto escolar baseada nestes pressupostos e reflectir sobre as potencialidades de um modelo ecológico – desenvolvimental na prática da psicologia da educação.
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A Intervenção Precoce (IP) é hoje uma prática multidisciplinar que pro- cura responder às necessidades de crianças com perturbações do desen- volvimento e em situações de risco, ultrapassando os antigos modelos de estimulação precoce. O problema de decidir quais as crianças e famílias que devem ser apoiadas e as exigências do planejamento das intervenções acentuam a importância de um procedimento claro de caraterização, ou de diagnóstico, tanto das crianças como das situações. No modelo em que assenta a rede de intervenção precoce, de base local, implementada numa ampla região de Portugal, são enfatizadas as dimensões relacionais e contextuais do desenvolvimento e do risco. Dentro desta perspetiva, os autores têm procurado desenvolver práticas e instrumentos que permitam uma melhor elegibilidade dos casos e uma orientação técnica de intervenção mais focada nas efetivas necessidades da criança, da família e do contexto. São aqui apresentados os resultados da utilização da ODIP – Organização Diagnóstica em Intervenção Precoce – na caracterização das problemáticas de desenvolvimento e de risco de um total de 1.169 crianças e respetivos contextos.
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A Educação Popular tem assumido, na região Alentejo, uma grande importância, na medida em que tem adoptado várias modalidades, diferentes protagonistas e promotores. Na realidade, nesta região, vários factores concorreram para este papel da Educação Popular.
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O alcoolismo é uma doença com um potencial de infligir sofrimento enorme, interferindo com todas as dimensões do indivíduo, assim como em todos os quadrantes da sociedade. Este relatório expressa a preocupação com a problemática, e descreve o trabalho desenvolvido ao longo de um ano na área da saúde mental e psiquiátrica por um enfermeiro. Através da criação de uma consulta de enfermagem, desenvolveram-se um conjunto de intervenções de enfermagem com o intuito de diminuir factores de risco e potenciar factores de protecção nos indivíduos com comportamentos aditivos face ao consumo de bebidas alcoólicas. A intencionalidade terapêutica incidiu sobre a reconstrução ou reorganização da vida nomeadamente nos seguintes aspectos: restabelecimento das capacidades relacionais com o seu meio, e estabilização num novo estilo de vida de abstinência alcoólica. Após intervenção observaram-se ganhos de saúde para um quinto dos utentes atendidos. Esta avaliação contudo está comprometida pela qualidade dos registos disponíveis. Concluindo-se que o projecto não se esgotou, pois este relatório permitiu uma identificação de algumas fragilidades a corrigir, nomeadamente a sistematização de registos clínicos, uma abordagem inicial que permita maior ancoragem (taxas de abandono superiores a 50%) e a introdução de um sistema de acompanhamento remoto no pós alta; ABSTRACT: Alcoholism is a disease with an enormous potential to inflict pain, interfering with all individual dimensions, and also with all sections of society. This work expresses the concern with this problematic and describes the work developed along a year in the area of mental and psychiatric health by a nurse. Through the creation of a nursing appointment, a set of nursing interventions were developed in order to reduce the factors of risk and potentiate factors of protection in the individual with addicted behaviours to alcoholic beverages consumption. Therapeutic intentionality focused on the reconstruction or reorganization of life on the following aspects: reestablishment of connecting abilities with their social environment, and consolidation of a new alcoholic abstinent life style. After the intervention we could observe some improvement on the health of a fifth of the users who were attended. However, this evaluation is compromised by the quality of the available records. We can conclude that the project is not exhausted since this work allowed the identification of some fragilities that could be corrected, namely the systematization of clinic records, a more anchoring initial approach (dropout rates exceeding 50%) and the introduction of a remote aftercare supervision system.
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Tema e referencial teórico: Os índices de envelhecimento do país e do Alentejo retratados nos censos 2011 têm repercussões na saúde e na qualidade de vida. O que justifica a necessidade de intervir assumindo os stakeholders um papel relevante na promoção de projetos comunitários. A UÉ-ESESJD, em parceria, pôs em prática um projeto embrionário, delineado por fases e dimensões (formativa, consultiva e informativa), que visa criar condições ao envelhecimento ativo (EA). Objetivos: Avaliar a dimensão formativa do projeto a partir dos utilizadores, idosos. Descrição e procedimentos: Foi feita abordagem qualitativa com uma amostra intencional, constituída por 10 idosos, entrevistados sobre aspetos mais relevantes da formação. Respeitaram-se aspetos éticos inerentes. A entrevista por focus-grupo foi gravada e transcrita. Fez-se análise lexical dos dados textuais usando o software Alceste, que dividiu o corpus em unidades de contexto elementares (UCEs) e as representou em dendograma. Resultados: Emergiram três classes, respetivamente com 28%, 41% e 31% de UCEs. A associação dos vocábulos deu o sentido de cada classe que se nomearam: classe 1 Saúde-Atividade; classe 2 Atividade-Expectativa e classe 3 Unidade Mente-Corpo. O dendograma mostra as relações entre as classes evidenciando-se a Atividade-Expectativa. Conclusão: Verifica-se a conciliação duma expectativa que se concretiza na saúde, pela atividade com o envolvimento da unidade mente-corpo. A continuidade do projeto deve seguir uma linha de estimulação das funções mentais e físicas promotoras do EA.