13 resultados para Convenção Quadro do Conselho da Europa sobre o Valor do Património Cultural
em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal
Resumo:
Actualmente não é incomum ouvirmos falar de projectos no sector cultural (museus, teatros, artes performativas, arte, património) que evidenciam o envolvimento de pessoas, grupos e comunidades. A participação parece suscitar o interesse de diferentes entidades (públicas e privadas) de onde resultam iniciativas de natureza muito diversa. Se é cada vez mais frequente o aparecimento de projectos culturais ditos participativos, entendemos que tem sido menos frequente a discussão sobre os modelos de participação em si: que níveis de envolvimento? Que expectativas? Que impacto? Como são avaliados? A questão afirma-se necessária: existirão em Portugal projectos intrinsecamente participativos na área cultural no sentido de uma efectiva partilha de poder e de decisão, ou apenas com elementos participativos? Em que ponto nos encontramos? Esta publicação lança algumas pistas de reflexão sobre esta temática, perspectivando um quadro comum de problemas e de desafios que atravessa diferentes instituições e espaços culturais, mas acima de tudo antevê caminhos de actuação partilhados.
Resumo:
O texto analisa o percurso da participação no contexto do aprimoramento dos instrumentos políticos de governação, de onde se destacam mais recentemente os chamados “orçamentos participativos”, cruzando depois com a trajectória da participação no campo dos museus e do património. O texto mostra não só a transversalidade que a participação dos cidadãos suscita em muitas áreas da sociedade contemporânea, como também esclarece que esta não é uma questão recente. No campo dos museus, por exemplo, o lastro recua pelo menos à década de 1970.
Resumo:
A paisagem cultural foi o tema condutor desta entrevista com Ana Paula Amendoeira, que nos apresenta a sua perspectiva sobre os problemas e os desafios presentes na discussão sobre políticas públicas para a protecção e valorização das paisagens culturais em Portugal. Directora Regional de Cultura do Alentejo desde 2013, Ana Paula Amendoeira é especialista em património histórico e paisagístico. O seu percurso é marcado pela experiência na administração pública local e regional, pela investigação no âmbito da reflexão sobre património mundial e pelo activismo associativo, nomeadamente na Comissão Nacional Portuguesa do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS Portugal). De que falamos quando nos referimos à patrimonialização da paisagem? Que constrangimentos, balanços e desafios futuros? Que contributos dos museus?
Resumo:
Actualmente não é incomum ouvirmos falar de projectos no sector cultural (museus, teatros, artes performativas, arte, património) que evidenciam o envolvimento de pessoas, grupos e comunidades. A participação parece suscitar o interesse de diferentes entidades (públicas e privadas) de onde resultam iniciativas de natureza muito diversa. Se é cada vez mais frequente o aparecimento de projectos culturais ditos participativos, entendemos que tem sido menos frequente a discussão sobre os modelos de participação em si: que níveis de envolvimento? Que expectativas? Que impacto? Como são avaliados? A questão afirma-se necessária: existirão em Portugal projectos intrinsecamente participativos na área cultural no sentido de uma efectiva partilha de poder e de decisão, ou apenas com elementos participativos? Em que ponto nos encontramos? Esta publicação lança algumas pistas de reflexão sobre esta temática, perspectivando um quadro comum de problemas e de desafios que atravessa diferentes instituições e espaços culturais, mas acima de tudo antevê caminhos de actuação partilhados.
