3 resultados para Estratégias de leitura
em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal
Resumo:
Este estudo visa descrever e analisar comparativamente as estratégias de leitura desenvolvidas por um grupo de educadoras a trabalhar em estabelecimento educativos, nos quais está a ser desenvolvido o Plano Nacional de Leitura e por outro grupo no qual não está implementado este projeto. Para o efeito realizamos um estudo de caso em quatro salas do ensino pré-escolar frequentadas por crianças de cinco anos de idade. Neste estudo, foram utilizadas várias técnicas e instrumentos de recolha de dados. Assim sendo, realizámos entrevistas às educadoras, observação naturalista às mesmas a lerem histórias às crianças, aplicámos questionários a nível nacional e também aplicámos inquéritos às crianças dos grupos destas educadoras, com o objetivo de detetarmos quais as suas atitudes perante a leitura de histórias. Os resultados mostram-nos que apesar de existirem nos estabelecimentos onde se encontra a decorrer o Plano Nacional de Leitura mais livros e equipamento informático que naqueles aonde este projeto ainda não foi implementado isso não é sinónimo de mais e melhores práticas nem melhores resultados na promoção da literacia junto das crianças. ABSTRACT: This Study is a comparative analysis of the literacy strategies employed by two groups of teachers; one that follows the National Reading Project and another one that does not. The case study was conducted in four preschool classrooms with five-year old children. Several data collection techniques were used; teacher interviews, naturalistic observations in the classrooms during read-aloud, teacher questionnaires, and student questionnaires to describe Literacy beliefs and practices. The results show that, even though there are more books and e-learning resources in classrooms where the National Reading Project is implemented, this does not translate into more and better Literacy practices or in better promotion of reading attitudes in children.
Resumo:
Ler é muito mais do que descodificar sinais e atribuir-lhes significado. Ler supõe ser-se detentor de uma capacidade de interpretar criticamente a informação recebida, interrelacionando-a com a informação de que se já é possuidor e utilizando-a para construir conhecimento em contextos inova-dores (Raphael, Pardo & Highfield, 2002; Vogt & McLaughlin, 2005). Os textos, como sublinhou Eco (1993), jamais se apresentam como meca¬nismos que explicitam a totalidade da informação de que são possuidores. Repletos de espaços em branco e de interstícios a preencher, eles afiguram¬-se a mecanismos económicos ou a máquinas de gerar interpretações, que requerem, da parte dos seus leitores, uma cooperação interpretativa ativa e interveniente. É ao leitor que competirá, com base no seu conhecimento do mundo e na sua competência enciclopédica, completar tudo aquilo que os textos não dizem, mas prometem, sugerem, entredizem, indiciam. Ora, os textos literários, pela sua natureza polissémica e pela profunda articulação entre os códigos do conteúdo e os códigos da forma, encontram¬-se repletos de espaços em branco, apelando deliberada e intencionalmente à cooperação interpretativa dos seus leitores. Ao longo deste capítulo, vamos refletir acerca das características de um leitor competente e crítico, explicitando estratégias didáticas para o promover em contexto de sala de aula.
Resumo:
A informação que aparece sistematizada neste capítulo tem como finalidade o estudo da gestão da sala de aula pelos professores, apresentando perspetivas teóricas e investigações empíricas que permitam a sua compreensão e promoção, à luz de contributos situados, sobretudo, no âmbito da Psicologia da Educação. Depois de uma primeira parte a incidir na teoria, apresenta-se uma segunda parte dedicada à investigação e uma terceira parte de aplicação prática. Na primeira parte, as competências de gestão da sala de aula são consideradas na sua multi- dimensionalidade, gestão de conteúdos, gestão de comportamentos e gestão de conflitos. Competências comunicacionais na gestão da sala de aula são descritas no âmbito do Modelo Comunicacional Eclético (MCE), dado que este modelo fornece conceitos, procedimentos e estratégias que, pela sua abrangência e facilidade de aplicação, agilizam a compreensão dos processos que caraterizam as interações na sala de aula. Competências de organização dos espaços e dos tempos aparecem também contempladas, no âmbito da teorização apresentada. Na segunda parte, descreve-se um conjunto de investigações acerca da gestão da sala de aula, diferenciadas em estudos de caraterização e de avaliação, estudos sobre a gestão da sala de aula como variável independente, e estudos sobre a gestão da sala de aula como variável dependente. Na terceira parte, incluem-se propostas de atividades mais práticas e, ainda, sugestões de leitura de aprofundamento do tema gestão da sala de aula, bem como indicações de recursos online.