3 resultados para Horticultura periurbana

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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O olival de regadio tem tido grande expansão nos últimos anos no Alentejo, sendo a administração da rega mais adequada às necessidades hídricas um dos fatores determinantes da sua boa gestão. No presente trabalho, avaliou-se a resposta de duas variedades de Olea europaea, Cobrançosa e Arbequina, em regime intensivo e super- intensivo, respetivamente, a duas dotações de rega, a normalmente utilizada pelo agricultor (RA) e outra experimental, com dotações acima (RA+) ou abaixo (RA−) das praticados em RA. Mediram-se os principais parâmetros hídricos das plantas e o teor em clorofilas, e registou-se a assinatura espectral em folhas adultas e jovens, ao meio- dia solar, em três épocas do ano, primavera, final do verão e inverno de 2011. Em Outubro foi feita a colheita, tendo-se quantificado a produção em termos de produção total e teor de óleo na matéria seca, e a qualidade do azeite em termos de acidez e oxidação. Face aos resultados, conclui-se que no olival intensivo de Cobrançosa, na rega experimental (RA+), acima da praticada pelo agricultor, não se verificou diferenças significativas na produção total nem no teor de óleo na matéria seca. Não se verificaram também diferenças significativas entre as regas nos parâmetros hídricos avaliados. Quanto ao olival super-intensivo de Arbequina, a rega experimental (RA−), deficitária relativamente à do agricultor (RA), acarretou menor produção, associada a menor teor relativo de água nas folhas, potenciais hídricos mais negativos e menor condutância estomática no final do verão e inverno, mantendo-se no entanto o teor de óleo nos frutos. O teor em clorofilas e alguns índices de vegetação foram influenciados pelo regime de rega apenas em algumas das datas. Nos dois olivais, as regas experimentais não influenciaram a qualidade do azeite, tendo-se obtido azeites extra virgem com propriedades semelhantes aos das modalidades RA. O estudo prossegue em 2012.

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A pegada hídrica de uma cultura representa o volume de água necessário para produzir, relacionando as necessidades hídricas da cultura com a produção. As suas componentes, pegadas hídricas azul, verde e cinzenta, referem-se respectivamente aos volumes de água superficial e subterrânea, precipitação e de água necessária para assimilar a poluição utilizados pela cultura. A determinação das pegadas hídricas azul e verde é normalmente conseguida através da estimativa da evapotranspiração cultural, aplicando coeficientes culturais a uma evapotranspiração de referência, calculada a partir de dados meteorológicos. No presente estudo foram utilizadas medições da evapotranspiração para estimar a pegada hídrica de um olival super-intensivo na região de Évora. As necessidades hídricas foram medidas utilizando um método de fluxo de seiva para determinar a transpiração e o método micrometeorológico das flutuações instantâneas para medir directamente a evapotranspiração. Esta técnica foi utilizada durante um período de tempo limitado, enquanto as medições do fluxo de seiva, que foram efectuadas para períodos alargados, permitiram a extensão dos registos. A evapotranspiração medida directamente apresentou valores de cerca de 3 mm d-1 e o quociente entre evapotranspiração real e evapotranspiração de referência é próximo de 0,6 para o mesmo período. Comparou-se a estimativa da pegada hídrica obtida com o procedimento habitual com a resultante de medições in-situ e utilizando técnicas de deteção remota. A pegada hídrica do olival sob estudo foi inferior às simulações encontradas na literatura, o que pode ser explicado por diferenças na densidade de plantação, produção e gestão da rega. O olival em estudo obteve uma produção elevada, com um azeite que preencheu as características essenciais à classificação de azeite extra virgem, o mais valorizado, o que contraria o efeito do elevado consumo de água, resultando numa pegada hídrica inferior à de olivais não regados ou com menor densidade de plantação.

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The impact of different irrigation scheduling regimes on the water use, yield and water productivity from a high-density olive grove cv. Cobrançosa in southern Portugal was assessed during the irrigation seasons of 2011, 2012, 2013 and 2014. The experiments were conducted in a commercial olive orchard at the Herdade Álamo de Cima, near Évora (38o 29' 49.44'' N, 7o 45' 8.83'' W; alt. 75 m) in southern Alentejo, Portugal. The orchard was established with 10-year old Cobrançosa trees in grids of 8.0 x 4.2 m (300 trees ha-1) in the E-W direction, and experiments conducted on a shallow sandy loam Regosoil Haplic soil. From mid-May to the end of September the orchard was irrigated and three plots were subjected to one of two irrigation treatments: a control treatment A, irrigated to replace 100% ETc, a moderate deficit irrigation treatment B irrigated to 70% of ETc, and a more severe deficit irrigation treatment C that provided for approximately 50% of ETc. Daily tree transpiration rates were obtained by continuously monitoring of sap flow in representative trees per treatment. Among the irrigated treatments, water use efficiency (WUE, ratio of water used to irrigation- water applied) of treatment C was the highest, with a value of 0.89, being treatment B slightly lower, with a WUE of 0.76. Olive harvest for 2012 was an exceptional “on year”. Bearing yields showed contrasting differences within years where an “on year” was followed by an “off year”. In 2011 and 2012 treatment B yields were 41 and 50% higher than treatment C, respectively. In 2013 treatment B yield was 45% higher than yield of the fully irrigated treatment A, and treatment C showed practically the same yield than treatment A. In the “on year” of 2014 treatment B averaged 48% higher yield than treatment C. Treatment B farm irrigation water productivity (WPI-Farm, ratio of yield to water applied) was the highest among all treatments. Treatment A showed the lowest conversion efficiency of all treatments, indicating treatment B as the adequate deficit irrigation treatment for our Cobrançosa orchard