2 resultados para Ecologia dos rios - Grande, Ilha (RJ)

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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A temática proposta como objeto de estudo na presente tese, é o resultado de uma investigação dedicada ao fenómeno de utilização da imaginária processional nos cortejos de penitência de pendor franciscano, nos séculos XVII a XX na ilha de S. Miguel, Açores. Este tipo de manifestações religiosas, particularmente característico no espaço Iberoamericano, evidencia-se pela originalidade cenográfica, na qual são utilizados vestuário e adereços cénicos como complementos dos respetivos conjuntos escultóricos, as denominadas imagens de vestir. No arquipélago dos Açores, a Venerável Ordem Terceira da Penitência teve um papel de grande importância na organização destes eventos processionais, sendo que as ilhas de S. Miguel e da Terceira representam atualmente um dos últimos redutos na organização de procissões penitenciais, com recurso à utilização de imagens de vestir. No caso especifíco de S. Miguel, este tipo de imaginária pode ser ainda observada nos acervos de algumas das antigas igrejas conventuais da Ordem dos Frades Menores existentes nesta ilha, bem como na única procissão oriunda do espírito penitencial da Ordem Terceira, que se realiza anualmente na cidade da Ribeira Grande. O estudo agora apresentado pretende compreender as diversas componentes da utilização deste tipo de imaginária, bem como o registo do legado patrimonial que os seculares franciscanos perpetuaram até à atualidade, materializado num processo de patrimonialização das suas imagens de vestir, expresso na dicotomia entre os objetos, enquanto matéria, e as suas realidades biográficas, ligadas às comunidades de Terceiros que estiveram por detrás do uso destas imagens processionais; ABSTRACT: Religious sculptures for dressing of the Third Procession: history, concepts, typologies and traditions - A Franciscan heritage legacy in the island of S. Miguel, Azores, between the 17th and 19th centuries. The theme proposed as object of study in this thesis is the result of a research dedicated to the custom of adorning religious sculptures and displaying them in Franciscan penitential processions between the seventeenth and twentieth centuries, in the island of S. Miguel, Azores. This type of religious expression, particularly characteristic in the Ibero-American space, featuring up by scenic originality, in which clothing and scenic props are used to complement the respective sculptural groups, called religious sculptures for dressing. In the Azores, the Venerable Third Order of Penance had a major role in organizing these processional events, and the islands of S. Miguel and Terceira currently represents one of the last holdouts in organizing penitential processions, with the use of religious sculptures for dressing. In the case of S. Miguel, this type of imaginary can still be seen in the collections of some of the ancient Order of the convent churches of the Friars Minor existing on this island, and the only procession coming from the penitential spirit of the Third Order, which is held annually in the city of Ribeira Grande. The study now being presented aims to understand the various components of the use of such imaginary, and the recording of heritage legacy that the Franciscan secular perpetuated to the present day, materialized in a patrimonialization process of their dress images, expressed in the dichotomy between objects, as matter, and their biographical realities, linked to third-party communities that were behind the use of these processional images.

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O crescimento da população gerou a ocupação de grandes áreas da superfície terrestre que provocaram alterações nas paisagens naturais. A apropriação desordenada do território, tendo em conta os espaços urbanos e rurais, trouxe vários impactos negativos ao meio ambiente. As linhas de água são os ecossistemas mais utilizados pelo homem ao longo da história, pela água, pesca, transporte, … e que simultaneamente vai modelando a paisagem pelas alterações do estado físico e modificações nas superfícies por onde corre. O sistema ribeirinho é constituído por vários ecossistemas, relacionados entre si e que são identificados transversalmente. Ao longo do ano é possível identificar, numa linha de água, três níveis: o de cheia durante o escoamento máximo anual no período das chuvas, o médio ao longo do ano e o de estiagem com o escoamento mínimo no pico do verão. Nas margens, a zonagem das espécies ripárias, está relacionada com a altitude, a unidade bioclimática, a distância do “eixo de humidade”, a geomorfologia, o tipo de solos e a matéria orgânica, entre outros fatores. Nas galerias ripícolas do Alentejo são frequentes cinco comunidades vegetais com grande diversidade de espécies, cujas presenças estão relacionadas com os níveis de água ao longo do ano e o tipo de solo: a) Choupais (Populus nigra), em solos sujeitos a prolongados encharcamentos. b) Salgueirais de borrazeiras pretas (Salix atrocinerea), em ribeiras com regime torrencial. c) Amiais (Alnus glutinosa), em solos com toalha freática à superfície. d) Freixiais (Fraxinus angustifolia) em solos húmidos, a comunidade mais comum no Alentejo. A vegetação marginal constitui um sistema elástico importante na proteção mecânica das margens contra o desgaste normal das águas, porque as mantêm seguras, protege o leito, favorece a riqueza piscícola e purifica as águas. Na proteção com sistemas rígidos e impermeáveis, verifica-se um elevado custo e estabilidade ameaçada nos pontos de contacto com as margens naturais, impede a comunicação natural entre a água que corre no leito do rio e a que se desloca em toda a largura do vale, provocando alterações no lençol freático. São vários, os valores associados à paisagem ribeirinha e, a titulo de exemplo, destacam-se: a) Simbólico: o Taj Mahal nas margens do rio Yamuna em Agra – Índia, classificado como Património da Humanidade pela UNESCO (1980) e a ponte Hintze Ribeiro destinada a unir as margens de Entre-os-Rios, em Penafiel e Castelo de Paiva, sobre o rio Douro e que colapsou em 4 de março de 2001, num acidente que provou 59 mortes. b) Histórico: a ponte medieval de San Martín (séc. XIV.) em Toledo – Espanha; o açude e termas romanas do séc. I a IV a.C., na Herdade de Almagrassa (Pisões) – Portugal e a villa romana da Tourega (séc. I a IV) que pertenceu ao senador Julius Maximus (Ivlivs Maximvs), como consta da lapide funerária encontrada na N. Sra. da Tourega (Évora) – Portugal. c) Mítico: a ponte romana em Cangas de Onís com a Cruz de la Victoria no principado de Astúrias – Espanha. d) Cultural: a atividade diária nas margens do rio Kottayam no distrito de Kerala – Índia; um fim de semana na margem do rio Danúbio na cidade de Viena – Aústria; as várzeas de rios goeses: Loutulim (Rio Zuari), Benaulim (represa de Komollam Tollem) e Betul (rio Sal) (Goa) – Índia e várzeas de rios cingaleses (região de Kandy) – Sri Lanka. e) Turístico: o palácio real de verão mandado construir pelo marajá Jagat Singh II (1734-1751) na ilha de Jag Niwas (1,5 ha) no lago Pichola. No fim da década de 60, tornou-se num dos mais famosos hotéis românticos do mundo, o Lake Palace Hotel – Índia e a queda de água de Karpuzkaldiran próximo da cidade de Antalya, cujo acesso é feito por escadas ou de barco – Turquia.