5 resultados para concepções
em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal
Resumo:
A Aprendizagem da Leitura é um desafio para as crianças que iniciam o primeiro ano de escolaridade tomando-se, para algumas, difícil de alcançar e influenciando negativamente todo o seu percurso escolar. O objectivo deste estudo é procurar perceber qual a relação entre os conhecimentos/concepções que as crianças do primeiro ano de escolaridade possuem, no início do ensino básico, sobre os objectivos/funções da leitura e o sucesso na sua aprendizagem no final do ano lectivo. A amostra foi constituída por 59 crianças, de nacionalidade portuguesa, que no ano lectivo 2006/2007 frequentaram pela primeira vez o primeiro ano de escolaridade, nas Escolas Básicas do 1o Ciclo do Agrupamento de Escolas de Arraiolos e que ainda não saibam ler no início do ano lectivo. A recolha de dados foi feita em dois momentos: no início e no final do ano lectivo. No primeiro momento, em Setembro e Outubro de 2006, foi feita às crianças uma entrevista individual semi-directiva (Alves Martins, 2000), que permitiu conhecer as suas concepções funcionais da leitura e foi também aplicada a Prova de Linguagem Técnica da Leitura/Escrita (Alves Martins, Mata, Peixoto & Monteiro, 2000), para avaliar os conhecimentos de linguagem técnica das crianças; no segundo momento, em Junho de 2007, foi aplicada uma Prova de Leitura (Alves Martins, 2000), para avaliar o desempenho em leitura no final do ano lectivo. Para o tratamento dos dados, a metodologia que utilizámos combinou a análise qualitativa e a análise quantitativa Relativamente à entrevista recorremos à análise qualitativa - análise de conteúdo, quanto à Prova de Linguagem Técnica da Leitura/Escrita e à Prova de Leitura foi feita uma análise quantitativa, seguindo o tratamento estatístico a metodologia proposta pelos autores das provas. ABSTRACT; The Learning of the Reading is a challenge to children who begin the first school year, becoming, for some of them, difficult to achieve and influencing in a negative way their entire school itinerary. The purpose of this study is to try to understand what the relation is between the knowledge/conceptions children in the first school year possess, at the beginning of the elementary education, about the purposes/functions of reading and the success of their learning at the end of the school year. The sample was constituted by 59 children, of Portuguese nationality, that in the school year of 2006/2007 attended for the first time the first school year, in the Elementary Schools of the 1st Cycle of the Assemblage of Schools of Arraiolos and that could not read in the beginning of the school year. The joining of data was made in two moments: in the beginning and in the end of the school year. ln the first moment, in September and October 2006, an individual semidirective interview (Alves Martins, 2000) was made to the children, which allowed to know their functional conceptions of reading and was also made the Proof of Technical Language of Reading/Writing (Alves Martins, Mata, Peixoto & Monteiro, 2000), in order to evaluate the children's knowledge of technical language; in the second moment, in June 2007, a Proof of Reading (Alves Martins, 2000) was made, to evaluate the performance in reading at the end of the school year. For data treatment, the method we used combined the qualitative analysis and the quantitative analysis. About the interview, we used the qualitative analysis-content analysis, about the Proof of Technical Language of Reading/Writing and the Proof of Reading was made a quantitative analysis, having the statistic treatment followed the method proposed by the authors of the proofs.
