8 resultados para Yacimientos arqueológicos

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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INTRODUÇÃO: O AQUEDUTO DA ÁGUA DA PRATA, do alto do seu estatuto de monumento nacional e de maior projeto de aparato público do Renascimento português, tem exercido ao longo dos séculos um considerável fascínio sobre os que estimam o património histórico da cidade de Évora. E muitas são as razões que justificam um tal sentimento. Além das duas evocadas, talvez valha a pena arrolar a mais pueril de todas: a de que o velho aqueduto quinhentista, resistindo às vicissitudes do tempo, ainda hoje continua a cumprir a sua função original- o abastecimento de água potável e perene a Évora. E não se julgue que este aqueduto se limita à imagem iconográfica do arcaria agigantando-se à passagem da muralha medieval: uma complexa rede de nascentes e sistemas de adução, a montante, e um notável património urbano constituído, sobretudo, por fontes e chafarizes, a jusante, dão corpo a uma vasta estrutura hidráulica de captação, transporte e distribuição de água com mais de 19 km de extensão. E, este sim, é o verdadeiro monumento, tão utilitário quanto grandioso, que os antigos documentos designam, apropriadamente, por Cano Real da Agua da Prata. Naturalmente, nem todo este cano real resistiu ao tempo, sobretudo o troço rural entre S. Bento de Cástris e as nascentes do Divor, onde a estrutura hidráulica original foi edificada com evidente simplicidade de recursos. O seu avançado estado de ruína, obrigou, inclusivamente, a uma profunda reforma iniciada em 1873, de que resultou a catual configuração do Aqueduto, visível, sobretudo, entre a estrada de Arraiolos (monte das Pinas) e Metrogos. Esta reforma foi ampliada em sucessivas campanhas de beneficiação até cerca de 1930, época em que se iniciou a rede de distribuição domiciliária de água com a construção dos reservatórios de chegada, a central elevatória e o depósito elevado, marcas arquitetónicas ainda hoje bem visíveis na cidade, algumas das quais oportunamente integradas num itinerário expositivo municipal. Neste contexto, é natural que a relação afetiva comungada pela generalidade dos eborenses com este património monumental também se insinue na escrita familiar e sincera dos "eborógrafos". E muitos foram - entre nomes de diferentes épocas e desigual dimensão biográfica - os que lhe dedicaram generosas páginas de divulgação histórica4 , contributos científicos diversos, projetos de investigação arquitetónica e arqueológica, estudos de recuperação e valorização patrimonial, e até, como nos assegura Diogo Barbosa Machado, um "Tratado do Aqueducto Real da Fonte da agua da prata dedicado ao Senado da Cidade de Évora, em cujo Cartorio fe guarda" (MACHADO, 1741: 72), obra assinada pelo vereador (1605-1606) e Provedor do Cano, Agostinho de Moura Peçanha, e da qual parece não restar memória nos nossos arquivos. Diga-se, a propósito, que este acentuado interesse público pelo aqueduto de Évora, em especial nos últimos anos, tem sublinhado a importância da dinamização e rentabilização do seu enorme potencial turístico, lúdico e cultural, sendo bom exemplo a recente criação do "Percurso Ambiental da Água da Prata", por iniciativa camarária. Em muitos destes aspetos nos revemos tributários, quando não devedores. Talvez por isso nos sentimos tentados, desde há vários anos, a avançar no estudo e salvaguarda deste importante património local. Vontade adiada, diga-se, sobretudo pela manifesta falta de disponibilidade para levar a cabo um projeto de investigação, coerente e consequente, no mínimo tocado por algum ensaio de novidade. Contudo, em 2007, circunstâncias várias levaram-nos a interessar definitivamente pelo tema. Uma das que mais terá pesado resultou da leitura do um artigo publicado na revista Monumentos com o título "o sistema hidráulico quinhentista da cidade de Évora". Nele, os seus reputados autores sentenciavam a inexistência de um aqueduto romano anterior à obra quinhentista por mera impossibilidade técnica, afirmando-o com tal segurança que nem sentiram necessidade de esboçar a mais leve argumentação topográfica em defesa da sua tese. Dito assim, ficámos a imaginar se valeria o esforço tentar reabilitar alguma vez o tema do aqueduto romano. Em boa hora o decidimos fazer. E partimos do princípio de que a interpretação dos factos devia ser feita por cuidadosa recolha de prova que a diligência (não raras vezes a ventura) permitisse carrear com sucesso. E sendo correta esta premissa, a sua oportunidade ganhou mais força com a materialização de resultados concretos a compulsar toda a bibliografia para confronto de dúvidas e incoerências; a recolher indícios de estruturas e materiais arqueológicos; a esmiuçar a toponímia e a cartografia; a rever os locais-chave uma e outra vez; a seguir pistas abandonadas; a filtrar informação variada no mesmo crivo da dúvida; a entusiasmar gente da historiografia local a acreditar na viabilidade de hipóteses. Foi, justamente, esta a metodologia adotada ao decidirmo-nos pelo tema do Aqueduto. E, ao segui-la, julgamos ter logrado alcançar, além de um lastro de legitimidade científica, as bases conceptuais de um projeto de investigação consistente e coerente onde muito ajudou a imediata estudaram a hidráulica em Évora. ...

