23 resultados para estudantes universitários

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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O objetivo do presente trabalho foi estudar a relação entre representações parentais e traços disfuncionais de personalidade em sujeitos adultos da população não-clínica. Participaram 177 estudantes universitários, dos quais 104 eram mulheres e 73 eram homens, com idades entre os 18 e os 43 anos (M=22,66; DP=4,054). Foi aplicado o Millon Clínical Multiaxial Inventory-II, o Parental Bonding Instrument e o Object Relations lnventory. De acordo com os resultados, existe uma relação entre alguns tipos de traços disfuncionais da personalidade e experiências disruptivas na relação precoce com ambas as figuras parentais, como a falta de autonomia psicológica e instrumental sentida, e com determinados elementos das representações das figuras parentais, como a perceção de uma menor benevolência ou maior punição. Encontram-se também diferenças entre sujeitos do sexo masculino e do sexo feminino no que respeita ao padrão específico de correlações entre traços de personalidade e características da relação e das representações parentais. ABSTRACT: The purpose of this work was to study the relation between parental representations and dysfunctional personality traits in adult subjects from a non-clinical population. Participants were 177 university students, 104 of which were female and 73 were men. Ages ranged from 18 to 43 years old (M=22,66; DP=4,054). The Millon Clinical Multiaxial Inventory-II, the Parental Bonding lnstrument and the Object Relations Inventory were administered. According to the results, there is a relation between certain types of dysfunctional personality traits and disruptive experiences in the early relations with both caregivers, like a perceived lack of psychological and instrumental autonomy, and with certain elements of parental representations, like the perception of less benevolence or a more punitive attitude. Differences between male and female subjects, concerning the specific pattern of correlations between personality traits and parental relations' and representations' characteristics, were also obtained.

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Este estudo debruça-se sobre as experiências relacionais na infância, com as figuras significativas, dimensões e estilos de vinculação amorosa no adulto, de acordo com a Teoria das Relações de Objeto e a Teoria da Vinculação. Participaram 187 estudantes da Universidade de Évora, 109 mulheres e 78 homens. As idades variaram entre os 18 e os 43 anos (M= 22,82; DP= 4,20). Aplicou-se o Protocolo de Avaliação dos Marcadores do Desenvolvimento na Psicopatologia (PAMaDeP, Soares, Rangel-Henriques, Neves e Pinho, 1999) e a versão portuguesa (Ramos, Leal & Maroco, 2006) do Parental Bonding lnstrument (PBI) referente às experiências na infância. Para avaliar a vinculação amorosa foi usada a versão portuguesa (Fonseca, Martins, Soares, Carvalho, Tereno e Carvalho, 2005) do Reciprocai Attachment Questionnaire, (RAQ) e do Loving and Working (L&W, Fonseca, Soares & Martins, 2006). Os resultados são discutidos de um ponto de vista desenvolvimentista, particularmente segundo a perspetiva da Teoria da Vinculação. ABSTRACT: This study focuses on the relational experiences in childhood, with significant figures, dimensions and styles of romantic attachment in adults, according with Object Relations Theory and Attachment Theory Teoria da Vinculação. 187 students from Universidade de Évora had participate, 109 women and 78 men. Ages are ranged from 18 to 43 years (M=22,82; DP=4,20). We used the Protocolo de Avaliação dos Marcadores do Desenvolvimento na Psicopatologia (PAMaDeP, Soares, Rangel-Henriques, Neves e Pinho, 1999) and the Portuguese version (Ramos, Leal & Maroco, 2006) of the Parental Bonding lnstrument (PBI) for the childhood experiments. ln order to avaliate the romantic attachment used the Portuguese version (Fonseca, Martins, Soares, Carvalho, Tereno, e Carvalho, 2005) from the Reciprocal Attachment Questionnaire (RAQ) and from Loving and Working (L&W, Fonseca, Soares & Martins, 2006). The results are discussed from a developmental point of view, particularly from the perspective of Attachment Theory.