Resumo:
A presente investigação tem como objectivo o estudo das concepções dos alunos sobre a avaliação das aprendizagens na disciplina de Matemática em anos terminais dos 1º e 2° ciclos do Ensino Básico. Em particular, procurou-se estudar e comparar as concepções que alunos desses anos tinham sobre a avaliação e as práticas avaliativas dos seus professores, e compreender se existiam algumas relações de dependência entre essas concepções e a perspectiva face à Matemática e o desempenho escolar desses alunos. O enquadramento teórico está organizado em dois capítulos. O primeiro relacionado com a avaliação e o segundo referente às concepções. Este estudo segue uma metodologia de natureza interpretativa. A recolha de dados foi feita através da aplicação de um questionário a quatro turmas, uma do 4o e outra do 6° ano de escolaridade de dois agrupamentos distintos, um de Elvas e outro de Portalegre, e de entrevista semi-estruturada a dois alunos por turma. A análise de dados foi organizada em tomo de duas categorias: (i) perspectivas face à Matemática e (ii) perspectiva face à avaliação das aprendizagens. Os resultados do estudo indicam que as concepções sobre a avaliação das aprendizagens em Matemática dos alunos participantes incidem, preferencialmente, sobre sentimentos, consequências, funções e instrumentos de avaliação. Verifica-se uma tendência para a existência de relações de dependência entre a imagem negativa da Matemática escolar e a concepção de avaliação associada aos sentimentos. Alunos com classificações negativas a Matemática associa, igualmente, a avaliação a sentimentos. Já os alunos que têm uma imagem positiva da Matemática, assim com os que têm classificações mais elevadas, tendem a associar a avaliação às suas consequências. No que diz respeito às práticas avaliativas que lhes têm sido proporcionadas, os alunos do 1º e do 2°ciclos apresentam concepções quase semelhantes, reconhecendo as fichas de avaliação como os instrumentos com mais peso para o professor na atribuição de notas no final do período. Os alunos do 1º ciclo são os que mais revelam concordar que o professor está atento às suas dificuldades. Porém, quer os alunos do 1 o e do 2°ciclos não reconhecem poder combinar com o professor a forma como são avaliados. ABSTRACT; The main purpose of the present work is to study the students' beliefs on assessment learning related to the Mathematics subject in ending years of 1st and 2nd key stage of elementary school. ln particular, the research was aimed to study and compare the students’ beliefs that pupils of those particular years had on assessment and the assessment practices of their teachers and also if there were any kind of dependence relationships between those beliefs and the perspective towards Mathematics and those students' school performance. The theoretical framework is organized in two chapters. The first related with the assessment and the second regarding the beliefs. This study follows a methodology of interpretative nature. The data gathering was done through the application of a questionnaire to four classes, one of the 4th and another of the 6th year of two different school groups, one belonging to Elva’s and another one to Portalegre and also through a semi-structured interview done to two students per group. The data analysis was organized around two categories: (i) perspectives towards Mathematics and (ii) perspective towards assessment learning. The results of the study show that the beliefs of those students on assessment learning on Mathematics are preferably based on feelings, consequences, functions and assessment instruments. ln general terms, there seems to be dependence relationships between the Mathematics negative image and the assessment conception associated to feelings. Students with negative marks at Mathematics also associate assessment to feelings. Those who have a positive Mathematics image, as well as those with higher marks at the subject, seem to associate assessment to its consequences. Concerning the assessment practices that have been provided to students from 1 51 and 2nd key stage of elementary school, these same pupils show very similar beliefs, pointing the summative tests as having higher importance when the assessment term comes. The students of the 1st key stage of elementary school are those who most agree that the teacher is attentive to their difficulties. Even so, both groups of students say that they cannot negotiate with their teacher the way they are supposed to be assessed.
Resumo:
Esta dissertação teve como problemática as conceções e as práticas de avaliação das aprendizagens, que três educadoras de infância da cidade de Évora utilizam para avaliar as crianças, segundo o modelo ou as orientações curriculares que seguem. Privilegiámos uma investigação de natureza qualitativa, utilizando como estratégia de investigação o estudo de casos e como técnicas de recolha e tratamento de dados a observação, análise documental, inquérito por entrevista e análise de conteúdo. Para desenvolver este estudo, realizámos pesquisa bibliográfica sobre a avaliação das aprendizagens em geral e segundo os modelos curriculares do Movimento da Escola Moderna e o High-Scope e as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Constatámos que o referencial teórico da ação educativa influencia as conceções e as práticas de avaliação das aprendizagens que as educadoras utilizam. Também verificámos alguns constrangimentos na avaliação, nomeadamente o tamanho do grupo de crianças. /ABSTRACT: This thesis had as problematic the conceptions and assessment practices of learning that three nursery teachers in the city of Évora use to assess children, according to the model or the curriculum guidelines according to the work. We gave importance to a research of a qualitative nature, using as strategy research the study of cases and as techniques for collecting and processing data the observation, document analysis, enquiry through interview and analysis of the content. To develop this study, we conducted bibliographic research about the assessment of learning in general and according the curricular models of the Movement of Modem School, High-Scope and Guidelines for the Pre-School education. We found that the theoretical framework of educational action influences educational concepts and practice of learning assessment that educators use. We have also seen some constraints in the assessment, including the size of the group of children.