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Pr’Além do Mare Nostrum – Um Guia para a Navegação Romano no Atlântico é uma ferramenta didáctica e informativa pensada para as crianças e jovens em idade escolar, a partir do 2º Ciclo do Ensino Básico. Os seus conteúdos visam promover o conhecimento do domínio marítimo romano em Portugal; despertar para a herança cultural romana e para as marcas na paisagem dessa presença no nosso território; compreender o que é a Arqueologia Subaquática; reconhecer a importância da proteção do Património Cultural Subaquático; dar a conhecer os principais museus onde se podem observar materiais arqueológicos provenientes de contextos subaquáticos e organizar visitas a museus e sítios arqueológicos. A tabela anexa, pensada para os professores, apresenta uma articulação entre os conteúdos do Guia e os programas escolares das disciplinas de História e Geografia de Portugal do 2º Ciclo; História e Geografia do 3º Ciclo do Ensino Básico; e História, Geografia e Latim do Secundário. No entanto, e apesar de ter uma finalidade educativa e uma estreita ligação com os conteúdos escolares, o Guia é igualmente uma base informativa a ter em consideração pelos Pais, Encarregados de Educação e todos os interessados pela História e pela Arqueologia Subaquática.

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The work carried out in recent decades in Alentejo, inserted in the investigation that the signatory has developed on the Recent Prehistory, aim to study the genesis and evolution of the first peasant societies, an integrated perspective that considers, in general terms, all components of the life and death of these companies, by conducting archaeological excavations and archaeological surveys. The results of this work allow us to conduct a first assessment of its evolution (s), in Central Alentejo.

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O concelho de Montemor-o-Novo é rico em vestígios arqueológicos de várias cronologias, pelo que a época romana não é excepção. Durante muito tempo pouco se conhecia deste período cronológico, particularmente a forma do seu povoamento. Durante os anos 60 do século XX, foram identificadas e escavadas algumas estruturas deste período, nomeadamente a Fonte do Prior, o Curral dos Cães e o Cabeço do Ceivo. No entanto, foi durante as obras da Barragem dos Minutos que começamos a ter uma nova perceção de como seria o povoamento romano neste território. Sítios como estes têm vindo, ao longo do tempo, a ser colocados de parte quando se falava sobre a romanização dos campos por se considerar que essa ocupação era exclusiva das luxuosas villae e por se pensar que estes sítios fariam parte das villae. Neste trabalho iremos ver o resultado das intervenções realizados na Barragem dos Minutos, bem como as realizadas no regolfo da Barragem de Alqueva com o objectivo de tentar perceber estas novas realidades do povoamento romano; Abstract: The Montemor-o-Novo municipality is rich in archaeological remains of various chronologies, so the Roman era is no exception. But for a long time little was known of this chronological period and especially the shape of your settlement. During the 60s of the twentieth century, they have been identified and excavated some structures of this period, namely the Fonte do Prior, the Curral dos Cães and the Cabeço Ceivo. But it was during the construction of the dam of Minutos we started to have a new perception of how would the Roman settlement in this territory. Sites like these have been, over time, to be put aside when talking about the romanization of the fields in Roman times as it was considered that this occupation was exclusive of villae luxurious and think that these sites would be part of the villae. In this work we will see the result of the work done at the dam of the Minutos, as well as the work carried out in the surroundings of the Alqueva Dam and try to understand these new realities of the Roman settlement.