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Pretendemos estudar quais os traços desadaptativos de personalidade que se relacionam com os sintomas depressivos, a afectividade positiva e negativa, numa amostra de 187 estudantes universitários, entre os 18 e os 43 anos. Calculámos as correlações entre as escalas de padrões de personalidade e as escalas de padrões graves de personalidade do Inventário Multiaxial clínico de Millon II (MCMI-II) com os sintomas depressivos avaliados pela Escala de Depressão do Centro de Estudos Epidemiológicos e com a afectividade positiva e negativa avaliadas pela Escala de Afectividade Positiva e Afectividade Negativa. Realizámos uma análise da regressão múltipla utilizando as escalas de padrões de personalidade do MCMI-II como predictores e o resultado na CES-O, como variável dependente. Obtivemos uma correlação significativa entre os padrões de personalidade borderline, masoquista, esquizotípico, negativista e evitante e paranóide e os sintomas depressivos. A afectividade negativa apresenta-se também positivamente correlacionada com os padrões dependente e esquizóide. A afectividade positiva correlacionou-se significativa e positivamente com os padrões histriónico e narcisista e negativamente com os padrões esquizóide, esquizotípico, negativista, borderline, evitante e masoquista. Na análise de regressão, o padrão borderline prevê a presença de sintomas depressivos e os padrões sádico e dependente também, mas num sentido negativo. /ABSTRACT: We intendend to study wich personality traits relate to depressiva symptoms, and positive and negative affectivity, in a sample of 187 university students, between 18 and 43 years. We did the correlation between the personality patterns scales and the personality patterns of severe personality with the depressive symptoms measured by the Center for Epidemiologic Studies Depression Scale and the positive and negative affectivity measured by the Positive Affect and Negative Affect Shedule. We did a multiple regression analysis using the personality patterns scale of Millon Clinical Multiaxial lnventory (MCMI-II) as predictors and the result of CES-D, as dependent variable. We obtained a significant correlation between the borderline, masochist, schizotypal, negativistic, avoidant and paranoid personality patterns and the depressive symptoms. Negative affectivity relates also positively with dependent and schizoid patterns. Positive affectivity correlated significant and positively with histrionic and narcissistic personality patterns and negatively with schizoid, schizotypal, negativistic, borderline, avoidant and masochist personality patterns. ln the regression analysis, the borderline pattern predicts the presence of depressive symptoms as well as the sadistic and dependent, but in the negative sense.

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Esta investigação trata-se de um estudo com a população universitária Portuguesa e Espanhola sobre padrões de uso/abuso da Internet, assim como os recursos específicos mais usados. Foi usada uma amostra aleatória de 206 sujeitos, da Universidade Autónoma de Madrid e do Campus Universitário de Lisboa, de diferentes licenciaturas, de ambos os sexos e com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos. O instrumento usado foi um questionário adaptado do Internet Addiction Test, de Young (1998). As principais conclusões sugerem que, no que se refere ao tempo de conexão verificámos que a maior percentagem da amostra (46,1%) realiza um uso moderado da Internet (menos de 2 horas diárias) mas 36,9% podem já apresentar alguns indícios de adicção ao estarem de 2 a 5 horas diárias conectados à Internet. Na avaliação dos parâmetros do uso dos recursos específicos da Internet, podemos encontrar que a Web é o serviço mais procurado seguindo-se o e-mail (com 62,1% e 57,3% respectivamente). Encontrámos ainda que 16,5% da amostra apresenta valores representativos de adicção. /ABSTRACT: This research comes from a study with the Portuguese and Spanish university population on patterns of use I abuse of the Internet, as well as the specific resources used most. We used a random sample of 206 subjects, the Autonomous University of Madrid and the University Campus of Lisbon, in different degrees of both sexes and aged between 18 and 40 years. The instrument used was a questionnaire adapted from the Internet Addiction Test, Young (1998). The main findings suggest that with regard to the connection time found that the largest percentage of the sample (46.1%) carries a moderate use of the Internet (less than 2 hours) but 36.9% can introduce some evidence addiction are at one of the 2 to 5 hours a day connected to the Internet. ln assessing the parameters of the use of specific resources of the Internet, we find that the Web service is the most sought followed by email (with 62.1% and 57.3% respectively). We found also that 16.5% of the sample shows values representative of addiction.

