3 resultados para Ige
em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal
Resumo:
As sociedades enfrentam problemas cuja complexidade aumenta na razão direta do crescimento da população e dos impactos causados por uma demanda exponencial de recursos, energia, água e espaço físico na Terra. Embora seja desejável que cada cidadão contemporâneo participe ativamente na resolução dos problemas e na tomada de decisões coletivas, muitos se sentem incapazes de, ao menos, entender a magnitude das questões e correspondentes implicações em um mundo definitivamente imerso na ciência e na tecnologia. Assim, a concepção de tempo – especialmente a de tempo geológico – é crucial para fazer emergir a educação em ciência como instrumento capaz de permitir que todos, jovens e adultos, compreendam o mundo onde vivem. As taxas de derrubada de florestas tropicais na grande bacia hidrográfica amazônica aceleraram-se desde a metade do século XX, com alguns intervalos de redução. Os elementos revelam ser inadiável fortalecer e reintroduzir as Ciências da Terra na Educação, especialmente no Brasil. O conhecimento pode contribuir efetivamente para formar cidadãos conscientes e críticos, capazes de tomar decisões equilibradas e ponderadas sobre atividades humanas que envolvam ocupação e uso do ambiente, materiais naturais e fontes de energia. Neste artigo procuramos refletir sobre a importância do conhecimento geocientífico para formar cidadãos capazes de contribuir nos dias de hoje para plena adoção do conceito de desenvolvimento sustentável. Os dois elementos são fundamentais para que seja possível formular novas interseções e introduzir inovações no contexto da região Amazónica.
Resumo:
Apesar da contribuição específica das Geociências para a prossecução da cidadania democrática, não existem referências a esta área do saber nos documentos emanados da União Europeia (UE), ou pelo menos os autores não as conhecem. Este artigo reune breves notas e preocupações acerca da educação em ciências e analisa o lugar que as Geociências assumem na educação não superior no sistema educativo português, tema que interessa ao Brasil. A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (cf. www.europarl.europa.eu/charter/pdf/text_pt.pdf) tenciona dar maior visibilidade aos três grandes pilares – liberdade, igualdade, solidariedade –, e reforçar sua proteção à luz da evolução da sociedade, do progresso social e da evolução científica e tecnológica. Com o objetivo de desenvolver valores comuns e, simultaneamente, respeitar a diversidade das identidades nacionais, destaca-se aqui o artigo 14º: “1. Todas as pessoas têm direito à educação, bem como o acesso à formação profissional e contínua. 2. Este direito inclui a possibilidade de frequentar gratuitamente o ensino obrigatório.” É reconhecida, nos documentos da União Europeia (UE), a necessidade de os cidadãos intervirem na vida politica e social não só para assegurar o desenvolvimento de valores democráticos fundamentais mas, também, para fomentar a coesão social em período de diversidade de identidades. Neles a educação é vista como via facilitadora de promoção da equidade, constituindo um dos grandes objetivos do atual quadro estratégico para cooperação europeia, em vigor até 2020. A formulação de estratégias eficazes para atingir a equidade coloca desafios nos níveis político, científico, económico e social. É, assim, compreensível que, na sequência da Estratégia Europa 2010, a educação seja tida como centralidade da Estratégia Europa 2020, prevendo-se, por exemplo, reduções de abandono escolar para níveis inferiores a 10%, enquanto se aponta o patamar de 40% para que cidadãos entre os 30 e 34 anos concluam o ensino superior, tudo isto até 2020. Seria bom que, ao mesmo tempo em que se ressalta a importância da Educação dos cidadãos, sejam significativamente ampliados “os níveis de investimento em recursos humanos, a fim de dar prioridade ao mais importante trunfo da Europa (os seus cidadãos)” (cf. http://eur-lex.europa.eu/ legal-content/EN/TXT/HTML/?uri=URISERV:c11047&from=EN) – não se dê preferência a uma perspetiva de “educação contábil”, isto é, segundo Licínio Lima (cf. http://repositorium.sdum. uminho.pt/bitstream/1822/11788/1/Artigo%20RBE.pdf), orientação centrada na preparação do cidadão para a grande finalidade da competição, assente na ideia do mercado global adaptado à chamada racionalidade económica. Seria muito desejável que nas orientações de Bruxelas estivessem presentes as preocupações de Fraser & Gordon (1994 citadas por Licínio Lima, p. 74 da URL ‘RBE.pdf’ acima): “hoje, quando a retórica acerca do ‘triunfo da democracia’ acompanha a devastação económica, é tempo de insistir que não pode existir cidadania democrática sem direitos sociais”.
Resumo:
Introduction: Allergic dermatitis (AD) is the most common canine pruritic condition in veterinary dermatology. Allergic dermatitis to flea bites presents the highest prevalence, followed by atopic dermatitis and food AD. This study aimed to identify possible correlation between data from clinical signs, intradermal tests (IDT) and specific IgE levels, which are used in dog AD assessment. Methods: Fifty five dogs from the Veterinary Hospital of the University of Évora (Portugal) and Rof Codina University Hospital (Lugo, Spain) outpatient consultations were studied by means of clinical inquiry, IDT and specific IgE determination. Thirty five of the patients belonged to predisposed breeds, 30 were females and 25 males. Forty one (74%) were indoor. Results: In 82% of cases first clinical signs appeared before the age of 3 years and 24% even before 1 year old. In 70% of the individuals clinical signs included itching, which was generalized in 66%, with 78% of paw licking and chewing. Clinical profile showed seasonal worsening in 64% of cases. From the 69.1% of dogs already presenting with dermatitis, 50% also presented external otitis and 28.9% self-inflicted alopecia. "Intense itching" was found in 10.5%, "medium itching" in 81.6% and “mild itching” in 5.26% of the patients. Prevalence of positive IDT was 37.3 % to Lep d, 29.41% to Der f, 27.5% to Der p, 25.5% to Dac g and 21.6% to Malassezia sp. From the 37 dogs submitted to food IDT, 40.5% revealed positive to beef, 27% to chicken, 27% to porc and 5.4% to lamb. Specific IgE > 150 EAU was found in 84% of dogs to indoor allergen sources and in 68% to pollens. A negative correlation was found between an outdoor life and the intensity (p = 0.033) and precocity (p = 0.026) of clinical signs. Sensitization to pollens was found positively correlated with the seasonality of clinical signs (p = 0.001) and the positivity for Dac g (p = 0.007). The prevalence of chronic otitis correlated positively with alopecia and reactivity to Lep d (p = 0.008), Plantago lanceolata (p = 0.026) and Platanus acerifolia (p = 0.017). There was no correlation between the results of ITD and specific IgE. Conclusion: We can conclude that correlation between different clinical signs and positive testing for some allergenic sources may occur, as well as between sensitization to pollens and the beginning, the intensity and the seasonality of dog patient clinical signs.