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Desde a sua identificação em 1916, até aos nossos dias, o Complexo de Arte Rupestre da Esperança foi, pontualmente e em diferentes momentos, objecto de trabalho e interpretação por parte de alguns investigadores. Este estudo visa a sistematização e compreensão das interpretações e do conhecimento produzidos ao longo de quase um século sobre a arte rupestre da freguesia da Esperança, em Arronches, complementado pelos resultados obtidos na primeira campanha de trabalhos arqueológicos realizados em 2009, no âmbito do projecto de investigação ARA- Arte Rupestre de Arronches. ABSTRACT: Since its identification in 1916 till the present day, the Rock Art Complex of Esperança was, for sometimes and in different moments, subject of specific work and interpretation by some researchers. This study aims to systematize and understand the interpretations and knowledge produced, over nearly a century, on the rock art of the Esperança parish, in Arronches, complemented by the results obtained during the first campaign of archaeological work conducted in 2009, under the research project ARA - Arronches' Rock Art.

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Jaén, coronó la producción mundial de aceite de oliva en la pasada campaña aportando en torno a un 20% del preciado zumo, consolidando una gran tradición. Este cultivo es el más característico de su agricultura y el más importante en su relación con el patrimonio agroindustrial. Gracias a numerosos estudios arqueológicos y fuentes documentales, sabemos que el cultivo del olivar ha estado presente desde la historia antigua, aunque fueron los romanos los que realmente potenciaron la comercialización del apreciado caldo, obtenido en los tradicionales molinos al transformar el fruto del olivo: la aceituna. Estas infraestructuras se han estado utilizando hasta hace relativamente poco tiempo, momento en el que como consecuencia de la revolución industrial sus sistemas de transformación tradicionales serán sustituidos por otras instalaciones más modernas como las fábricas de aceites. Las manifestaciones residenciales agroindustriales en las que también se realiza la producción del preciado caldo suelen ser bien haciendas, que representan las grandes explotaciones latifundistas, próximas a núcleos urbanos o insertas en parajes naturales y que se convierten muchas de ellas en verdaderas mansiones rústicas. O bien, cortijos aceiteros, casas de campo utilizadas en la época de recolección de la aceituna que combinan el núcleo aceitero con dependencias para alojamiento tanto de propietarios como de jornaleros, normalmente en alguna dependencia anexa. Con esta comunicación se pretende establecer las relaciones que, dentro del patrimonio agroindustrial, existen entre los espacios de producción y los lugares de residencia. Tomando como estudio el Palacio del Marqués de Viana en Garcíez muy próximo a las Ciudades Patrimonio de la Humanidad de Úbeda y Baeza, que atesora una de las pocas almazaras del sistema tradicional de rulos del s.XX. La finca de labor dedicada al olivar en la villa de Garcíez, fue mucho más que residencia de nobles y trabajo de jornaleros. Fue símbolo y manifestación social de un pueblo así como principal configurador de la trama urbana del municipio a partir de una Iglesia, unos 50 vecinos alojados en un pequeño número de casas, y el Palacio, cuyo dueño era propietario de todo, aunque en los años 60, regaló a sus jornaleros sus viviendas. Tras la decisión de la viuda del último Marqués de Viana en 1977 de vender sus posesiones, los habitantes de Garcíez se unieron para comprarlas, formando en 1981 la Sociedad de Transformación Agraria de Garcíez compuesta por 99 familias, propietarias de todos sus bienes en partes iguales.