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Este estudo teve como objetivo analisar a perceção de barreiras ao desenvolvimento da carreira num grupo de estudantes Universitários portadores de incapacidade. Participaram 19 estudantes de 3 estabelecimentos de Ensino Superior, com idades compreendidas entre os 19 e os 45 anos. Responderam a uma entrevista semiestruturada que avaliava a perceção de barreiras e de sistemas de apoio ao seu desenvolvimento da carreira no passado, no presente e no futuro. Os resultados obtidos evidenciam dimensões de estabilidade e de mudança na perceção de barreiras: as persistentes nos três momentos avaliativos e as específicas a esses momentos. Também revelam que as pessoas significativas e as ajudas pedagógicas são os tipos de apoio ao desenvolvimento da carreira mais referidos. Os resultados são discutidos quanto às suas implicações para a prática e às perspetivas que abrem à investigação do desenvolvimento da carreira desta população. ABSTRACT: The aim of this study is to examine barriers perception to career development in a group of disabled university students. Nineteen students of three institutions of colleges participated, aged between nineteen and forty-five years. they responded to a semi-structured interview that appraised support systems and barriers perception to their career development in past, present and future. The results show barriers perception’s change and stability dimensions: the persistent in the three analise moments and those specific to these moments. lt also reveals that the most said career development's types of support are significant persons and pedagogical aids. The results are discussed regarding their implications for practice and prospects that open for research career development of this population.

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O presente trabalho teve como objetivos estudar o envolvimento dos estudantes universitários em sexo ocasional (one-night stand) compreendendo a relação entre esta e as variáveis perceção de risco, riscos físicos, emocionais e psicológicos associados ao sexo ocasional e os fatores de influência associados ao envolvimento no mesmo. Neste estudo participaram 203 estudantes universitários, do 1o ciclo, pertencentes à Universidade de Évora, com idades compreendidas entre os 18 e os 25 anos (adultos emergentes). Os resultados obtidos sugerem que existe uma correlação significativa entre o envolvimento em sexo ocasional e a ausência de perceção de risco, porém existindo diferenças relativamente à mesma no momento do envolvimento em sexo ocasional e na fase posterior a este, revelando que antes e durante o comportamento os estudantes universitários não parecem percecionar os riscos reais, sendo que, em alguns casos, não utilizam estratégias para reduzir os mesmos. Esta perceção tardia dos possíveis riscos corridos, muitas vezes influenciada pelo consumo de bebidas alcoólicas, leva a um grande nível de arrependimento (principalmente nas mulheres). Sendo que o arrependimento traz aos indivíduos um sentimento de vazio, de rejeição, de perda, de desapontamento e perda de auto estima é de extrema importância perceber que impacto terão estes fatores no desenvolvimento dos adultos emergentes e no self de cada indivíduo. A partir dos resultados obtidos procuram retirar-se implicações para o trabalho no âmbito da prevenção e promoção da saúde com estudantes universitários.

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Da criação, em 2004, da Secção Pedagógica do Coral Alentejano da Universidade de Évora, resultou a necessidade de encontrar um quadro organizacional que articulasse a participação dos(as) estudantes Universitários(as) (coralistas ou não), com as atividades próprias de um coral e com a extensão destas às escolas básicas. Desta forma, pretende-se promover o cante alentejano como ponto de partida e de chegada, no desenho e concretização curricular dos projetos educacionais. Assim sendo, surgiu a figura do Gestor Pedagógico concretizada, formalizada e legitimada, através da aprovação de um projeto de Estágio profissional, por parte do Instituto de Emprego e Formação Profissional. A comunicação que se apresenta descreve a atividade desenvolvida pela Gestora Pedagógica do Coral Alentejano da Universidade de Évora.

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A presente comunicação analisa o processo de construção precoce de uma identidade profissional, por parte de jovens estudantes universitários (de cursos de formação de professores) que são, ou foram, voluntários em atividades de natureza educacional na Escola Comunitária de São Miguel de Machede

