9 resultados para fecundidade

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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Portugal regista atualmente um dos mais baixos níveis de fecundidade da Europa e do mundo, resultado da redução do número de filhos e do adiamento dos nascimentos para idades mais tardias. As características individuais e a idade ao nascimento do primeiro filho são determinantes cruciais para o número de filhos que se tem e que se espera ter, variando em função do grau de instrução. Apesar das alterações comportamentais ao longo das últimas décadas, os contextos familiares e a conjugalidade continuam a ser centrais na vida dos portugueses, pois aqueles que não vivem com cônjuge ou companheiro apresentam fecundidades mais baixas. A dimensão familiar ideal é outro determinante crítico, dado que ideais mais baixos potenciam que se tenha menos filhos, dificultando a recuperação da fecundidade. O ideal parece corresponder ao número de filhos que permite manter um determinado nível de vida para a família e ainda garantir aos filhos mais oportunidades, mesmo que para tal se tenha apenas um filho. Daí também a atual relevância das questões económicas nas decisões de fecundidade. A alteração de mentalidades parece ter gerado um novo modelo social marcado por uma crescente valorização dos filhos.

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Portugal regista atualmente um dos mais baixos níveis de fecundidade da Europa e do mundo, resultado da redução do número de filhos e do adiamento dos nascimentos para idades mais tardias. As características individuais e a idade ao nascimento do primeiro filho são determinantes cruciais para o número de filhos que se tem e que se espera ter, variando em função do grau de instrução. Apesar das alterações comportamentais ao longo das últimas décadas, os contextos familiares e a conjugalidade continuam a ser centrais na vida dos portugueses, pois aqueles que não vivem com cônjuge ou companheiro apresentam fecundidades mais baixas. A dimensão familiar ideal é outro determinante crítico, dado que ideais mais baixos potenciam que se tenha menos filhos, dificultando a recuperação da fecundidade. O ideal parece corresponder ao número de filhos que permite manter um determinado nível de vida para a família e ainda garantir aos filhos mais oportunidades, mesmo que para tal se tenha apenas um filho. Daí também a atual relevância das questões económicas nas decisões de fecundidade. A alteração de mentalidades parece ter gerado um novo modelo social marcado por uma crescente valorização dos filhos.

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Para melhor compreendermos a situação de fecundidade em Portugal no início do século XXI, precisamos analisar a evolução das últimas décadas, na medida em que o comportamento passado condiciona o observado no momento actual. Nos últimos 30 a 40 anos, registaram-se enormes alterações nos padrões de fecundidade por idades. Nos anos 60 e 70, o modelo alterou-se, na medida em que as mulheres passaram a ter filhos mais cedo, isto é, a fecundidade elevou-se abaixo dos 28 anos (principalmente, entre os 23 e os 26) e a fecundidade tardia (a partir dos 32 anos) reduziu-se bastante. Até ao início dos anos 80, a contracepção foi utilizada maioritariamente no interior do casamento, por mulheres com idade acima dos 30 anos, após terem atingido o número desejado de filhos. Nos anos 80, o modelo voltou a alterar-se. O número de filhos por mulher desceu para valores abaixo de 2. Na década seguinte, última do século XX, a tendência acentuou-se: o número de filhos manteve-se baixo, e continuou a adiar-se, para idades cada vez mais tardias, o momento do nascimento (valores mais elevados entre os 28 e os 30 anos). Registou-se um elevado nível de contracepção, em mulheres jovens com idades até aos 28 anos; contracepção eficaz e generalizada, antes do casamento, precedendo o nascimento do primeiro filho. A partir de 2000 até 2009, o número de nascimentos diminuiu ainda mais e o adiamento não parou de aumentar. Todavia, começou a assistir-se a uma recuperação muito ténue no número de nascimentos em idades mais tardias, entre os 33 e os 42 anos (valores mais elevados registados em mães com 29, 30 e 31 anos). Como resultado de um comportamento de declínio ao longo de décadas, agravado por um quadro recente onde as mulheres não pararam de adiar a idade da maternidade, Portugal converteu-se num dos países da Europa e do Mundo com mais baixos níveis de fecundidade.

