4 resultados para Nádia Wolf

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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A figueira-da-índia (Opuntia ficus-indica (L.) Mill.) é uma espécie com interesse para alimentação humana e animal, particularmente em áreas geográficas onde a disponibilidade de água é um fator limitante na atividade agrícola. Sendo considerada uma planta forrageira alternativa, pode produzir mais de 10 toneladas de matéria seca por hectare e, em condições limitantes de disponibilidade hídrica, supera as plantas C4 e C3 (Andrade-Montemayor et al., 2011). Acrescem ainda outras utilizações como sejam o controlo de erosão de solos, a constituição de barreiras anti-incêndio e a produção de biogás (Jigar et al., 2011, Sánchez et al., 2012). No contexto atual em que, por parte de alguns agricultores, renasceu o interesse por esta espécie, consideramos ser importante a caracterização e avaliação biométrica de populações portuguesas de O. ficus-indica e a sua comparação com variedades melhoradas, quer com o objetivo da produção de fruto para alimentação humana, quer como planta forrageira. Em maio de 2012 foram plantados, na Escola Superior Agrária de Castelo Branco (39º 49' 17.00''N; 7º 27' 41.00''W), num solo de baixa aptidão agrícola, cladódios de dezasseis populações portuguesas de O. ficus-indica, provenientes de diferentes locais e duas variedades italianas (Gialla e Bianca).

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A figueira-da-índia [Opuntia ficus-indica (L.) Miller] é uma espécie da família Cactaceae, com centro de origem e domesticação no México. Possui características morfofisiológicas particulares que permitem uma elevada eficiência de utilização da água. Esta espécie representa uma cultura alternativa para as regiões do interior de Portugal onde se prevê que as alterações climáticas possam vir a ter maior impacto. Em Maio de 2012 foram plantados, na Escola Superior Agrária de Castelo Branco num solo de baixa aptidão agrícola, cladódios de dezasseis ecótipos portugueses de O. ficus-indica e duas variedades italianas (“Gialla” e “Bianca”). O delineamento experimental consistiu em blocos casualizados completos com três repetições. O compasso foi de 2,5 x 1,5, com 15 plantas por população e um cladódio por cova. Previamente à plantação foi realizada a fertilização com adubo ternário, na proporção de 40 kg/ha de cada macronutriente (N, P e K). O ensaio foi conduzido em sequeiro nos dois primeiros anos, tendo sido fornecidos aproximadamente 70 mm de água no terceiro ano. Foi realizado o controlo mecânico de infestantes, sem mobilização do solo. As populações foram avaliadas no terceiro ano após a plantação tendo sido quantificada a produção média de frutos por planta (kg), número de frutos e classes de peso do fruto. Relativamente aos parâmetros estudados, verificou-se a existência de diferenças significativas entre as populações. As variedades “Gialla” e “Bianca” foram as mais produtivas destacando-se nitidamente dos ecótipos portugueses, o que reflete a sua origem como material vegetal melhorado. Ainda assim, entre as dezasseis populações portuguesas de O. ficus-indica, foi eleito um pequeno grupo de ecótipos com interesse para produção de fruto e que poderá constituir material de partida para iniciar um programa de melhoramento desta espécie.

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Processos e Modelos de Raciocínio na Tomada de Decisão: contributos concetuais e interrogações Dulce Magalhães - Departamento de Enfermagem, Universidade de Évora Manuel Lopes - Departamento de Enfermagem, Universidade de Évora Ana Fonseca - Departamento de Enfermagem, Universidade de Évora Os enfermeiros que integram as equipas de unidades de cuidados hospitalares têm que prevenir, minimizar e corrigir situações clínicas instáveis. Em consequência disso defrontam-se diária e sistematicamente com a obrigatoriedade de tomar decisões no contexto da ação (Thompson & Dowding, 2005) e agir em conformidade. Eles têm que tomar decisões num espaço que não é reservado e que está confinado a uma teia de relações que acontecem entre o doente, a família e os restantes membros da equipa de saúde (Benner et al, 2011; Tanner, 2006, Lopes, 2006). Um espaço onde acontecem múltiplas interrupções que provêm de procedimentos de trabalho e exigências constantes de atenção a cada doente (Hedberg & Larsson, 2004; Potter et al, 2005; Wolf et al, 2006). São decisões processuais e multidimensionais que têm que considerar em simultâneo, o que deve ser feito, como deve ser feito e quando deve ser feito, no respeito da singularidade do doente e do seu contexto circundante (Gillespie, 2009). Esta dinâmica também está interligada com os dados clínicos que recorrentemente emergem, bem como à acessibilidade, multiplicidade e ambiguidade dos dados clínicos (Junnola et al, 2002; Carnevali &Thomas, 1993 Simmons, 2010), ao tempo de decisão e às decisões conflituosas (Thompson, 2004). São ambientes clínicos onde acontecem contingências, algumas delas aleatórias, que exigem que os enfermeiros independentemente dos níveis de proficiência sejam obrigados a tomar decisões complexas de forma rápida e precisa, para optimizar os resultados esperados (Curry & Botti, 2006). O conhecimento e o raciocínio que os enfermeiros usam na tomada de decisão são elementos, entre outros, que definem muito da prática profissional (Cody, 2006). Por isso, conscientes da realidade enunciada através da investigação que tem vindo a ser desenvolvida, foi nossa intenção analisar criticamente os modelos de decisão que têm expressão na literatura de enfermagem e que têm sido desenvolvidos em diferentes áreas do conhecimento (Concoran-Perry et al, 1999), no sentido de reconhecer o seu poder explicativo para a tomada de decisão dos enfermeiros. Alguns deles são apresentados numa estrutura normativa, outros numa descritiva e em função disso, podem dividir-se em duas categorias teóricas, sistemático-positivista e intuitivo-humanista (Thompson, 1999; Aitken, Marshall, Elliott & McKinley, 2007). As abordagens sistemático-positivistas sugerem que a tomada de decisão acontece num processo sequencial previamente definido e explicitado. Assentam no pressuposto que existe alguma atividade de análise ou de resolução de problemas em curso, para o enfermeiro tomar uma decisão. Nas abordagens intuitivo-humanistas a decisão é entendida no seio de um processo como um todo e no contexto de uma abordagem naturalista (Benner, 1984; Thompson, 1999). Elas podem ser diferenciadas, desde logo, a partir dos seus centros de interesse. Enquanto a primeira se interessa pelo número de dados e pelos processos de análise cognitiva para uma melhor decisão. A segunda dá primazia aos contextos relacionais e de comunicação com os doentes e serve-se da performance clínica para eleger as melhores ações.

