Formation, carrière et montée en puissance des ingénieurs électriciens au Portugal (de la fin du XIXe siècle aux années 1930)

A la fin du XIXe siècle, les technologies modernes liées à l'électricité et à ses applications ont été introduites au Portugal sans réel décalage par rapport aux autres pays. Toutefois, jusqu’aux années 1910, malgré plusieurs réformes des instituts industriels et des écoles polytechniques, la formation en électrotechnique était restée insuffisante pour que les ingénieurs portugais puissent acquérir les compétences indispensables à l'installation et l'exploitation des technologies électriques. Même si, depuis la fin du siècle précédent, eu égard à l’importance croissante de l’électricité et de ses applications, on tentait de mettre en place des cours spécifiques. Aussi, pour pallier leurs manques, quelques ingénieurs portugais partaient-ils compléter leur formation dans les principales institutions européeennes comme l'Institut Montefiore, annexé à l'Université de Liège, l’Université de Grenoble ou l’Université de Nancy. C’est seulement en 1911 avec la création de l’Institut Supérieur Technique de Lisbonne et l’année suivante de la Faculté technique de Porto, que les cours de génie électrotechnique ont été introduits au Portugal. L’organisation de l’Institut Supérieur Technique fut confiée à Alfredo Bensaúde qui avait fait ses études supérieures en Allemagne. L’enseignement de l’ingénierie dans ce pays fut alors marqué par le principe : « less theory and more pratice ». On cherchait à former des élèves pour les orienter vers l’industrie Après la première Guerre mondiale, on a pu prendre la mesure de la place des ingénieurs électriciens dans l’économie et la société portugaise avec l’organisation de 4 congrès d’électricité entre 1923 et 1931. Au 1er congrès portugais d’ingénierie en 1931, les ingénieurs électriciens ont joué un rôle déterminant, manifestant ainsi l’importance de cette branche du génie dans la société au XIXe siècle.

(Des)encontros com a realidade: a trajectória profissional dos licenciados em ensino básico : 1º ciclo formados pelas instituições de ensino superior público do Alentejo entre os anos de 2001 e 2003

A problemática que constitui o ponto de partida do presente estudo evidencia a importância de se conhecer e compreender a forma como se processa a inserção profissional dos recém-diplomados em Ensino Básico - 1º Ciclo. De entre distintas ópticas possíveis, considerou-se importante assumir, como elemento estratégico deste processo, e na linha do pensamento de M. Alves (2001), o entendimento de que o processo de inserção profissional assume um carácter dinâmico, que envolve três actores fundamentais: os diplomados, os empregadores e os estabelecimentos de ensino superior. É tendo como base de trabalho esta perspectiva (conceito de inserção profissional articulado com o paradigma da aprendizagem ao longo da vida) que se edifica o presente estudo, estruturando-se em quatro partes. A primeira delas visa, embora não de forma exclusiva, a explanação dos principais referenciais teóricos relativos à temática em questão; a segunda parte explicita as opções metodológicas adoptadas; a terceira debruça-se sobre a análise e interpretação dos resultados e a quarta remete para algumas conclusões que emergiram de todo o processo de investigação empreendido. Procurando desenvolver-se uma investigação descritiva assente numa metodologia integrada e complementar com abordagens qualitativas e quantitativas, a recolha de dados incide num questionário e numa entrevista, tendo-se sempre em consideração os objectivos subjacentes ao estudo e optando-se, para tal, como sujeitos, pelos licenciados em Ensino Básico - 1.° Ciclo que realizaram a sua formação nas instituições formadoras do Alentejo (Escolas Superiores de Beja e Portalegre e Universidade de Évora), no período compreendido entre 2001 e 2003. As trajectórias profissionais destes licenciados ficam marcadas por sentimentos de ilusão, incerteza e indignação, mas também por um forte sentimento de frustração. Não foi pacífico, para muitos deles, aceitar que a realização do curso não lhes conferiu o acesso ao emprego esperado. A sua maioria encontrava-se integrada em sectores profissionais que não estavam directamente relacionados com o curso ou, então, permaneciam desempregados. A esperança de virem a exercer a profissão docente parecia ser cada vez mais ténue. /***Abstract - The problem that constitutes the start of the present study emphasizes the importance of knowing and understanding the way it proceeds the professional insertion of the new graduates of the Ensino Básico — V Ciclo (primary school).Between several visions, it has been important, as a strategic element of this process and following the line of M. Alves (2001), the understanding that the professional insertion assumes a dynamic character, that envolves three fundamental elements: the graduates, the employers and. the universities. This study, structured in four parts, is based in the concept that links profession insertion with life long learning. The purpose of the first part is to expose, not in an exclusive way, the several theories connected with the theme in question the second part explains the methodology used; the third consists of the analysis and interpretation of the results and the fourth and. last one, exposes some conclusions that carne out of the investigation process. It has been tried in this study to develop a descriptive investigation, based on an integrated and complementary methodology that includes a qualitative and quantitative analysis. Therefore, the gathering of data is based on a questionnaire and an interview. Always considering the underlying objectives of the study, we have chosen, as subjects, the graduates in Ensino Básico - 1º Ciclo that performed their formation in the institutes of Alentejo (Escola Superior de Educação de Beja, Escola Superior de Educação de Portalegre e Universidade de Évora), in the period between 2001 and. 2003. The professional trajectory of these graduates is full of uncertainty, indignation and also full of strong feelings of frustration. It was not easy for many of them to accept that the course they have completed doesn't open the doors for the job they've dreamed of and expected. The majority was integrated in professional areas not directly connected with their course or then remained unemployed. The hope of becoming teachers was turning more and more tenuous.