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A entrada na Universidade é um dos momentos mais marcantes na carreira académica de qualquer estudante. A transição entre o ensino secundário e o ensino superior é vivida, por parte dos estudantes, sempre, com sentimentos contraditórios. À alegria de se ter ultrapassado, com sucesso, uma etapa da vida do estudante, da pessoa que habita em cada estudante e, tantas vezes, da família que pertence o estudante, mistura-se, frequentemente, a ansiedade de se ingressar num mundo, onde quase tudo é novo, onde se desconhecem as regras, onde muitas vezes, a experiência acumulada, enquanto estudante do ensino secundário, de pouco serve. À espera do(a) caloiro(a) está uma arquitetura curricular pouco amigável. Normalmente uma grande carga horária, novos métodos de ensino, novas regras de avaliação, tempo mais difícil de conciliar. Simultaneamente a estes aspetos mais específicos do currículo universitário, no primeiro ano, juntam-se outras dimensões, mais globais, mas igualmente importantes: novos professores, novos colegas, novas relações institucionais, um novo estatuto social. A presente comunicação, pretende retratar, parcialmente, a intervenção que é feita, junto de um grupo de estudantes caloiros(as) da Universidade de Évora, no âmbito de um projeto de doutoramento, no qual foi concebido e implementado um programa curricular de apoio, recorrendo-se a uma adaptação, contextualizada, do PADéCA.

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Com a presente comunicação pretende-se apresentar / discutir a metodologia artístico-pedagógica MUS-E enquanto vetor estruturante da intervenção do projeto MUSEpe (Associação Menuhin Portugal | Programa Escolhas) na EB1 da Cruz da Picada e junto da comunidade educativa dos bairros da Cruz da Picada e Malagueira (Évora), refletindo em torno do seu impacto na promoção do envolvimento das/dos estudantes na Escola e, consequentemente, do seu sucesso, comportamento, participação e bem-estar. Partindo-se da caracterização e conceptualização do envolvimento das/dos estudantes na Escola utilizada pela “International School Psychologist Association” [ISPA] nos estudos internacionais em torno do conceito (Lam & Jimerson, 2008; Pereira, 2011; Pereira & Melo, 2011) e da descrição e contextualização dos princípios norteadores da intervenção artístico-pedagógica MUS-E, procurar-se-á, com a apresentação e discussão de dados relativos ao sucesso, comportamento, participação e envolvimento escolar das/ dos estudantes da EB1 da Cruz da Picada [2006-2007 a 2010-2011], demonstrar os impactos da adopção desta metodologia neste contexto. Finalmente pretende-se sublinhar os potenciais benefícios da introdução destas práticas em Escolas situadas em contextos marcados pela sua vulnerabilidade e/ou diversidade sociocultural.

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Resumo - As investigações realizadas no âmbito das abordagens à aprendizagem demonstram que existem diferenças significativas entre a abordagem superficial, profunda e estratégica. As duas primeiras descrevem formas de comprometimento dos alunos com as tarefas académicas e a diferença entre ambas reside, fundamentalmente, na intenção do estudante em alcançar a compreensão pessoal ou apenas recorrer a processos de memorização mecânica. A terceira caracteriza essencialmente a atitude face ao contexto escolar com vista à obtenção dos melhores resultados (Entwistle, 2009; Lee, Johanson & Tsai, 2008). O estudo que se apresenta foi realizado com 562 estudantes de 1º ano de vários cursos de licenciatura da Universidade de Évora após avaliação do primeiro semestre. Os dados que se apresentam reportam-se às abordagens à aprendizagem e ao nível de satisfação dos estudantes tendo em conta a área científica do curso frequentado, o curso e o sucesso académico. De um modo geral encontramos que os estudantes utilizam, predominante, a abordagem profunda e a estratégica para aprender e que existe relação entre os resultados na avaliação e o nível de satisfação dos estudantes. Abstract - The investigations carried about approaches to learning demonstrate that significant differences exist between the surface, deep and strategic approaches. The first two describe the students' engagement with academic tasks. The difference between them is connected to the student's intention: achieve personal understanding or just memorization processes. The third approach characterizes attitude towards school context with a view to obtaining the best results (Entwistle, 2009; Lee, Tsai & Johanson, 2008). The study that has been conducted with 562 students from 1st year of various degree courses at the University of Évora after evaluation of the first semester. The data presented relate to approaches to learning and the level of enjoyment about scientific area, course and academic success. In general we found that students use, predominantly, the deep and strategic approach to learning and we find also a relationship between academic results and student’s enjoyment.

