3 resultados para Reflexividade

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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Com esta dissertação pretende-se estudar a construção dos habitatus musicais nos projetos musicais amadores, com base, sobretudo, na teoria da prática de Pierre Bourdieu, procurando-se igualmente compreender o papel da reflexividade e dos quadros de interação ao longo das trajetórias musicais. Entende-se que os músicos amadores assumem uma relação específica com a música, ainda que entre si seja heterogénea e, desta forma, tomou-se como objetivos centrais apreender as matrizes e os modos de socialização, analisar o papel da reflexividade na produção musical e também comparar os habitatus musicais dos músicos amadores. Para tal, utilizou-se uma metodologia qualitativa, dado o cariz analítico do estudo, através da aplicação de entrevistas semidiretivas e, complementarmente, de observação direta não participante; ABSTRACT: With this dissertation it is intended to study the construction of the musical habitatus in amateur musical projects, based, especially, in the Theory of Practice of Pierre Bourdieu, looking for to understand, as well, the role of reflexivity and the interaction settings along the musical trajectories. It is considered that the amateur musicians assume a specific relation with music, even if it’s heterogeneous between them and, therefore, it was taken as the main objectives to learn the pattern and methods of socializing, to analyze the role of reflexivity in the musical production and to compare the musical habitatus between amateur musicians. For such, was used a qualitative methodology, given the analytical nature of the study, through the application of semi directive interviews and, complementarily, of the nonparticipating direct observation.

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No desenvolvimento das suas atividades de ensino e investigação, o Departamento de Pedagogia e Educação da Universidade de Évora tem promovido a realização de diferentes cursos de mestrado, dando origem a múltiplas dissertações que são testemunho do trabalho levado a cabo no e pelo Departamento para o desenvolvimento do conhecimento científico na área da educação cujos resultados importa difundir. A realização das 1as Jornadas de Investigação em Educação permitiu ao Departamento de Pedagogia e Educação encontrar um momento de revisitação, partilha e divulgação de investigações que consubstanciaram dissertações produzidas nos últimos anos no âmbito dos Mestrados em Administração Educacional, em Avaliação, em Educação para a Saúde, em Questões de Género e Educação para a Cidadania e em Supervisão Pedagógica. Estas Jornadas não pretenderam ser uma mostra exaustiva dos trabalhos realizados, mas uma ilustração do esforço e dedicação com que muitas dezenas de estudantes analisaram múltiplos aspetos da realidade educativa, produzindo sobre ela discursos críticos empiricamente sustentados. E porque estes/as estudantes são também de múltiplas procedências será possível encontrar testemunhos de estudos realizados em Portugal, em Angola e no Brasil, contribuindo desta forma para ampliar o conhecimento sobre diferentes sistemas educativos. Não será demais explicitar o sentido que tem para nós a publicação/produção desta ‘obra’ coletiva. Convocamos o sentido atribuído por Bruner ao processo de externalização da aprendizagem ou do saber científico presente na produção de obras culturais. Este processo de externalização “salva a atividade cognitiva do implícito, tornando-a mais pública, negociável e solidária” (Bruner, 1996:46). É neste sentido que a publicação destes trabalhos académicos já apresentados e defendidos publicamente vem permitir agora expandir o seu alcance público, a sua possibilidade de ser permutável (agora entre quem escreve e quem lê), expandindo ainda o exercício solidário da partilha do conhecimento construído. Neste momento de comunicação e divulgação, o esforço da explicitação ganhou já uma nova consistência permitida pela distância crítica que os autores e as autoras ganharam com o tempo, agora livres da tensão avaliativa das provas que por vezes pode ser inibidora do pensamento e sobretudo da reflexão conjunta. A sua disponibilidade para o diálogo e a intersubjetividade criada com o público que participou nas jornadas foi evidente. Agora, na escrita dos trabalhos apresentados, este exercício de explicitação adquire nova forma, ganhando reflexividade e autonomia. Este processo de formação substanciado nos mestrados atrás referidos percorreu diversas fases (componente curricular, produção da tese, apresentação da tese) e, não estando nunca completo, vem agora lançar a necessária ponte para uma nova fase, permitindo uma mudança na participação e na identidade dos/das seus/suas autores e autoras que se assumem como investigadores e investigadoras de pleno direito, participando na comunidade científica alargada tendo a possibilidade de ver o seu trabalho discutido num processo de validação pública. Do ponto de vista da organização desta publicação optou-se por uma estrutura simples consubstanciada na criação de temas agregadores em torno dos quais se centram os estudos que agora se apresentam. As Jornadas puderam contar com a participação do Prof. Danilo Melo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que proferiu a conferência inaugural, cujo texto abre também esta obra. Refletindo a já mencionada diversidade de percursos e temas em estudo, apresentam-se em seguida os textos sobre as seguintes temáticas: Administração, Avaliação, Igualdade de Oportunidades e Questões de Género, Desenvolvimento da aprendizagem, Biologia, Física e Química, Matemática e Literatura. Retomando Bruner e o sentido que ele dá à produção de obras, importa também realçar a possibilidade que esta oferece à comunidade onde é gerada de festejar e celebrar com orgulho o produto de trabalho conjunto, conferindo-lhe reconhecimento, identidade e um sentido de continuidade. Esta celebração foi já vivida durante as Jornadas onde estudantes e professores/as se reencontraram e reconheceram, agora já como pares, no oficio da produção científica. O livro agora publicado virá por certo reacender o orgulho naqueles e naquelas que aceitaram o desafio de participar nas Jornadas. Porque a obra agora é visível para um público mais alargado ela irá por certo incentivar novos diálogos e convidar novas gerações de investigadores e investigadoras a publicar os seus trabalhos e assim cumprirem o compromisso ético da partilha de conhecimento

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“Aqui, todos são loucos. Eu sou louco. Tu és louca!”, diz o Gato de Cheshire empoleirado numa árvore, donde parece adquirir o ponto de vista abrangente de um esclarecido filósofo, em Alice no País das Maravilhas. Este iluminado pensamento, verbalizado por um animal conotado com a prática da reflexividade e da contemplação, revela-nos como Lewis Carroll usou o nonsense para nos dizer que este nos é muitas vezes imposto sem que se possa controlar nem escapar à perplexidade que nos causa. Todas as definições aprendidas para nos podermos orientar no mundo serão, assim, completamente arbitrárias, não tendo este afinal qualquer sentido a priori, exigindo que cada um lhe atribua o seu próprio sentido. Quando no capítulo VII, intitulado “Um Lanche Maluco”, Alice toma chá com a Lebre de Março e o Chapeleiro, este tenta definir a semelhança surreal entre um corvo e uma secretaria, interpretada por Alice como uma adivinha, mas não havendo para esta qualquer solução, como sem explicação ficarão muitas situações comuns vividas no nosso quotidiano.