Envolvimento dos Alunos na Escola: Conceito e Rela����o com o Desempenho Acad��mico - Sua Import��ncia na Formação de Professores

O conceito de envolvimento dos alunos na escola tem vindo a ser colocado no cerne das discuss��es relacionadas com o sucesso acad��mico e com o abandono escolar. Este estudo faz uma revis��o de literatura acerca deste conceito e das suas rela����es com o desempenho acad��mico, destacando a sua import��ncia no ��mbito da formação de professores. V��rios estudos sustentam que a falta de envolvimento dos alunos aparece associada ao baixo desempenho acad��mico, a problemas de comportamento e ao abandono escolar. O envolvimento dos alunos na escola apresenta-se, na literatura revista, como uma resposta eficaz para os problemas que afetam as escolas e os seus alunos, como um aspeto a ter em conta na preven����o de padr��es de comportamento problem��tico em contexto escolar e, portanto, como um conceito transdisciplinar de elevada import��ncia na formação de professores.

Avalia����o Formativa e Formação de Professores. Um estudo explorat��rio

O contexto educativo atual �� cada vez mais diversificado, mais condicionado por condi����es econ��micas dif��ceis que potenciam desigualdades no sistema educativo e por novas realidades culturais e sociais a que a Escola e os professores n��o podem ser alheios. O sucesso escolar �� atingido de formas cada vez mais diversificadas inutilizando o conceito de escola de massas e requerendo uma escola inclusiva. A pr��tica letiva prev�� a diversifica����o de metodologias de ensino e aprendizagem. A avalia����o formativa reveste-se de vital import��ncia neste ��mbito, uma vez que se provou que a sua utiliza����o melhora o sucesso escolar, como atestam estudos realizados por Paul Black and Dylan Wiliam (King���s College London School of Education). No presente texto, apresenta-se o resultado de um estudo realizado numa escola do Alentejo, em que participaram quinze professores do 2.�� e 3.��ciclos das disciplinas de L��nguas Estrangeiras, L��ngua Portuguesa e Matem��tica. Tendo como instrumento de recolha dados um inqu��rito por question��rio, procur��mos conhecer as perce����es dos professores sobre a avalia����o das aprendizagens dos alunos, designadamente a avalia����o formativa e de que forma os professores est��o envolvidos em pr��ticas de avalia����o formativa. Procur��mos ainda saber em que medida a formação de professores contempla a avalia����o formativa e se os professores sentem necessidade de formação nesta ��rea. Ser��o, ainda, tecidas algumas reflex��es a partir dos resultados obtidos.

Hist��rias de vida e formação de professores/as: di��logos entre Brasil e Portugal

A presente tese problematiza a formação de professores/as, buscando sentidos de uma racionalidade instituinte que incorpore a vida dos sujeitos, em toda sua complexidade existencial, como componente fundamental do processo formativo. Num contexto de investiga����o-formação, tomamos as biografias educativas de seis professoras do Primeiro Ciclo do Ensino B��sico, em Portugal, e seis dos primeiros anos do Ensino Fundamental, no Brasil como uma alternativa te��rico-metodol��gica na tematiza����o da vida como espa��o/tempo de formação. No desenvolvimento, encontramos vest��gios de que o processo formador se torna intelig��vel numa perspectiva que entretece os diferentes epis��dios em tessitura, onde as intrigas s��o articuladas na experi��ncia narrativa. Reafirmamos, tamb��m, o sentido da doc��ncia como "lugar de mem��ria", a contribui����o do registro da hist��ria de vida, transformando biografia em heran��a e a perspectiva dial��gica da aprendizagem que se d�� quando nos confrontamos com o outro de quem, dialecticamente, nos ligamos e nos distanciamos, mediados por desejos e desafios. ### Abstract - The present thesis discusses the formation of teachers, looking for senses of a founding rationality that incorporates the life of individuals in all its existential complexity as a fundamental component in the formation process. In an investigation-formation context, we took the educational biographies of six teachers from Portuguese Elementary Schools, and six teachers from Brazilian Elementary Schools, as a theoretical-methodological alternative on the theme of life as space/time of formation. In the development, we find indications that the formation process becomes comprehensible under a perspective that interlaces different episodes, where the intrigues are articulated in the experience narrative. We also reassert the teaching sense as being "the memory place", the registry contribution of life history, converting biography into legacy, and the learning dialogical perspective that happens when we confront ourselves with the other, from whom, dialectically speaking, we are close to and far-off, mediated by longings and challenges.