Resumo:
omando como referência fundamental o trabalho desenvolvido pela UNESCO em matéria de proteção do Património Cultural Imaterial (PCI), muito particularmente a Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial (2003), considerou-se oportuno refletir sobre as implicações que este enfoque traz para os museus. São indiscutíveis as repercussões que este instrumento trouxe para o reconhecimento da importância do PCI à escala internacional, motivando um crescendo de iniciativas em tomo da sua salvaguarda. São vários os agentes envolvidos na preservação deste património, no entanto o International Council of Museums (ICOM) reconhece um papel central aos museus nesta matéria. Mas para responder a este repto, os museus terão que repensar as suas estratégias de forma a relacionar-se mais com o PCI, contrariando uma longa tradição profundamente enraizada na cultura material. O presente estudo reflete sobre as possibilidades de actuação dos museus no sentido de dar resposta aos desafios da Convenção 2003, sendo certo que a partir das catividades dos museus é possível encontrar formas de estudar e de dar visibilidade a este património. Em função das especificidades de cada museu, podem ser encontradas estratégias de salvaguarda do PCI, entre as quais se pode incluir o inventário e a documentação (audiovisual, texto, áudio, imagem), a investigação, a divulgação através de exposições e publicações, difusão através da internet, educação não formal, entre outras actividades. Alguns museus começaram já a desenvolver abordagens integradas para a salvaguarda do PCI, cujos exemplos se apresentam. Este tema suscita vários desafios, implicando práticas museológicas inovadoras que possam reflectir o papel dos museus como promotores da diversidade e criatividade cultural. ABSTRACT: Recalling the UNESCO's work towards the protection of Intangible Cultural Heritage (ICH), in particular the Convention for the Safeguarding of the Intangible Cultural Heritage adopted in 2003, I took this opportunity to reflect upon the implications that this recognition brings to museums. The overwhelming success of this document has raised the importance of ICH at international level, motivating a growing number of initiatives towards its safeguard. Accordingly, to the 2003 Convention, there are many agents involved in the preservation of this heritage, yet the International Council of Museums (ICOM) recognizes a central role for museums. Nevertheless, to face this challenge, museums will have to rethink their relationship with ICH in opposition to their deep rooted tradition in material culture. The present study reflects upon the possibilities that museums have to answer the changeling 2003 Convention, recognizing that it’s possible through museum activities to find ways to study and give visibility to ICH. According to each museum specificities, it seems clear that strategies can be engaged in order to promote the safeguard of ICH, including inventory and documentation (audiovisual, audio, text and image), research, promotion through exhibitions, publications, dissemination trough internet and other means, informal education, among other activities. Many museums have already started exploring integrated approaches towards the safeguard of ICH and some of these examples are presented in this study. This theme is challenging, implying innovative museum practices which reflect on museums role towards the promotion of cultural diversity and creativity.
Resumo:
Na Europa a realidade sociodemográfica das cidades tem vindo a mudar substancialmente nas últimas décadas devido à intensificação dos fluxos migratórios e dos efeitos da globalização. Hoje os espaços urbanos são cada vez mais multiculturais, evidenciando diferentes expressões culturais, mas também tensões várias. Como podem os museus contribuir para a discussão sobre diversidade cultural e migração? Que políticas museológicas desenvolvem em torno da diversidade cultural e do diálogo intercultural? Que contributos e iniciativas promovem? Este livro explora as relações que os museus estabelecem com comunidades e grupos associados à imigração, a partir de três estudos de caso: o Museum of World Culture (Suécia), o World Museum Liverpool (Reino Unido) e o Museu Nacional de Etnologia (Portugal). A autora analisa as estratégias desenvolvidas com as comunidades e grupos numa dupla perspectiva, por um lado, enquanto participantes na construção de narrativas contemporâneas sobre património cultural (material e imaterial) e identidade e, por outro lado, enquanto públicos locais no contexto de estratégias de captação de públicos diversos. Uma abordagem histórica dos percursos e contextos institucionais de cada um dos museus revelou as suas especificidades e diferenças, enquanto o balanço comparativo perspectivou problemas e motivações partilhados. Os museus etnográficos estão entre os museus que mais desafios têm enfrentado nas últimas décadas e onde o tema da diversidade cultural interpela de forma transversal as várias frentes de actuação – desde as colecções, à documentação e investigação, às exposições, ao envolvimento de públicos e comunidades, à deontologia, à gestão e ao financiamento. Como demonstra esta obra, a contemporaneidade convoca mudanças significativas na forma como os museus se organizam e no fortalecimento da sua função social.