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CONHECIMENTO EM ENFERMAGEM: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS CONSTRUÍDAS POR ESTUDANTES DE FORMAÇÃO INICIAL Fonseca, A.; Lopes, M. J.; Sebastião, L., & Magalhães, D. (2013). Conhecimento em enfermagem: representações sociais construídas por estudantes de formação inicial. In Mendes, F; Gemito, L; Cruz, D., & Lopes, M. (org). Enfermagem Contemporânea. Dez Temas, Dez Debates. (pp 30-43), Nº 1. Coleção E-books. Oficinas Temáticas. ISBN:978-989-20-4162-9. Palavras chave: enfermagem; conhecimento; representações sociais; formação inicial. A aquisição e a construção pessoal do conhecimento em enfermagem resultam de processos complexos de compreensão das situações, nas quais, experiência e saber são estruturados e alvo de reflexão. O conhecimento em enfermagem que o estudante constrói ao longo do tempo, consciente da sua responsabilidade pela própria aprendizagem e num processo contínuo de desenvolvimento, há de possibilitar-lhe o desempenho profissional, pois será mobilizável, nas diversas situações, para dar resposta às necessidades de cuidados de enfermagem. A forma como os estudantes se apropriam dos saberes, como se relacionam com eles e como constroem o seu conhecimento em enfermagem está vinculada à representação que têm deste, uma vez que a constatação da realidade presente nas representações sociais alicerça-se solidamente no indivíduo que a possui e baliza o modo como ele se relaciona com o objeto de representação (Moscovici,1976, 2010; Jodelet, 2001; Abric, 1994). Partindo da questão “quais as representações sociais do conhecimento em enfermagem, elaboradas por estudantes de enfermagem em diferentes etapas da sua formação inicial?”, e tendo como referencial teórico-metodológico a Teoria das Representações Sociais proposta por Moscovici (1961), procurou-se: • Identificar as representações sociais de conhecimento em enfermagem, na perspetiva dos estudantes de enfermagem; • Analisar a estrutura das representações sociais de conhecimento em enfermagem, elaboradas por estudantes de enfermagem. Realizou-se um estudo exploratório, no qual, a partir do total de estudantes da Escola Superior de Enfermagem de S. João de Deus da Universidade de Évora, se selecionaram dois grupos: - Grupo A, composto por 33 estudantes do 1º semestre do 1º ano, recém-admitidos na escola e ainda sem participação em atividades no âmbito da sua formação, obviando assim qualquer contaminação das construções previamente elaboradas; - Grupo B , constituído por 39 estudantes do 2º semestre do 4º ano, no último dia da sua formação. Os dados foram recolhidos através de um questionário, previamente testado, que incluía questões para caraterização sociodemográfica e um estímulo indutor – conhecimento em enfermagem -, para que os sujeitos, através da técnica de associação livre de palavras, evocassem as cinco palavras ou expressões que, por ordem decrescente de importância, associavam a este estímulo . Os dados foram categorizados recorrendo ao Microsoft Office Word® e processados no software Evoc® que forneceu estrutura das representações sociais. Cumpriram-se os procedimentos ético-legais, em conformidade com o preconizado pela Comissão de Ética da Área da Saúde e Bem-Estar da Universidade de Évora. Apresentação dos resultados Dos 33 estudantes do 1º ano (Grupo A), 5 eram do sexo masculino e 28 do sexo feminino, com média de idade de 19,5 anos. Dos 39 estudantes do 4º ano (Grupo B), 5 eram do sexo masculino e 34 do sexo feminino, com média de idade de 23,59 anos. Relativamente ao núcleo central da estrutura das representações sociais do objeto em estudo, constata-se que os estudantes do 1º ano, ao estímulo conhecimento em enfermagem, associaram os elementos ajudar; empenho; competência; prática; desenvolvimento; investigação e pessoas. Os estudantes do 4º ano vincularam conhecimento em enfermagem aos elementos sabedoria; cuidados de qualidade; cuidar e responsabilidade. No que concerne à segunda periferia, verifica-se que os estudantes do 1º ano associaram ao estímulo conhecimento em enfermagem os elementos processos de diagnóstico; trabalho; disponibilidade para com os outros e responsabilidade, enquanto que os estudantes do 4º ano associaram prática e reflexão. A produção das representações, em ambos os grupos, divide-se entre elementos que, embora não revelem consensos, se podem integrar nas dimensões científica e clínica. De salientar que, na estrutura das representações sociais, se encontra, no Grupo B, a dimensão reflexiva identificada no elemento reflexão. Considerações finais Do estudo realizado, realça-se que não há consenso nos elementos da estrutura das representações sociais do conhecimento em enfermagem na perspetiva dos dois grupos de estudantes de formação inicial em enfermagem - estudantes recém-admitidos e estudantes finalistas -. Sendo diferentes os elementos do núcleo central das estruturas das representações dos dois grupos, como é o caso, consideram-se diferentes as representações sociais do objeto em estudo construídas por aqueles (Sá, 1998). Tal fato, poderá ser atribuído à natureza das experiências pessoais e académicas obrigatoriamente diferentes dos estudantes a iniciar a sua formação face aos estudantes a terminar o seu percurso académico. Todavia, os diferentes elementos encontrados assumem caraterísticas semelhantes que permitem, como anteriormente se afirmou, o seu agrupamento nas dimensões científica e clínica. Acresce, no grupo de estudantes finalistas e encontrada na segunda periferia, a dimensão reflexiva que poderá ser reveladora da importância atribuída à reflexão como estratégia para estabelecer novas formas de desenvolvimento do conhecimento, capacidade potencialmente desenvolvida nas experiências ocorridas durantes a formação. Face à estrutura das representações sociais do objeto em estudo que se aprendeu, pode-se dizer que os estudantes do 1º ano consideram a investigação promotora do desenvolvimento do conhecimento em enfermagem, indispensável para ajudar as pessoas no contexto de uma prática exercida com competência e empenho. Para os estudantes do 4º ano, cuidados de qualidade são indispensáveis no processo de cuidar e exigem sabedoria e responsabilidade.