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Justificação: Confrontamo-nos atualmente com um acentuado envelhecimento da população a nível mundial, consequência, entre outros, do aumento da esperança média de vida e da diminuição da fecundidade e que exige soluções sociais, económicas e de saúde, consentâneas com esta realidade. O envelhecimento ativo emerge, desta forma, como um conceito que, segundo a OMS, espelha a relevância dos fatores psicológicos, psicossociais e sociais na elaboração de programas de intervenção, que visam promover a adaptação ao envelhecimento (Mendes, 2013). A abordagem do envelhecimento ativo considera três pilares básicos: saúde, segurança e participação social e constitui hoje uma estratégia prioritária configurando-se numa oportunidade para que as pessoas mais velhas possam ter um papel fundamental na sociedade e na promoção da sua saúde (Ribeiro & Paúl, 2011). Metodologia: Realizamos um estudo exploratório analítico com o objetivo de perceber, entre outras coisas, quais as representações de envelhecimento mais significativas de entre um conjunto previamente já estudado. A recolha de dados foi realizada através de questionário, obtivemos uma amostra com 180 participantes. Resultados: Os resultados apontam para uma amostra constituída por 50% de homens e 50% de mulheres, com idade média de 50,9 anos e desvio padrão de 23, 08 anos. Em termos de frequência sobressaem as representações negativas, com dupla dimensão. Numa dimensão física destaca-se a limitação como conceito lacto, a doença, a dependência e a incapacidade, numa dimensão afetiva sobressai a solidão. No que respeita a representações positivas destacam-se a experiencia e a sabedoria. Conclusões: Estes resultados estudos já desenvolvidos que demonstram a tendência que existe no envelhecimento para a frequência de representações negativas sobretudos associadas a dimensões físicas, contudo também os estudos referem que a experiencia e a sabedoria é uma dimensão positiva de extrema relevância presente no universo representacional não só dos idosos.

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Sendo a baixa fecundidade comum aos países do sul da Europa e considerando que nas últimas décadas tanto homens como mulheres têm vindo a adiar o nascimento do primeiro e, consequentemente, do segundo filho, interessa estudar os determinantes das intenções de fecundidade, em particular, dos sul europeus com mais de 35 anos, idade a partir da qual se considera que aqueles que não têm filhos ou que têm apenas um adiaram os seus projetos de fecundidade. Recorrendo à base de dados do Eurobarómetro (2011) e a modelos de regressão logística, analisámos os fatores que determinam a intenção de permanecer sem filhos ou com apenas um filho e se questões relacionadas com valores, percepções e expectativas ganham uma maior relevância face às características sociodemográficas. Deste modo, damos especial enfoque ao efeito que os valores e atitudes podem ter no contexto da fecundidade. Os resultados mostram que as percepções dos indivíduos em relação à sua vida e ao estado do país são determinantes para explicar a intenção de permanecer sem filhos ou com apenas um filho. Para os sul europeus, percepções e expectativas negativas em relação ao estado do país são inibidoras no processo da tomada de decisão de ter (mais) filhos, especialmente quando a decisão em causa é transitar para o segundo filho. Este trabalho reporta para a importância de considerar valores e expectativas dos indivíduos em relação à sua vida no geral a ao estado do país como preditores do comportamento reprodutivo. Because low fertility is common in southern European countries and considering that in recent decades both men and women have been postponing the birth of the first and therefore the second child, it is of our interest to study the determinants of reproductive decision-making, particularly of southern Europeans older than 35, age from which it is considered that those who don’t have children or have only one have postponed their fertility intentions. Using the Eurobarometer data (2011) and logistic regression models, we analyse the factors that determine the intention of remaining childless and with only one child. Also, we study if variables related to values, perceptions and expectations gain greater relevance than a set of background variables. Thus, we give a special attention to the effect that values and attitudes can have in the context of reproductive decision-making. The findings show that respondent’s perceptions about their lives and the environment of their country are crucial to explain the intention of remaining childless or with only one child. For southern Europeans, negative perceptions and expectations about the situation of the country inhibit the process of decision-making to have a/another child, especially when the decision at issue is transitioning to the second child. This paper reports to the importance of considering values, perceptions and expectations of individuals regarding their lives and the environment of their country as predictors of fertility behaviour.