Resumo:
As viaturas de extinção de fogos que se encontram no espaço da antiga fábrica Robinson, pertenceram outrora à companhia de Bombeiros privativos desta fábrica. Fazem parte de um património cultural da cidade de Portalegre que urge estudar e valorizar como forma de preservar a memória da comunidade local
Resumo:
A presente dissertação de mestrado visa a apresentação de uma proposta de valorização para o espaço edificado do Convento de S. José da Esperança, da cidade de Évora. Procurámos traçar a história do Convento de S. José ao longo de um período de cerca de 200 anos, apresentando ainda as várias funções do imóvel, desde a sua extinção até à atualidade. Abordámos a questão da instalação física do cenóbio, relacionando-a com as razões da escolha da Ordem Carmelita Descalça. Contextualizámos este especto com as origens da Ordem do Carmo, a reforma desta Ordem, originando o nascimento da Ordem Carmelita Descalça, e a sua entrada em Portugal. Sublinhámos a importância das fundadoras e o seu legado testamentário para a subsistência desta instituição religiosa e como essa subsistência conheceu vicissitudes e contrariedades várias ao longo da vida da comunidade. Procurámos depois entender o espaço conventual edificado, pelo que procedemos a uma análise histórico-arquitetónica do conjunto conventual, nomeadamente a ampliação dos espaços, e depois da extinção e da mudança de propriedade, a adaptação a novas funções e as necessárias intervenções nele ocorridas. Por fim, atendendo à história do Convento, à riqueza patrimonial que ele representa tanto para a sociedade em geral como para os Eborenses em particular, atendendo à sua inserção no Centro Histórico de Évora - CHE, com a classificação de Património Mundial atribuída pela UNESCO em 1986, e atendendo ao vasto quadro legislativo nacional e internacional relativo à proteção e valorização do património cultural, apresentámos a nossa proposta de valorização do Conjunto Conventual, que nos parece, em conformidade com o exposto, a mais apropriada àquele espaço. ABSTRACT: This master's thesis aims to propose a recovery area for the valorization of the building space of Convento de S. José da Esperança, in Évora. We traced the history of the Convent of S. José over a period of about 200 years, by exploring the various functions of the building, since its extinction as religious community until now. We addressed the question of the physical installation the life of the religious community, linking it with the reasons for the choice of the Ordem Carmelita Descalça's to settle there. This aspect was then contextualized with the origins of the Ordem do Carmo, the reform of the Order, resulting in the birth of the Ordem Carmelita Descalça, and its entry into Portugal. We emphasized the importance of the founders and their legacy to the livelihood of the subsistence of this religious institution. Along the history the Ordem experienced several setbacks and problems over the life of the community. Our study led to an understanding of the conventual space as a physical building. For that we undertook an historical and architectonical analysis of the conventual set, namely the enlargement of spaces, and after the extinction and the property change, the adaptation to new functions and the necessary interventions that it suffered. We presented our proposal of historical and architectonical valorization of the convent, taking into account the history of the Convent, as a rich heritage, not only for the city of Évora, but also to the country, as a whole. We took into account the fact that the convent is inside the historical centre of Évora (World Heritage City- UNESCO- since 1986), and it must comply to national and international legislative framework for the protection and enhancement of cultural heritage. Our proposal of recovery of the conventual set is, in line with the above, the most appropriate to that space.