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"Sem resumo feito pelo autor"; - O grau de doutor é, na maioria dos países, o mais elevado grau concedido pelas universidades. Sendo considerado como um grau de "excelência", pauta-se, geralmente, por elevados padrões de exigência, certificando que o seu detentor, não apenas tem capacidade para realizar investigações de forma autónoma, como pode, dessa forma, contribuir de forma original e inovadora para o progresso do conhecimento. Enquanto grau de "excelência" tem servido como critério de certificação de professores universitários, sendo também um referente de qualidade dos cursos ministrados nas universidades e indicativo do desenvolvimento técnico e científico das diferentes sociedades. Considerada como potenciadora do desenvolvimento científico, cultural e tecnológico das sociedades, a formação de doutores envolve avultados recursos financeiros e humanos, num investimento nem sempre "rentável" a curto prazo. Ao mesmo tempo, numa sociedade globalizada e caracterizada pela ideia de "aprendizagem ao longo da vida", o número de pessoas que frequentam cursos de pós-graduação tem vindo a crescer de forma sistemática, colocando novos desafios e exigências às instituições de formação. Estas novas realidades têm obrigado a uma reflexão sobre a natureza e finalidades do doutoramento, numa tentativa de responder às necessidades sociais e económicas e aos interesses das pessoas em formação, mantendo embora o carácter de excelência do grau e os requisitos necessários à sua obtenção. No entanto, e talvez devido ao seu carácter ainda exclusivista e minoritário, a educação pós-graduada tem sido relativamente pouco estudada. Ao contrário do que acontece relativamente a outros niveis de ensino (mesmo superior), e apesar de gozar de um certo prestígio, a educação pós-graduada tem sido votada a um certo "esquecimento", o que levou mesmo um professor emérito da Universidade de Harvard a considerá-la como o "soft under-belly of the research university" (Bowen & Rudenstine,1992, p. xv). Mas a educação pós-graduada pode ser considerada como um fértil campo de investigação (Kogan, 1993), quer no domínio da Psicologia, quer no dominio de outras áreas científicas, susceptivel de um vasto campo de pesquisas, desde definição de padrões de qualidade à análise de processos desenvolvimentais em jogo ao longo do processo de doutoramento. 0 processo de doutoramento configura-se como um processo moroso e exigente, obrigando a um grande investimento intelectual e pessoal, ao longo de vários anos e, muitas vezes, em detrimento da vida familiar e profissional e de outros interesses sociais e culturais. 0 intenso envolvimento da pessoa nos trabalhos, assim como a sua longa duração podem fazer com que o processo de doutoramento seja vivenciado de forma problemática, originando sentimentos de desânimo e dúvidas relativamente às capacidades para obter o grau. Mas, por outro lado, os trabalhos de doutoramento, proporcionando conhecimentos especializados numa dada área do saber e dotando a pessoa de maiores competências científicas e intelectuais, conduzem a uma gradual e crescente autonomia, transformando o estudante de doutoramento num académico, inserido numa comunidade cientifica e de investigação. Assim, mais do que um conjunto de trabalhos e actividades que, ao fim de um tempo mais ou menos longo, conduzem à redacção de uma tese e à obtenção de um grau académico, o doutoramento pode ser encarado um processo de desenvolvimento, que, implicando a totalidade da pessoa e da sua vida, conduz a mudanças nas formas como concebe a realidade e se relaciona com ela. Envolve uma opção de vida — a vida académica, devotada ao estudo e à investigação — e, como tal, obriga a abdicar de outras opções, num processo que pode ser doloroso. Implica um estudo aprofundado de um dado tema, possibilitando que a pessoa se vá tornando especialista, alargando os seus conhecimentos e competências, num processo de aprendizagem que implica a (re)construção de significados, de um modo pessoal e idiossincrático (Entwistle, 1986; Salmon,1992); é, assim, um processo de construção de conhecimento, que pode proporcionar à pessoa concepções mais relativizadas do mundo teórico e conceptual que a rodeia. Relaciona-se com o desenvolvimento profissional e, como tal, tem repercussões na identidade da pessoa. Ao longo deste processo, os problemas sentidos (derivados essencialmente do intenso envolvimento nos trabalhos, que decorrem geralmente num grande isolamento físico e intelectual) podem contribuir para vivências negativas e pouco satisfatórias da experiência do doutoramento. É neste quadro que o papel do orientador pode ser decisivo, não apenas no apoio científico que pode prestar, mas também, e essencialmente, no suporte emocional, ajudando a transformar as crises em factores de desenvolvimento. Tendo em conta estes diferentes aspectos, procurou-se com este trabalho contribuir para uma melhor compreensão do processo de doutoramento, tal como ele é vivenciado pelos próprios doutorandos. Centrando-se nos estudantes de doutoramento, privilegia, naturalmente, a sua percepção do processo, em detrimento de outras pessoas envolvidas (orientadores, fia, ... ); não se esquece, contudo, a sua importância na forma como o processo é vivenciado. 0 primeiro capítulo - 0 Grau de Doutor está dividido em quatro grandes partes. Na primeira procura-se fazer um breve historial da evolução desde grau académico, desde o seu aparecimento nas universidades europeias até à reforma da Universidade de Berlim, implementada por Wilhelm von Humboldt, que lança as bases para o estabelecimento da "universidade de investigação". A segunda parte centra-se na universidade portuguesa, desde a sua fundação à actualidade, numa breve análise da sua evolução e com particular ênfase no processo de atribuição do grau de doutor e dos cerimoniais associados. Na terceira parte procura-se fazer uma análise comparativa do grau de doutor em diferentes países, dando relevo aos requisitos necessários à sua atribuição, à organização dos estudos doutorais, à ligação entre os sistemas universitário e de investigação e, ainda, a diversas problemáticas relacionadas com o processo de doutoramento nesses países. Finalmente, a quarta parte debruça-se sobre alguns problemas e perspectivas do grau de doutor na actualidade, com particular ênfase na discussão da sua natureza e objectivos e na análise dos requisitos exigidos e do tempo necessário à sua obtenção. 0 segundo capítulo - 0 Processo de Doutoramento - centra-se fundamentalmente em questões relacionadas com a forma como estudantes de doutoramento experienciam os trabalhos conducentes ao grau de doutor e divide-se em duas grandes partes. A primeira tem a ver directamente com as vivências e perspectivas dos estudantes ao longo do processo, em torno de duas grandes vertentes: problemas experienciados e a relação de orientação. Com base na revisão bibliográfica efectuada e tendo em conta os resultados de pesquisas realizadas em alguns países com estudantes de doutoramento, procurou-se sistematizar, o mais exaustivamente possível, os principais aspectos relacionados com estas temáticas, nomeadamente os que se prendem com vivências sentidas como problemáticas ao longo do processo, quer as de índole pessoal, quer as relacionadas com os trabalhos, e a relação de orientação.