A gest��o das vontades e das capacidades de aprender, no ��mbito da formação de professores do 1�� Ciclo do Ensino B��sico da Universidade de ��vora

Gerir a vontade e a capacidade de aprender nem sempre s��o vari��veis que fazem parte da mesma equa����o pedag��gica nas institui����es de ensino superior. Esta constata����o serviu de base para esta reflex��o que traduz a gest��o curricular realizada no ��mbito do Curso de Formação de professores para o 1�� Ciclo do Ensino B��sico da Universidade de ��vora.

Hist��rias de Vida e Formação de Professores: di��logos entre Brasil e Portugal

Ser professor �� uma circunst��ncia vital que une milh��es de seres humanos em todo o planeta. Mais do que uma quest��o profissional, a condi����o de professor remete-nos para uma dimens��o que cont��m valores, atitudes, comportamentos e decis��es em que todos os professores encontram um eco unificador, apresar das peculiares manifesta����es pr��prias da personalidade e da coordenada geogr��fica social, cultural e hist��rica de cada indiv��duo. Esta obra traz-nos um pequeno conjunto de fragmentos desse universo existencial, concomitantemente singular e comum. Percorrer, com a necess��ria e imprescind��vel calma, as palavras de In��s Bragan��a, saboreando, com tranquilidade, as hist��rias de vida que est��o dispon��veis no livro, permitir�� a cada leitor conhecer percursos vitais de extraordin��ria riqueza humana e de enorme potencial de aprendizagem.

A gest��o curricular na formação de professores do 1�� Ciclo do Ensino B��sico da Universidade de ��vora

Descri����o da abordagem curricular que se concretizou no ��mbito da leciona����o de algumas unidades curriculares aos Cursos de Formação de Professores do 1�� Ciclo do Ensino B��sico da Universidade de ��vora.

Experi��ncia da formação conjunta: um exemplo de gest��o curricular no ��mbito da formação de professores na Universidade de ��vora

Descri����o do processo de gest��o curricular realizado no ��mbito dos Cursos de Licenciatura em Ensino B��sico-1�� Ciclo e de Complemento de Formação Cient��fica e Pedag��gica para o mesmo n��vel de escolaridade na Universidade de ��vora.

Entre a arte e o engenho: a formação de professores do ensino prim��rio em ��vora (1884-1919)

O presente texto pretende dar um contributo para o estudo da formação de professores do ensino prim��rio em ��vora, nos finais do s��culo XIX e as duas primeiras d��cadas do S��culo XX. Para tal, imp��e-se-nos enquadrar a formação de professores do ensino prim��rio em Portugal, caracterizar a rede escolar e os professores do distrito de ��vora da segunda metade do S��culo XIX e, a partir da��, descrever o funcionamento da Escola Normal de 2a classe de ��vora, estabelecida no edif��cio da Igreja de S. Pedro e inaugurada em 1884. Ap��s uma curta exist��ncia de oito anos, esta escola foi encerrada e deu lugar �� Escola Distrital de Habilita����o para o Magist��rio Prim��rio de ��vora, criada em 1896. Apesar de alguma instabilidade institucional (com mudan��as nos curricula e na dura����o da formação), entre 1884 e 1919, estas duas escolas habilitaram dezenas de professores do ensino prim��rio que leccionaram no distrito de ��vora. Between art and ability: The primary teachers' formation in ��vora (1884 -1919). ABSTRACT: The following text has the purpose of contributing for the study of primary teachers' formation in ��vora by the end of the nineteenth century and the first two decades of the twentieth century. Therefore, we first need to understand the frame given by the teachers' formation of the primary school in Portugal, to characterize the school network and the teachers of ��vora district of the second half of the nineteenth century and, from that, describe the function of Escola Normal de 2a classe of ��vora, established in the building of S. Pedro's church and first opened in 1884. After a short eight years of existence, this school was closed and gave place to Escola Distrital de Habilita����o for the Magist��rio Prim��rio of ��vora, created in 1896. Despite some institutional instability (with changes in the curricula and length of the formation), between 1884 and 1919, this two schools qualified several primary teachers for the district of ��vora.

