3 resultados para Fortalezas
em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal
Resumo:
As fortalezas abaluartadas de Mazagão, Ceuta e Diu. Implantação e relação com o território
Resumo:
No nordeste da Roménia, na antiga província da Moldávia e próxima da fronteira com a Ucrânia, encontra-se Bucovina, uma região histórica de frequentes ocupações e constantes divisões, disputada por vários povos (dácios, citas, sármatas, romanos, godos, hunos, avaros, eslavos, otomanos, tártaros, mongóis, …). Tem a maior concentração de mosteiros e igrejas, cerca de 20, decoradas no interior e exterior com frescos religiosos. Na época em que Bucovina era devastada por invasões do império Otomano, as igrejas ocupavam a zona central das fortalezas – posteriormente adaptadas em mosteiros – onde as tropas e a população se reuniam. A maioria era analfabeta e com dificuldade em entender a complexa liturgia ortodoxa que se praticava naqueles tempos. No século XIII, Petrus Rares, filho do Stephen III Muşat (1457-1504), um dos santos mais célebres na ortodoxia da Roménia, converteu as paredes interiores e exteriores das igrejas em autênticas bíblias ilustradas, com frescos relatando as histórias de santos e de mártires, além das crónicas épicas da luta contra os otomanos, com o objetivo de fortalecer o espírito da população. Os frescos conjugam os dogmas ortodoxos, a seriedade expressiva da pintura bizantina e a vivacidade da arte popular local. Grande parte das pinturas exteriores ainda se encontram em bom estado de conservação com exceção das fachadas orientadas a norte, deterioradas pela chuva e pelo vento frio. De uma forma geral os frescos do exterior são semelhantes, com três representações principais: a) O Juízo Final, com a ressurreição dos mortos e o julgamento dos justos e dos pecadores. b) A árvore de Jessé, que representa a genealogia de Jesus e a ligação entre o velho e o novo testamento. c) O cerco de Constantinopla (1453) representada normalmente junto à porta de entrada da igreja. Efetua-se uma breve análise, tendo por base a interpretação popular dos frescos exteriores das igrejas dos mosteiros de Suceava (1522) e Voronet (1487). Devido à importância artística e histórica dos frescos, as duas igrejas estão inscritas na lista de Património da Humanidade da UNESCO em 2010 e 1993, respetivamente.
Resumo:
O presente artigo tem por base a investigação desenvolvida em âmbito de doutorameto sobre as fortalezas de Ceuta e de Mazagão, as primeiras fortificações abaluartadas construídas no Norte de África pelos portugueses na década de 1540. Apesar de corresponderem a conjuntos com diferentes configurações, adaptados ao contexto em que se inserem, as duas fortificações possuem importantes características em comum no que respeita às lógicas arquitectónicas em que se baseiam, às tipologias utilizadas, às relações que estabelecem com o território envolvente e ao modo como as pré-existências integram a construção. Construídas na sequência das experiências mais avançadas, desenvolvidas em grande parte pelos arquitetos italianos, estas fortificações integram a primeira linha do processo de evolução da arquitetura militar internacional. Entre os principais modelos que podemos reconhecer como referência na concepção das fortificações de Ceuta e de Mazagão, tendo em conta algumas das suas características mais significativas, destacam-se obras como a Fortaleza velha de Livorno, de Giuliano da Sangallo, a Fortaleza da Basso, em Florença, de António da Sangallo-o-novo e o Castelo San Telmo, em Nápoles, de Pedro Luìs Escrivà.