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A velhice enquanto fenómeno socialmente construído, deriva, entre outros, dos conceitos socioculturais vigentes e dos estereótipos do velho. Nos países ditos desenvolvidos consideram-se pessoas idosas as que têm idade igual ou superior a 65 anos, constituindo, em regra, a idade da reforma uma referência para a velhice (Spar e La Rue, 2005). Todavia, nestes países a idade da reforma tem vindo, nos tempos mais recentes, a ser aumentada. Como as representações sociais precisam de tempo para se adequarem às transformações que vão ocorrendo nas sociedades, ao continuarmos a utilizar conceitos como, atividade, reforma, velhice, podemos não nos aperceber que o seu conteúdo pode ter mudado. A Teoria das Representações Sociais é uma teoria científica sobre os processos através dos quais os indivíduos em interação social constroem explicações sobre objetos sociais (Vala, 1996). O uso desta teoria para o estudo de um objeto complexo, como o é a velhice, pode ser proveitoso, uma vez que permite apreender os sentidos que lhe são atribuídos pelos sujeitos que privam com o objeto e sobre o qual fazem recair ações e decisões (Tura, Silva, 2012). Partindo do pressuposto que a velhice poderá ser perspetivada de modo diferente por quem a vive e por quem a olha à distância, decidiu-se fazer um estudo com pessoas idosas e com jovens estudantes de enfermagem que se preparam para cuidar de pessoas entre as quais os idosos. Assim, com a finalidade contribuir para um maior esclarecimento acerca das representações sociais sobre a velhice, realizou-se o estudo, com os seguintes objetivos: - Identificar as representações sociais de velhice, construídas por estudantes e idosos. - Analisar a estrutura das representações sociais na perspetiva de estudantes e de idosos.