A formação de professores em Portugal e o processo de Bolonha

Um dos mais importantes objetivos do Processo de Bolonha em Portugal foi garantir a qualidade da formação dos cidad��os. Mas este compromisso de qualidade s�� se tornar�� evidente caso se garanta uma formação de professores que atenda de forma adequada a esta exig��ncia. A reestrutura����o da formação inicial de professores no ��mbito das reformas implementadas pelo Processo de Bolonha, em Portugal culminou com a publica����o do Decreto-Lei n��43/2007, que promove relevantes transforma����es relativamente aos modelos anteriores. Nomeadamente a estipula����o da habilita����o profissional, conferida agora pelo grau de Mestre, como condi����o indispens��vel para o exerc��cio da doc��ncia, seja em que n��vel ou ��rea de ensino for. Ou seja, o mestrado profissionalizante deixou de ser considerado como uma formação p��s-graduada para passar a fazer parte integrante da formação inicial de professores. Neste texto, apresentamos uma reflex��o sobre marcos contextuais e legislativos da hist��ria da formação de professores em Portugal, fazendo uma aprecia����o das altera����es introduzidas pelo Processo de Bolonha.

Impacte do programa de formação em ensino experimental das ci��ncias nas conce����es e pr��ticas de professores do 1�� ciclo do ensino b��sico

Numa ��poca em que nos regemos, cada vez mais, pela Ci��ncia e Tecnologia �� fundamental que os cidad��os estejam devidamente informados, exercendo uma cidadania plena, tomando decis��es fundamentadas e intervindo na sociedade. Para viabilizar estes intentos, �� importante que a educa����o cient��fica se inicie nas escolas o mais cedo poss��vel, para a edifica����o de futuros cidad��os cientificamente literatos. Apesar das dificuldades manifestadas pelos professores na implementa����o do ensino das Ci��ncias nas escolas do 1.�� Ciclo do Ensino B��sico (1.�� CEB), s��o v��rias as potencialidades que t��m vindo a ser atribu��das a este campo curricular. Com este estudo pretendeu-se descrever e interpretar as conce����es de ensino e aprendizagem de professores do 1.�� CEB, no contexto do Programa de Formação em Ensino Experimental das Ci��ncias (PFEEC), bem como averiguar como implementam as atividades pr��ticas de ��ndole experimental e investigativo em sala de aula, e quais as dificuldades sentidas durante a sua realiza����o. Para atingir estas finalidades, utilizou-se uma abordagem metodol��gica de orienta����o interpretativa, de base naturalista, recorrendo-se ao m��todo de estudo de casos m��ltiplos, fazendo-se uso de distintos instrumentos de recolha de dados: observa����o naturalista, entrevistas, notas de campo e documentos escritos. Participaram neste estudo tr��s professoras do 1.�� CEB, pertencentes a duas escolas do concelho de Faro. Os resultados evidenciaram que a maioria das conce����es das professoras relativamente ��s categorias edificadas foram modificadas ap��s a frequ��ncia do PFEEC. Contudo, outras aparentam estar fortemente enraizadas. Estas mudan��as que ocorreram parecem estar relacionadas com a modifica����o das a����es, atitudes e sentimentos das professoras que se coadunaram com a metodologia de trabalho defendida pelo PFEEC, culminando na modifica����o das suas pr��ticas letivas. Durante a planifica����o e implementa����o das atividades as professoras manifestaram algumas dificuldades e constrangimentos. Todavia, no decorrer do PFEEC, estes obst��culos foram sendo minimizados; IMPACT OF A TRAINING PROGRAMME ON THE CONCEPTIONS AND PRACTICES OF PRIMARY SCHOOL TEACHERS ABSTRACT: In an era in which we are governed, more and more, by Science and Technology, it is fundamental that citizens are properly informed; exercising full citizenship; making fundamental decisions and intervening in society. To enable these intentions, it is important that scientific education takes place in schools as soon as possible, so as to edify future scientifically literate citizens. Despite the teachers' difficulties in implementing Science teaching in Primary Schools, there are many potentialities that have come to be attributed to this curricular field. This study is intended to describe and interpret science learning and teaching conceptions of the Primary School teachers, in the context of the Training Programme in Experimental Science Teaching (PFEEC), as well as determine how they implement the experimental science and inquiry based learning activities in the classroom, and take into account what experienced difficulties occur during their execution. To reach these goals, a methodological approach of interpretive orientation, on a naturalistic basis, using a method of multiple case study, by means of distinct data collection tools was used: naturalistic observation, interviews, field research notes and written documents. Three Primary School teachers of the municipality of Faro took part in this study. The results showed that the majority of the teachers' conceptions in relation to the edified categories were modified after the attendance of the PFEEC. However, others seem to be deeply rooted. These changes that occurred seem to be related to the modification of actions, attitudes and feelings of the teachers who complied with the work methodology defended by the PFEEC, culminating in the modification of their session practices. During the planning and implementation of the activities, the teachers showed some difficulties and constraints. Nevertheless, during the PFEEC, these obstacles were minimized.

