3 resultados para DITADURA
em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal
Resumo:
Este trabalho visa estabelecer uma análise comparativa entre Dinossauro Excelentíssimo de José Cardoso Pires e El Otoño del Patriarca de Gabriel García Márquez. Pretende-se, com esta análise, observar a forma como o personagem do ditador é retratado nas duas obras, através dos seus pontos comuns, assim como nas suas diferenças. Para tal, procedemos a uma breve contextualização histórica de modo a destacar a importância da ditadura como matéria literária. O segundo capítulo abordará a recriação do conto oral, bem como, a utilização da paródia e da ironia como forma de mascarar o discurso do ditador. O terceiro capítulo encerra a análise comparativa, para concluir como a (re)construção do personagem do ditador surge como uma forma de descredibilizar o ditador e o poder totalitário; Abstract: – The (re)construction of the dictator in Dinossauro Excelentíssimo and El Otoño del Patriarca. This work aims to establish a comparative analysis between Dinossauro Excelentíssimo of José Cardos Pires and El Otoño del Patriarca of Gabriel García Márquez. The aim of this analysis is to observe how the character of the dictator is depicted in both works, through their common points, as well as in their differences. To this end we weld a brief historical contextualization in order to highlight of the dictatorship as a literary subject. The second chapter will deal with the recreation of the oral tale, as well as the use of parody and irony as way of masking the speech of the dictator. The third chapter closes the comparative analysis to conclude how the (re)construction of the character of the dictator emerges as a way to discredit the dictator and the totalitarian power.
Resumo:
Esta publicação aborda, pela primeira vez de um modo mais concentrado, a trajectória de Helena Roque Gameiro (Lisboa, 1895 - Lisboa, 1986). Aguarelista e professora de Desenho, Pintura e Artes Aplicadas, Discípula de seu pai, Alfredo Roque Gameiro (1864-1935), seria mestra muito jovem, aos 14 anos no atelier da Rua D. Pedro V, em Lisboa. Expôs em diversos salões da Sociedade Nacional de Belas-Artes, individualmente e com o seu pai e sua irmã Raquel e irmão Manuel. Em 1919 foi contratada como a primeira professora da Escola de Artes Aplicadas de Lisboa que viria a dar origem à actual Escola Artística António Arroio. Juntamente com seu pai expôs, com muito sucesso, no Rio de Janeiro e em São Paulo, em 1920. Casou, em 1923, com o criador de imagens José Leitão de Barros (1896-1967) e também nesse ano expôs em Madrid. Helena Roque Gameiro viveu momentos históricos de grande riqueza e contraste. Atravessou a monarquia, a república, a ditadura e de novo a república em democracia e criou a sua própria evasão. Filiada na estética Naturalista, trilhou os seus longos caminhos até ao fim, aceitando simplesmente embelezar o mundo através das paisagens, flores e tantos outros trabalhos que as suas mãos privilegiadas conceberam. Autora de uma obra serena quer na temática, quer na técnica, em total acerto com o gosto dominante do tempo, reconhecida pelos seus pares, foi acompanhada por boa fortuna crítica e êxito comercial.
Resumo:
Estuda-se a metástase portuguesa do surrealismo que se chamou "Abjeccionismo" do ponto de vista da circunstância política da ditadura salazarista.