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The study of textiles is an open area of scientific research, which for its variety of material components and physical chemical diversity of conditions, makes a field of interest for scientific studies in the cultural heritage field. Archaeological/historical textiles offer the possibility to carry out studies on organic materials such as fibers, adhesion elements, dyes, paper, etc., as well as on inorganic compounds for instance metals, alloys, precious stones and other added ornamentation. That variety of composition, allow to use a combination of analytical techniques to solve the questions coming from the object in an archaeometric research. One kind of textile object that provides a valuable cultural information because of its linguistic representation employed by its carrier societies, are the flags/banners/emblems, objects made with a nonverbal communication purpose. As long as depending on the use and/or purpose of each object, varies both the materials/techniques used in its production and its iconography (style, color, emblem, shape), its study gives the possibility to extract information through their materials and manufacturing techniques about a temporal-spatial frame, a particular event or a specific character. The flags/banners have been used since the eleventh century as representative objects of power, hierarchy, social or military organization, or as communicative media. The use of these objects has been spread throughout the world, possibly due to its easy interpretation and/or appropriation by different societies, making it part of their own culture. The flags as symbols of territorial control, using emblems that represent a family, order or army, were introduced to the New World (America) with the arrival of the European conquerors at the end of the fifteenth century. Flags/banners representing the Royal dominion over conquered territories, the Catholic Church and conquistadors’ armies were the first to arrive. One of those flags that have endured over time, that have an invaluable cultural meaning for both American and Iberian societies, is the so-called Francisco Pizarro’s Banner of Arms. It is a textile object with metal threads decoration over a Royal emblem. According to historical sources, this object was used by Francisco Pizarro in 1532 on the conquest process of Peru, after received the permission by King Charles V to on behalf of him, to conquer the lands of the New World today known as Peru. After Pizarro’s control of the Inca territory, it is believed that Pizarro left his banner on top of the Inca’s Sun’s Temple as symbol of his rule. Centuries later, in the America libertarian campaigns, General Sucre, military at charge of the independence army in Peru, reports have found what he considered the Pizarro’s Banner, sending it to Bogotá as a symbol of victory, being kept since that time until today by the National Museum of Colombia. Due to historical discrepancies in the different movements of the so-called Pizarro’s Banner of Arms, its real meaning has been under discussion and because of the passage of time its physical condition has suffer deterioration. That is because its scientific study is now an interesting case study to respond to both historical and conservation questions of it. Through a collaboration with the National Museum of Colombia, a set of 25 samples of so-called Pizarro’s Banner of Arms were collected, covering the various components and areas from the object of study. These samples were subjected to analytical studies for physical and chemical characterization. Microscopic observation, VSEM-EDS analysis, Raman spectroscopy, chromatographic analysis (HPLC-MS, GCMS) and radiocarbon dating were done. Similarly, was sought through a direct in situ physical inspection to the object and through a research into historical sources, adequate information to solve the object’s problems. Results obtained allowed to identify as silk the textile used in the elaboration of the Banner’s fabric, as well as the use of natural dyes for dyeing the fibers used on the emblem: use of cochineal and brazil wood as a source of red, luteolin plant-based for yellow color, indigotine plant-based for blue, and a mixture of yellow and blue dyes for green were identified. Similarly, the use of animal glue in the manufacturing process and the use of rag paper was evident. The metal threads study from the Banner give a confirmation to a silver core wire gilded with a thin gold sheet, being flattened and entwined with silk threads for their use. Finally, using the radiocarbon results, it was possible to postulate with huge accuracy that the Banner date manufacture was between the XV-XVI century and subject to restoration processes with addition of textiles in modern times. Together with, was evident that the state of degradation of the fabric is due to natural degradation in the silk fibers, having that its color has faded and its mechanical properties