A formação inicial e desenvolvimento profissional de educadores/professores monodocentes: os desafios do isomorfismo pedag��gico

Neste texto trazemos a campo uma reflex��o sobre o modo como concebemos a doc��ncia e desenvolvemos o trabalho na formação inicial e cont��nua de educadores-professores na Universidade de ��vora. Fazemo-la a partir das nossas viv��ncias e pr��ticas, na formação inicial e cont��nua de educadores de inf��ncia (EI) e professores do 1�� Ciclo do Ensino B��sico (1�� CEB) ao longo dos ��ltimos quinze anos. Invocamos a nossa participa����o enquanto membros integrados numa equipa mais alargada de docentes, partilhando a adequa����o do que vamos fazendo face ao perfil de educador/professor para o qual pretendemos contribuir, n��o apenas porque ele est�� legislado, mas tamb��m porque nos pautamos pela mais recente investiga����o em educa����o infantil, perseguindo nesta etapa da constru����o da profissionalidade docente, aquelas que consideramos serem as mais prementes necessidades da sociedade no s��c. XXI. Focalizamos esta reflex��o no caso particular dos educadores de inf��ncia (professores da educa����o infantil dos 0 aos 6 anos) e dos professores do 1.�� ciclo do ensino b��sico (CEB) (1�� a 4�� s��rie do ensino fundamental dos 6 aos 10 anos), ou seja, monodocentes porque s��o professores que se encarregam das aprendizagens curriculares das crian��as contemplando v��rias ��reas do saber, cuja abordagem integradora �� da sua responsabilidade. Iniciamos com uma breve apresenta����o, daqueles que pensamos serem os desafios do mundo atual que se colocam aos professores e �� sua formação profissionalizante. Fundamentamos a nossa an��lise da formação inicial de educadores/professores na Teoria da Atividade (TA) de Leontiev (1978), mais tarde desenvolvida por Engestr��m (2001), entre outros, a partir das ideias de Vygostsky (1994). Partindo do pressuposto que a aprendizagem se d�� por um processo de participa����o em pr��ticas sociais que cont��m o conhecimento constru��do ao longo da hist��ria dos homens, recorremos ao conceito de isomorfismo pedag��gico (Niza, 2009) para (re)pensar os contextos e os processos em que os estudantes de formação de professores se apropriam e constroem o conhecimento profissional. Nesta partilha sobre a formação para a doc��ncia evidenciamos igualmente a import��ncia das interac����es que mantemos com o Movimento da Escola Moderna (MEM) portuguesa, um movimento de professores com um patrim��nio ��nico na constru����o do saber profissional: ���O Movimento da Escola Moderna tem procurado investir a experi��ncia dos professores, do ponto de vista te��rico e conceptual, contribuindo para o desenvolvimento cient��fico da profiss��o docente��� (N��voa, 1992, p. 25 ). Apontamos assim para as op����es estrat��gicas que temos vindo a desenvolver no sentido de procurar o isomorfismo pedag��gico, capaz de sustentar esta formação de educadores/professores, de os estimular para um papel novo no contexto actual e de, enquanto docentes neste percurso profissionalizante, nos desafiarmos a reflex��es permanentes em desejadas e constru����es de conhecimento tornadas poss��veis porque realizadas em conjunto com os nossos alunos, docentes cooperantes e parcerias institucionais.