Resumo:
A existência de relação entre as formas de conceptualizar a aprendizagem em geral (concepções de aprendizagem) e as formas de experienciar a aprendizagem em tarefas específicas (abordagens à aprendizagem) tem sido estabelecida pela literatura no domínio dos modelos SAL (Students Approaches to Learning). Neste estudo realizado com 920 estudantes do ensino superior procurou-se identificar as concepções e as abordagens à aprendizagem recorrendo ao COLI ( Conceptions of Learning Inventory) e ao ASI-r (Approaches to Study Inventory-revisto) adaptados para a população estudantil portuguesa. Os resultados indicaram correlações positivas entre as concepções e as abordagens à aprendizagem e, também, que os estudantes, de um modo geral, apresentam concepções mais profundas de aprendizagem adoptando, em simultâneo, abordagens profundas, superficiais e estratégicas. Encontram-se diferenças significativas ao nível da área científica, dos cursos, do ano de frequência e do género.
Resumo:
"Sem resumo feito pelo autor"; - O grau de doutor é, na maioria dos países, o mais elevado grau concedido pelas universidades. Sendo considerado como um grau de "excelência", pauta-se, geralmente, por elevados padrões de exigência, certificando que o seu detentor, não apenas tem capacidade para realizar investigações de forma autónoma, como pode, dessa forma, contribuir de forma original e inovadora para o progresso do conhecimento. Enquanto grau de "excelência" tem servido como critério de certificação de professores universitários, sendo também um referente de qualidade dos cursos ministrados nas universidades e indicativo do desenvolvimento técnico e científico das diferentes sociedades. Considerada como potenciadora do desenvolvimento científico, cultural e tecnológico das sociedades, a formação de doutores envolve avultados recursos financeiros e humanos, num investimento nem sempre "rentável" a curto prazo. Ao mesmo tempo, numa sociedade globalizada e caracterizada pela ideia de "aprendizagem ao longo da vida", o número de pessoas que frequentam cursos de pós-graduação tem vindo a crescer de forma sistemática, colocando novos desafios e exigências às instituições de formação. Estas novas realidades têm obrigado a uma reflexão sobre a natureza e finalidades do doutoramento, numa tentativa de responder às necessidades sociais e económicas e aos interesses das pessoas em formação, mantendo embora o carácter de excelência do grau e os requisitos necessários à sua obtenção. No entanto, e talvez devido ao seu carácter ainda exclusivista e minoritário, a educação pós-graduada tem sido relativamente pouco estudada. Ao contrário do que acontece relativamente a outros niveis de ensino (mesmo superior), e apesar de gozar de um certo prestígio, a educação pós-graduada tem sido votada a um certo "esquecimento", o que levou mesmo um professor emérito da Universidade de Harvard a considerá-la como o "soft under-belly of the research university" (Bowen & Rudenstine,1992, p. xv). Mas a educação pós-graduada pode ser considerada como um fértil campo de investigação (Kogan, 1993), quer no domínio da Psicologia, quer no dominio de outras áreas científicas, susceptivel de um vasto campo de pesquisas, desde definição de padrões de qualidade à análise de processos desenvolvimentais em jogo ao longo do processo de doutoramento. 0 processo de doutoramento configura-se como um processo moroso e exigente, obrigando a um grande investimento intelectual e pessoal, ao longo de vários anos e, muitas vezes, em detrimento da vida familiar e profissional e de outros interesses sociais e culturais. 