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O envolvimento dos estudantes na escola tem ganho relevância no âmbito da comunidade científica. Apesar de não existir um consenso face à sua definição, todas apontam para o facto do envolvimento se relacionar com a forma como os estudantes se identificam e valorizam os resultados escolares, bem como, a sua participação em atividades escolares curriculares e extracurriculares. O suporte social visto como a perceção que o indivíduo tem de ser valorizado e aceite pelos outros contidos na sua rede social. A investigação tem demonstrado a relação existente entre estes dois conceitos. A existência de suporte social, mais especificamente o estabelecimento de relações positivas com o grupo de pares parece estar relacionada com um maior envolvimento dos estudantes na escola. O objetivo do presente estudo é compreender a relação entre o envolvimento dos estudantes na escola e a perceção de suporte social. O mesmo foi realizado numa escola em Évora, com alunos do 2º e 3º ciclos do ensino básico (335 alunos). Foram utilizados dois questionários: o QEEE – Questionário acerca do Envolvimento dos Estudantes na Escola e o QPSS – Questionário de Percepção de Suporte Social. Os resultados do presente estudo apontam para correlações estatisticamente significativas entre o suporte social e o envolvimento dos estudantes na escola, corroborando assim investigações já realizadas; ABSTRACT: Students engagement with school has won relevance within the scientific community. Although there is no consensus over its definition, all point to the fact that the engagement relate to how the students to identify and value the school results as well as their participation in curricular and extracurricular activities. The social support seen as the perception that the individual must be valued and accepted by others contained in your social network. The research has demonstrated the relationship between these both. The existence of social support, specifically the establishment of good relations with the peer group seems to be related to greater student engagement with school. The aim of this study is to understand the link between student engagement with school and perceived social support. It was conducted in a school in Évora, with students from 2nd and 3th cycles of middle school (335 students). We used two questionnaires: QEEE – Questionnaire about the Student Engagement with School and QPSS – Questionnaire for Perceived Social Support. The results of this study show statistically significant correlations between social support and students engagement with school, thus confirming previous research.