decreased, leading to loss of rigidity and disappearance of the physical structure. Similarly, it was clear the original colors of the emblem and highlight problems of detachment of paper due to crystallization of the adhesive. In the same way, was found that the metal threads suffer corrosion by sulfur and detachment of its crystals. Finally, combining the analytical results and the historical sources data found from the so-called Francisco Pizarro’s Banner of Arms, allows to postulate that its manufacture process was done in Europe employing precious materials to obtain a long-life object with a deep message for its viewers. Also, the data obtained helps to support the possible idea that the object was employed by Francisco Pizarro in the Peru conquest process. However, by the symbols present in the object, its elaboration date and materials, this object its clearly unique in its kind, and the most important, by its linguistic message, does not represent to Francisco Pizarro or his army, meanwhile, represents the Spanish crown. Therefore, instead to be labeled as Francisco Pizarro’s Banner of Arms, it should be called the Colonial Royal Banner of Charles V in the New World; RESUMEN: El estudio de textiles es un área abierta de investigación científica, la cual por su variedad de componentes materiales y la diversidad de condiciones físico-químicas presentes en estos objetos, lo hace un campo de interés para estudios científicos en el patrimonio cultural. Los textiles arqueológicos/históricos brindan la posibilidad de realizar estudios en materiales orgánicos como fibras, elementos de adhesión, tinturas, papel, etc., e inorgánicos como metales, aleaciones, piedras preciosas y demás materiales decorativos añadidos. Por su variedad de composición, es posible emplear diversas técnicas analíticas para resolver aquellas preguntas propias del objeto en una investigación arqueométrica. Uno de los objetos textiles que brinda gran información cultural debido a su representación lingüística empleada por las sociedades portadoras, son las banderas/estandartes/emblemas. Donde varía dependiendo de su uso y/o propósito, los materiales empleados en su elaboración, al igual que su iconografía (estilo, color, emblema, forma). El estudio de estos objetos construidos con un propósito de comunicación no verbal, da la posibilidad de extraer información a través de sus materiales y técnicas de elaboración sobre un rango temporal-espacial, un evento determinado en la historia o incluso a un personaje en específico. Las banderas han sido empleadas desde el siglo XI como objetos representativos de poder, jerarquía, organización social o militar, o como medio de comunicación. El uso de estos objetos se ha extendido a lo largo del mundo posiblemente debido a su fácil interpretación y/o apropiación por distintas sociedades, haciéndolo parte de su cultura. Las banderas como símbolos de control territorial, empleando símbolos que representan a una familia, orden o armada fueron introducidas a el Nuevo Mundo (América) con la llegada de los conquistadores europeos al final del siglo XV. Las banderas/estandartes que representaban el dominio Real sobre territorios dominados, la iglesia católica y las banderas de ejércitos y/o conquistadores fueron las primeras en llegar al nuevo mundo. Una de aquellas banderas que ha soportado el paso del tiempo, teniendo un gran valor cultural tanto para las sociedades americanas como para las ibéricas, es el denominado Estandarte de armas de Francisco Pizarro. Siendo un objeto textil con decoración en hilos metálicos sobre un emblema Real. De acuerdo a fuentes históricas, este objeto fue usado por Francisco Pizarro en 1532 en el proceso de conquista del Perú, quien recibe por parte del Rey Carlos V el poder para que, en su nombre, Pizarro pueda conquistar las tierras del nuevo mundo hoy conocidas como Perú. Luego del dominio de Pizarro sobre el territorio Inca, se cree que Pizarro dejó su estandarte en la cima del templo Inca del sol como símbolo de su control. Siglos más tarde, en las campañas libertarias de América, el General Sucre, militar encargado de la armada independentista en Perú, reporta haber encontrado lo que él considera como el estandarte de Pizarro, enviándolo a Bogotá como muestra de victoria, siendo custodiada desde ese momento por el Museo Nacional de Colombia hasta la actualidad. Debido a discrepancias históricas, el verdadero significado del llamado estandarte de Pizarro ha sido objeto de discusión y debido del pasar del tiempo su estado de conservación se ha deteriorado. Dejando de este modo, un caso de estudio interesante para que por medio de estudios científicos al objeto se pueda dar respuesta a preguntas tanto históricas como de conservación del mismo. De este modo, por medio de una colaboración con el Museo Nacional de Colombia, se obtuvo un juego de 25 muestras del llamado Estandarte de armas de Francisco Pizarro, abarcando los diferentes componentes y áreas del objeto de estudio. Dichas muestras fueron