3 resultados para Manifestações de Junho de 2013
em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal
Resumo:
II Seminário “Os Desafios da Aprendizagem ao Longo da Vida, no Alentejo”, integrado no projecto de investigação “As Novas Núpcias da Qualificação no Alentejo”, no Auditório da DGEstE/Direção de Serviços da Região Alentejo (ex-Direção Regional de Educação do Alentejo), a 27 de Junho de 2013.
Resumo:
II Seminário “Os Desafios da Aprendizagem ao Longo da Vida, no Alentejo”, na Mesa “Educação e Formação de Adultos: o Processo de RVCC no Alentejo (2000-2005)”, promovido pelo Centro de Investigação em Educação e Psicologia da Universidade de Évora, no Auditório da DGEstE-Direcção de Serviços da Região Alentejo, em Évora, a 27 de Junho de 2013.
Resumo:
A partir do momento em que começam a ler as crianças tornam-se ávidas e absorventes de todo o tipo de palavra ou frase com que se cruzam. As paredes dos meios urbanos são telas prolíferas, ao contrário dos meios rurais que ainda lhes resistem e onde esta prática é conotada, não sem alguma razão, com a imundície. E mesmo quando não sabem ainda ler, há pinturas murais que suscitam reações e emoções nas crianças que são reflexo de perguntas que esperam respostas, fruto da propriedade comunicativa da arte. Se o graffiti, com ou sem palavras, encontra na frase certeira e/ou poética uma forma de comunicação estética, elas são manifestações que poderemos, discutindo, classificar como artísticas que, muitas vezes, refletem situações de conflitos sociais, de guerras com o poder, de denúncia. Nas paredes, as imagens e as palavras são armas que estão ao alcance e a uso dos que têm muito menos de 18 anos e, ainda assim, têm licença para as ver/ler e usar. Quanto mais não seja, eles provocam reações, emoções que deviam em nosso entender reclamar uma mediação. Uma mediação que esteja ciente das possibilidades de leitura de imagens verbais e pictóricas e que se predisponha a explicar porquê, onde e como estão, a agressividade e o conflito, figurados. Aliás, a agressão e a transgressão podem, diríamos quase epistemologicamente, identificar-se com os graffiti sendo, como é óbvio, para as crianças mais pequenas difícil de entender por que alguns consideramos serem arte. Assim, nesta intervenção trataremos exemplos de graffiti verbais ou pictóricos e faremos propostas de leitura e atividades com crianças. Proporemos respostas para as eventuais perguntas com que os adultos que convivem com crianças possam ser sujeitos ao usarem o espaço público ocupado por estas manifestações. Também convém que se distingam de outras e possam ser consideradas literárias e artísticas e onde os conflitos sociais estejam presentes, ainda que, diríamos, subliminarmente. A intervenção enquadra-se, teoricamente, nas propostas da teoria do polissistema literário e dos estudos da receção, numa perspetiva comparatista.