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(INTRODUÇÃO): A constante e acelerada evolução científica e tecnológica na área da saúde, contribuiu para o aumento da esperança média de vida e, consequentemente, um aumento da população com 65 e mais anos. De acordo com o Programa Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas (DGS, 2006) prevê-se que em 2025, só na Europa, o grupo etário mais idoso (idades acima dos 80 anos) passe de 21,4 milhões para 35,7 milhões. Concomitantemente, segundo as previsões das Nações Unidas, prevê-se que em 2050 a média de idades, em Portugal, possa chegar aos 50 anos. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE, 2010) a evolução da população residente em Portugal tem vindo a denotar um contínuo envelhecimento demográfico, como resultado das tendências de aumento da longevidade e de decréscimo da fecundidade. A média de idades em Portugal, em 2015, segundo o INE (2011) era de 44 anos, valor que evidencia o envelhecimento da população quando comparado com a média de 37.9 anos, no ano 2000 e de 32.2 anos em 1985.

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Streamflow is considered a driver of inter and intra‐specific life‐history differences among freshwater fish. Therefore, dams and related flow regulation, can have deleterious impacts on their life‐cycles. The main objective of this study is to assess the effects of flow regulation on the growth and reproduction of a non‐migratory fish species. During one year, samples were collected from two populations of Iberian chub, inhabiting rivers with non‐regulated and regulated flow regimes. Flow regulation for water derivation promoted changes in chub’s condition, duration of gonad maturation and spawning, fecundity and oocyte size. However, this non‐migratory species was less responsive to streamflow regulation than a migratory species analysed. Findings from this study are important to understand changes imposed by regulated rivers on fish and can be used as guidelines for flow requirements implementations; RESUMO: O caudal é um dos fatores responsáveis pelo funcionamento dos ciclos de vida das espécies piscícolas dulciaquícolas. As barragens, e a regularização de caudal associada, podem ter impactes nos ciclos de vida destas espécies. O objetivo deste estudo prende‐se com a avaliação dos efeitos da regularização de caudal no crescimento e reprodução de uma espécie piscícola não‐migradora. A análise de amostras recolhidas em populações de escalo do Norte provenientes de dois rios de caudal regularizado e não regularizado, identificaram impactes significativos a nível da condição corporal, da maturação das gónadas e desova, da fecundidade e da dimensão dos oócitos. Esta espécie não‐migradora parece ser menos responsiva à artificialização do caudal que uma espécie migradora previamente analisada. Estes resultados permitem compreender as alterações impostas pela regularização do caudal e podem ser usados em programas de reabilitação fluvial.

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À medida que o debate em torno da crise demográfica se agudiza em Portugal e que se tornam mais evidentes as consequências da já longa e acentuada diminuição da natalidade e da fecundidade, aumentam as vozes que procuram trazer para o centro da discussão o lugar do homem (pai) nas opções e decisões que envolvem o nascimento de uma criança. Inspirado por esta (nova) realidade, este artigo explora contextos, experiências e significados associados à presença do homem (pai) no parto.

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A sociedade portuguesa atualmente experimenta um contexto de muito baixa fecundidade. Num cenário em que se verifica um contínuo adiamento da entrada na parentalidade torna-se de fundamental importância verificar em que medida o adiamento da entrada na maternidade pode influenciar a fecundidade final dos indivíduos. Neste trabalho pretende-se explorar a fecundidade final de uma coorte de mulheres nascidas entre 1964 e 1968 que estavam a encerrar o seu percurso reprodutivo em 2013.