sometidas a estudios analíticos para su caracterización físico-química. Análisis de observación al microscopio, análisis VSEM-EDS, espectroscopia Raman, análisis cromatográficos (HPLC-MS, GC-MS) y datación por radiocarbono catorce fueron realizados. Del mismo modo, por medio de una inspección física al objeto in situ y una profunda investigación en fuentes históricas del mismo, se buscó la información adecuada para resolver sus problemáticas. Los resultados obtenidos permitieron identificar como seda el textil empleado en la elaboración del estandarte, así como el uso de colorantes naturales para teñir las fibras en el emblema: uso de cochinilla y palo de Brasil como fuente del color rojo, plantas a base de luteolin para el color amarillo, plantas a base de indigotina para el color azul y mezcla de colorantes amarillos y azules para el color verde fueron identificadas. Del mismo modo se evidencio el uso de adhesivos animales y el uso de papel de trapos en el proceso de manufactura. El estudio de los hilos metálicos, permitió evidenciar el uso de alambres con núcleos de plata con un fino recubrimiento de oro en su exterior, siendo aplanados y entrelazados con hilos de seda para su uso. Finalmente usando la datación por radiocarbono, fue posible conocer con alta precisión que el estandarte fue elaborado entre los siglos XV-XVI y sufrió procesos de restauración con añadidura de textiles en tiempos modernos. Junto a lo anterior, es posible postular que el estado de degradación de la tela es debido a degradación natural en las fibras de seda, teniendo así que su color se ha desvanecido y sus propiedades mecánicas disminuidas, conllevando a perdida de rigidez y desaparición de la estructura. Del mismo modo se pudo conocer los colores originales del emblema y evidenciar problemas de desprendimiento del papel debido a cristalización del adhesivo. Asimismo, se comprobó que los hilos metálicos presentan corrosión por azufre y desprendimiento de sus cristales. Finalmente, combinando los resultados analíticos y la información de fuentes históricas encontradas del llamado Estandarte de armas de Francisco Pizarro, se puede postular que su elaboración fue realizada en Europa, usando materiales preciosos para obtener un objeto de larga vida con un profundo mensaje para sus observadores. También, los datos obtenidos ayudan a dar soporte la posible idea de que este objeto fue usado por Francisco Pizarro en el proceso de conquista del Perú. Sin embargo, debido a los símbolos presentes en el objeto, fecha y materiales de elaboración, este objeto es claramente único en su tipo, y lo más importante, por su mensaje lingüístico, este no representa a Francisco Pizarro o su armada, al contrario, representa a la Corona de España. Por ende, en vez de denominarse como Estandarte de armas de Francisco Pizarro, este objeto debería nombrarse como el Estandarte Real de la Colonia de Carlos V en el Nuevo Mundo.

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Chalcolithic diet at Perdigões (Reguengos de Monsaraz) was investigated using stable carbon and nitrogen isotope analysis of human bone collagen. Strontium isotopes of faunal dental enamel were used to establish the site local range and to distinguish the presence of non-local individuals. ATR-FTIR and EA analysis were used to determine the degree of bone diagenesis and to evaluate the reliability of the stable isotopic composition for paleodietary reconstruction. The individuals from which paleodietary results were obtained had a diet based on C3 terrestrial resources and some animal protein. Data from Perdigões site, was compared with the published data from other Iberian Chalcolithic populations. Site comparison revealed that diet through Iberian Peninsula have mainly maintained terrestrial dietary focus consistent with animal husbandry and farming on C3 plants with occasional intake of freshwater or marine resources. Strontium isotopic composition of enamel revealed that some of the individuals from Perdigões site were non-local; Resumo: A dieta de indivíduos do período Calcolítico dos Perdigões (Reguengos de Monsaraz) foi investigada através de análise de isótopos estáveis de carbono e azoto no colagénio ósseo. Isótopos de estrôncio do esmalte dentário de fauna foram utilizados para estabelecer o sinal local dos Perdigões, permitindo distinguir a presença de alguns indivíduos e fauna não-locais. A avaliação da diagénese óssea foi efectuada através de análises realizadas com analisador elementar e com ATR-FTIR, de forma a validar dos resultados isotópicos obtidos. Os indivíduos para os quais foi possivel obter resultados isotópicos de carbono e azoto apresentam uma dieta baseada em recursos terrestres, plantas C3, e alguma proteína animal. A comparação efectuada com outros sitios arqueológicos da Peninsula Ibérica revelaram que a dieta das populações é sobretudo feita à base de plantas C3, com ingestão de alguma proteina animal e ingestão ocasional de produtos marinhos ou provenientes de água doce.