0 intenso envolvimento da pessoa nos trabalhos, assim como a sua longa duração podem fazer com que o processo de doutoramento seja vivenciado de forma problemática, originando sentimentos de desânimo e dúvidas relativamente às capacidades para obter o grau. Mas, por outro lado, os trabalhos de doutoramento, proporcionando conhecimentos especializados numa dada área do saber e dotando a pessoa de maiores competências científicas e intelectuais, conduzem a uma gradual e crescente autonomia, transformando o estudante de doutoramento num académico, inserido numa comunidade cientifica e de investigação. Assim, mais do que um conjunto de trabalhos e actividades que, ao fim de um tempo mais ou menos longo, conduzem à redacção de uma tese e à obtenção de um grau académico, o doutoramento pode ser encarado um processo de desenvolvimento, que, implicando a totalidade da pessoa e da sua vida, conduz a mudanças nas formas como concebe a realidade e se relaciona com ela. Envolve uma opção de vida — a vida académica, devotada ao estudo e à investigação — e, como tal, obriga a abdicar de outras opções, num processo que pode ser doloroso. Implica um estudo aprofundado de um dado tema, possibilitando que a pessoa se vá tornando especialista, alargando os seus conhecimentos e competências, num processo de aprendizagem que implica a (re)construção de significados, de um modo pessoal e idiossincrático (Entwistle, 1986; Salmon,1992); é, assim, um processo de construção de conhecimento, que pode proporcionar à pessoa concepções mais relativizadas do mundo teórico e conceptual que a rodeia. Relaciona-se com o desenvolvimento profissional e, como tal, tem repercussões na identidade da pessoa. Ao longo deste processo, os problemas sentidos (derivados essencialmente do intenso envolvimento nos trabalhos, que decorrem geralmente num grande isolamento físico e intelectual) podem contribuir para vivências negativas e pouco satisfatórias da experiência do doutoramento. É neste quadro que o papel do orientador pode ser decisivo, não apenas no apoio científico que pode prestar, mas também, e essencialmente, no suporte emocional, ajudando a transformar as crises em factores de desenvolvimento. Tendo em conta estes diferentes aspectos, procurou-se com este trabalho contribuir para uma melhor compreensão do processo de doutoramento, tal como ele é vivenciado pelos próprios doutorandos. Centrando-se nos estudantes de doutoramento, privilegia, naturalmente, a sua percepção do processo, em detrimento de outras pessoas envolvidas (orientadores, fia, ... ); não se esquece, contudo, a sua importância na forma como o processo é vivenciado. 0 primeiro capítulo - 0 Grau de Doutor está dividido em quatro grandes partes. Na primeira procura-se fazer um breve historial da evolução desde grau académico, desde o seu aparecimento nas universidades europeias até à reforma da Universidade de Berlim, implementada por Wilhelm von Humboldt, que lança as bases para o estabelecimento da "universidade de investigação". A segunda parte centra-se na universidade portuguesa, desde a sua fundação à actualidade, numa breve análise da sua evolução e com particular ênfase no processo de atribuição do grau de doutor e dos cerimoniais associados. Na terceira parte procura-se fazer uma análise comparativa do grau de doutor em diferentes países, dando relevo aos requisitos necessários à sua atribuição, à organização dos estudos doutorais, à ligação entre os sistemas universitário e de investigação e, ainda, a diversas problemáticas relacionadas com o processo de doutoramento nesses países. Finalmente, a quarta parte debruça-se sobre alguns problemas e perspectivas do grau de doutor na actualidade, com particular ênfase na discussão da sua natureza e objectivos e na análise dos requisitos exigidos e do tempo necessário à sua obtenção. 0 segundo capítulo - 0 Processo de Doutoramento - centra-se fundamentalmente em questões relacionadas com a forma como estudantes de doutoramento experienciam os trabalhos conducentes ao grau de doutor e divide-se em duas grandes partes. A primeira tem a ver directamente com as vivências e perspectivas dos estudantes ao longo do processo, em torno de duas grandes vertentes: problemas experienciados e a relação de orientação. Com base na revisão bibliográfica efectuada e tendo em conta os resultados de pesquisas realizadas em alguns países com estudantes de doutoramento, procurou-se sistematizar, o mais exaustivamente possível, os principais aspectos relacionados com estas temáticas, nomeadamente os que se prendem com vivências sentidas como problemáticas ao longo do processo, quer as de índole pessoal, quer as relacionadas com os trabalhos, e a relação de orientação.