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SHORT-TERM EFFECTS OF SALINITY ON SOME PHYSIOLOGICAL PARAMETERS OF YOUNG OLIVE TREES OF ARBEQUINA, COBRANÇOSA AND GALEGA VARIETIES Ana Elisa Rato1,4, Renato Coelho1, Margarida Vaz1, Teresa Carola2, Dália Barbosa2, Nádia Silva1, José dos Santos2, Lourenço Machado2, João Godinho2, Luzia Ruas2, Margarida Barradas2, Hernani Pereira2, Sara Porfírio4 1 ICAAM, Universidade de Évora, Apartado 94, 7002-554 Évora, Portugal 2 Master students, Universidade de Évora, Apartado 94, 7002-554 Évora, Portugal 3 Ph.D. student, Universidade de Évora, Apartado 94, 7002-554 Évora, Portugal 4 aerato@uevora.pt Due to the desertification in some regions, the interest in plant’s tolerance to salinity has been increasing, as this response is determining for plant survival in stress conditions. This work reports the investigation of tolerance to salt in two year-old olive trees (Olea europaea L.) of three varieties, Arbequina, Cobrançosa and Galega vulgar. Plants were grown in 10 L plastic pots containing approximately 9 Kg of a sandy granitic soil, on a greenhouse. For 3 months (from the beginning of February to the end of April 2012), they were subjected to three levels of salinity in the irrigation water, 0 mM, 80 mM and 200 mM NaCl (6 plants per salinity level in a total of 18 plants of each variety),. Stomatal conductance (gs) and relative leaf chlorophyll content were assessed on each plant in February, March and April. Mid-day leaf water potential () and soil salinity were measured at the end of the experiment (April). On average, concerning all treatments and dates of determination, stomatal conductance of Arbequina and Galega vulgar was quite similar, around 40 mmol m-2 s-1, but Cobrançosa had a value of gs 36% higher, almost 50% higher (61 mmol m-2 s-1) when compared with the controls (0 mM salt) of the other two varieties. In percentage of controls, there was little difference in gs between varieties and between salinities during February and March. In contrast, in April, after about 90 days of exposure to salt, there was a clear decrease in gs with salt irrigation, proportional to salt concentration. Compared with controls, plants irrigated with 200 mM salt showed around 80% (Arbequina) or 85% (Cobrançosa and Galega vulgar) decrease in gs. Chlorophyll content of leaves showed less than 5% difference between varieties on the average of all treatments and dates of determination. During the course of this experiment, the salinity levels used did not show any relevant effect on chlorophyll content. Overall, at the end of the experimental period (April), leaf water potential () at midday was significantly higher in Cobrançosa (-1,4 MPa) than in Galega vulgar (-1,7 MPa) or Arbequina (-1,8 MPa), and salt decreased  of control plants (-1,25 MPa) by an average 30% (with 80 mM) and 65% (with 200 mM). At the end of the experiment, salinity in the soil irrigated with 0 mM, 80 mM or 200 mM NaCl was, on average of all varieties, 0,2 mS, 1,0 mS or 2,0 mS, respectively. Soil salinity was quite similar in Arbequina and Galega vulgar but about 35% lower in the pots of Cobrançosa, on average of all salt-irrigation levels. Plants of Cobrançosa had higher stomatal conductance, however they showed higher water potential and lower salinity in the soil. These apparently contradictory results seem to suggest that Cobrançosa responds to salt differently from the other two varieties. This issue needs further investigation.