2 resultados para Monopólio
em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal
Resumo:
A aprendizagem encontra-se presente em todos os contextos de vida. As aprendizagens escolares não mantêm, assim, o monopólio do contributo para a qualificação dos indivíduos. Conhecer tudo o que as pessoas aprendem, no exterior da escola, valorizando essas aprendizagens e integrando-as no âmbito do trabalho escolar é um dos desafios que se coloca, hoje, à escola, no sentido de, a escola ser um fator de organização e de valorização de todas as aprendizagens promovidas pelos indivíduos.
Resumo:
O texto procura equacionar as relações entre as «redes discursivas de 1900» (Kittler), a sua natureza tecnológica e a medialidade do arquivo. Atento ao tríptico gramofone, filme, máquina de escrever com que se supera o monopólio Gutenberg de registo e transmissão de dados, encontro na análise de Drácula feita por Kittler sinais da emergência do arquivo (que Kittler justamente associa a Freud, Nietzsche e a dispositivos tecnológicos de armazenamento), num processo que nos situa entre a eternidade dos não-mortos e a promessa de eternidade dos meios de registo e reprodução tecnológicos. São também os espectros que interpelam os vivos na fantasmagoria dos média que Derrida propõe, com consequências fundas para uma leitura do arquivo e da sua condição pulsional. Boris Groys tem, em vários textos, provocatoriamente afrontado ideias feitas sobre o mercado da arte e o mercado das ideias. Situando o seu pensamento no exercício de uma metanoia, que ele baliza como uma heterotopia (heteronoia) e eu aqui procuro formular como medianoia, parto da sua concepção de ‘arquivos culturais’ e da fenomenologia dos média, que de forma crítica submete à condição de permanente suspeição, pois é tão importante interrogar o modo de funcionar do arquivo como interrogar o meio que o suporta.