3 resultados para Conventos
em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal
Resumo:
RESUMO: A cidade de Lisboa acolheu vários conventos e mosteiros que, apesar de actualmente albergarem diversas funções que não a religiosa, persistem na malha urbana da cidade. As antigas cercas conventuais e monásticas que perduraram conservam-se como lugares verdes da cidade. Estas áreas na sua maioria, jardins privados. Contudo, na zona ocidente de Lisboa, duas cercas conventuais são hoje exemplos notáveis de jardins públicos. São os casos da cerca do Convento de Nossa Senhora das Necessidades - hoje o Jardim da Tapada das Necessidades -, e da cerca do Mosteiro de Nossa Senhora da Estrela - hoje o Jardim da Estrela. Este trabalho, com base no estudo do Jardim da Tapada das Necessidades e do Jardim da Estrela, e na essência do jardim português procura estabelecer uma hipótese de intervenção nas cercas de Lisboa. Assim, é proposta a recuperação da cerca conventual do Beato António como espaço de jardim público. Desta forma, este trabalho não só contribui para o conhecimento sobre as cercas conventuais e monásticas de Lisboa, como para a enunciação de uma possível metodologia de intervenção nestes conjuntos; ABSTRACT: The city of Lisbon hosted several convents and monasteries that although currently harboring various functions other than religious, persist in the city. The old convent and monastic fences that lasted are preserved as green places in town. These areas are mostly private gardens. However, in the western part of Lisbon, two conventual fences are outstanding examples of public gardens. This is the case of the Nossa Senhora das Necessidades Convent - now the Jardim das Necessidades - and of the Monastery of Nossa Senhora da Estrela - now the Jardim da Estrela. This paper, based on the study of the Jardim das Necessidades and the Jardim da Estrela, and on the essence of Portuguese gardens, seeks to establish a hypothesis of intervention on the fences of Lisbon. It is therefore proposed to recover the conventual fence of Beato Antonio as a public garden space. Thus, this thesis not only contributes to the knowledge of the Lisbon's conventual and monastic fences, as to the enunciation of a possible intervention methodology in these sets.
Resumo:
O objetivo do presente trabalho procura realizar um estudo comparativo de três conjuntos monásticos da Ordem Carmelita em Évora, de épocas de construção diferenciadas. A Ordem do Carmo surgiu no final do século XII, na região do Monte Carmelo (ordem católica cuja designação inicial era Ordem dos Carmelitas) localizado nas proximidades da cidade de Haifa pertencente ao Estado de Israel. O Patriarca de Jerusalém, Santo Alberto, propôs a sistematização de uma Regra para a Ordem do Carmo, cerca de 1209. A sua aprovação ocorreu em 1226, pelo Papa Honório III. No século XIII com as invasões árabes os religiosos migraram para o Ocidente. Posteriormente no século XVI, em Espanha, Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz efetuaram a renovação (ou reforma) do carisma da Ordem do Carmo. Surgiu deste processo um novo ramo: o ramo dos Carmelitas Descalços. A Ordem dos Carmelitas Descalços foi instituída em Portugal em 1612, data em que houve a separação os conventos portugueses dos conventos da Baixa Andaluzia. A Ordem dos Carmelitas Descalços é um ramo da Ordem do Carmo, formado em 1593, que resulta de uma reforma feita ao carisma carmelita elaborada por Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz. Os carmelitas descalços instalaram-se no séc. XVI em Évora, fora da cerca amuralhada fernandina, em local fronteiro à torre de menagem junto às Portas de Alconchel em terrenos confinantes com o antigo hospital dos leprosos de S. Lázaro. Os carmelitas descalços instalaram-se no séc. XVI em Évora, fora da cerca amuralhada fernandina, em local fronteiro à torre de menagem junto às Portas de Alconchel em terrenos confinantes com o antigo hospital dos leprosos de S. Lázaro. Após algumas vicissitudes que retardaram a fundação deste convento em Évora, vieram alguns religiosos em 1594 dando início ao primeiro convento. Este convento foi a última casa religiosa a ser construída em Évora e por esse motivo ficou vulgarmente conhecido como convento Novo. O convento de freiras da Ordem das Carmelitas Descalças, foi fundado em 13 de março de 1681. Trata-se de um convento feminino da Ordem das Irmãs Descalças de Nossa Senhora do Monte do Carmo (Carmelitas) - Província de São Filipe. O Convento do Carmo localiza-se no Largo das Portas de Moura e Rua D. Augusto Eduardo Nunes (antiga Rua da Mesquita), na freguesia da Sé e São Pedro. Foi construído na segunda metade do século XVII e não foi o primeiro desta ordem existente na cidade. A 6 de Outubro de 1531 Frei Baltazar Limpo recebeu a doação da então ermida de S. Tomé, situada extramuros, à porta da Lagoa, e sobre ela erigiu o convento. Estes três conjuntos monásticos de épocas de construção diferenciadas, entre os séculos XVI e XVII, contribuem para a riqueza patrimonial de Évora, pelas suas características arquitetónicas e também pelo rico acervo que integram.
Resumo:
O presente artigo comprova a presença de repertório italianizante nos mosteiros e conventos femininos portugueses no final do século XVIII e inícios do século XIX.Foi analisada particularmente a documentação do mosteiro cisterciense de S. Bento de Cástris (Évora) e do convento beneditino da Avé-Maria (Porto), permitindo elencar compositores e obras, acrescentando novas informações acerca da praxis musical das religiosas no período referido.