5 resultados para amor altruista
em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal
Resumo:
O amor é um conceito polissémico ligado a um fenómeno complexo, que une aspectos fisiológicos, psicológicos e culturais, se orienta para diferentes objectos e cumpre diversas funções. Ao longo da história, são muitos os filósofos que prestaram atenção a este fenómeno e lhe deram um lugar de relevo nas suas concepções, desde Platão até aos nossos dias. O presente trabalho pretende introduzir alguns aspectos dessa atenção histórica, privilegiando concepções não redutoras nem simplistas, desde a sua compreensão grega como força cósmica até à mais actual duma mudança de paradigma social, nele assente.
Resumo:
Quero antes de mais agradecer à minha colega e amiga Isabel Mesquita o convite para comentar esta conferência. Uma tarefa desafiante que resolvi aceitar; é com enorme gosto que o faço! Tomarei apenas alguns minutos, antes de vos passar a palavra para questões e comentários. Não serei exaustivo!
Resumo:
Neste trabalho enquadramos o funcionamento depressivo da personalidade à luz de um tipo particular de relação de objecto e de um estilo de relação primária, relação esta que marca o percurso desenvolvimental do sujeito e vai condicionar o tipo e a qualidade da relação amorosa na vida adulta. A compulsão à repetição e a negação da malevolência do objecto são aspectos analisados, bem como a falha narcísica, a carência sentida e as necessidades insatisfeitas. As consequências da relação primária e da história de vida que a falha inicial condiciona, facilitam a busca de uma relação amorosa que possa colmatar o que faltou. Depressividade e depressão, saudade e carência; relação amorosa que dê ao sujeito o que ela precisa - relação de tipo narcísico. Mas nada é estático em Psicopatologia - as relações posteriores podem provocar mudanças. Só que o indivíduo de personalidade depressiva aproveita mal a experiência relacional posterior, tende a escolher mal os objectos e interpreta mal os acontecimentos no interior da relação amorosa. O amor transforma, mas o depressivo aceita-o mal. E o amor que oferece não será um verdadeiro amor genital adulto. Na depressão pode assistir-se à desistência dos interesses próprios em favor do objecto, mas não se trata de um amor desinteressado; o depressivo poderá antes anular-se e submeter-se para ser amado e admirado. O sujeito não foi amado, mas também amou e ama pouco - é a dimensão esquizoide, mais ou menos presente em qualquer depressão. O depressivo acaba por aceitar viver com demasiado pouco, apesar da necessidade, apesar da permanente exigência, sempre em perda.
Resumo:
Either with words or images, the expression of feelings results, in a work of art, in communication. If this was not the case, the work would not require a spectator or a reader. And if words suggest images from what its author refers to and a countless number of figurations may happen, the images from a film reveal what you can see. We are often left with "just" the space for those facts to shape up as possible meanings to which we react with emotion or with a particular intellectualization, finding exactly what we call readings or interpretations. Starting from a definition of literature that we see spilled in the work prospected from the polysystem theory by Itamar Even-Zohar from the Porter Institute for Poetics and Semiotics (University of Tel-Aviv), we consider the dynamic character of every cultural moment/object. This is how a literary reading, that is to apply some of the methodologies in the interpretation of a literary work, is allowed to extend to other cultural objects. This is what we are going to do with Lars von Trier's Breaking the Waves, a landmark in cinema for what the movement and manifest Dogma 95 represents, but that for a literature reader particularly focused on the narration of love in its different manifestations - in which sex and faith are included - a corpus is revealed, filled with interpretative possibilities and emotional reactions, important condiments particularly to the spectator and/or interested reader.
Resumo:
A presente investigação visa apurar se existem esquemas parentais (EPs) ou mal-adaptativos precoces (EMPs) que predisponham à escolha, por parte de mulheres vítimas de violência na intimidade, de parceiros potencialmente agressores. Adicionalmente pretende identificar como se manifesta a vitimação com os tipos de relacionamento amoroso de reparação narcísica. O estudo, de cariz quantitativo, recorre a três instrumentos (QEP, QE e ITRA) preenchidos por 27 mulheres com idades compreendidas entre os 23- 67 anos, das quais 10 sofreram algum tipo de violência numa relação de intimidade. Este estudo concluiu que existem EPs e EMPs que parecem predispor à escolha de parceiros amorosos abusivos. Estas escolhas amorosas parecem estar relacionadas com a tendência para enveredar por tipos de relacionamento amoroso mais patológico, nomeadamente, os tipos evitante-desnarcisante e eufórico-idealizante. Posto isto, criou-se um modelo que caracteriza vítimas e não-vítimas de violência nas relações de intimidade com uma precisão de 96,3% com base nos resultados dos instrumentos anteriores; When sorrow replaces love Violence in intimate relationships: Randomness or effects of parental heritage? Abstract: This research aims at determining whether there are schemas originated by parenting styles (PSs) or early maladaptive schemas (EMSs) that predispose women, who were victims of violence in their intimate relationships, to choose abusive romantic partners. Additionally it intends to identify how victimization reveals itself through romantic relationship types that are due to repair the Self narcissistic vulnerabilities. This quantitative study relies on three instruments (PSQ, SQ, ITRA) filled by 27 women with ages between 23-67, 10 of which were victims of violence in their intimate relationships. This study concludes that there are PSs and EMSs that seem to predispose to the choice of abusive romantic partners. These romantic choices seem to be related with the predisposition to more pathological romantic relationship types, namely, the avoidant-devaluate and euphoricidealizing types. Following this, a model was created to characterize individuals as victims or non-victims of violence in their intimate relationships with a precision of 96.3%, based on the results of the instruments above.