Resumo:
Os Vinhos de Talha do Alentejo representam uma herança da presença romana na península ibérica e a sua compreensão e análise são muito importantes para a sua preservação. O trabalho que aqui se apresenta, representa uma parte de um estudo alargado sobre vinhos de talha que procura compreender a influência do método de vinificação em talha na composição química destes vinhos, de modo a poder caracterizá-los num contexto mais abrangente de preservação de um património cultural. Com este trabalho procurou-se saber se as características únicas destes vinhos, conferem alguma alteração na sua composição mineral e se os valores encontrados estão dentro dos valores de referência, nomeadamente no que diz respeito a questões de segurança alimentar, com particular atenção para alguns metais pesados como o Manganês, Níquel, Cobre, Zinco, Cádmio e Chumbo. Para tal, usámos 16 vinhos tintos, 16 vinhos brancos e 15 vinhos palhetes que foram gentilmente cedidos pela organização do concurso VITIFRADES do ano de 2014, e estudou-se a sua composição química elementar em 32 elementos (Na, Mg, Al, P, K, Ca, Sc, Mn, Fe, Co, Ni, Cu, Zn, Se, Sr, Cd, In, Cs, Ba, La, Ce, Pr, Nd, Sm, Eu, Gd, Er, Tm, Yb, Pb e Bi) através de ICP-MS. Os resultados da análise multielementar permitiram concluir que os valores encontrados para estes vinhos estão dentro dos limites esperados, não se verificando nenhuma contaminação metálica, especialmente no que diz respeito a alguns elementos que podem levantar questões importantes de segurança alimentar devido à sua toxicidade
Resumo:
O objetivo dessa dissertação de mestrado é apontar para uma possível razão que explicaria a eliminação de alguns dos prováveis contributos mouriscas à Arquitetura Brasileira - os Muxarabis, Rótulas e Gelosias - durante o Brasil Joanino e Independente ao longo do XIX. O motivo apontado seria a dominação que as nações industrializadas, nomeadamente Inglaterra, exercia sobre Portugal (a antiga metrópole) e Brasil Tais contributos mouriscas foram eliminados das cidades brasileiras através editais que obrigavam a sua retirada e foram substituídos pelo seu equivalente industrializado: as vidraças e estruturas de ferro fundido importados. ABSTRACT: The objective of this master dissertation is to indicate a possible reason that would explain the elimination of some probable Moorish contributes to Brazilian Architecture - Mashrabiyya and Lattice Work - during the Joanine and Independent Brazil through the XIX century. The indicated reason would be the domination which industrialized nations, mainly England, took over Portugal (former colonizer) and Brazil. Such contributes were eliminated from Brazilian cities by official documents forcing their removal and were replaced by their industrialized equivalent: glass window and cast iron imported.
Resumo:
Los campos de trabajo de las ciencias no están basados en las relaciones «materiales» de los «objetos», sino en las relaciones conceptuales de los problemas. Max Weber Este trabajo colectivo, interdisciplinar e interuniversitario, es el resultado de un Seminario Internacional celebrado en la Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad de Valencia durante los días 10, 11 y 12 de junio de 2015. El motivo de un compromiso, largamente trabajado y preparado a través de una serie de intercambios recíprocos previos, era conversar abiertamente sobre: «Formación docente, enseñanza superior y sociología de la educación», dados los acelerados y preocupantes cambios que se estaban produciendo en nuestros respectivos sistemas universitarios. Apesar de significativas diferencias entre los mismos, sí observábamos que importantes aspectos comunes podían y debían ser objetivados. Nuestra finalidad era, pues, comprender y explicar el significado y alcance de dichas transformaciones, para poder estar, en la medida de lo posible, a la altura de los mismos y poder, así, anticipar respuestas. Profesorado y equipos de investigación de Brasil, Portugal, Francia y España decidimos encontrarnos con un objetivo múltiple. 1) Tomar el pulso a la situación que están viviendo nuestros sistemas universitarios, siendo conscientes de la diversidad histórica, política y geográfica en la que estábamos inmersos, al mismo tiempo que sabedores de las relaciones de intercambio desigual y de desequilibrio que se vienen produciendo habitualmente en el contexto mundial de la enseñanza superior. Los cambios en el espacio de educación superior no están afectando de la misma manera a los diferentes sistemas, ya que se encuentran en diferentes fases de desarrollo. No obstante sí se están produciendo procesos globales que afectan directamente a las relaciones entre Universidades y al funcionamiento y estructura de las mismas. 2) Compartir y discutir los proyectos, programas y líneas de investigación en curso, con la finalidad de examinar la posibilidad de colaborar en un diseño comparativo e internacional de investigación sobre el campo social universitario. Un estudio científico de la educación sólo puede hacerse desde una convergencia de problemáticas, de enfoques y de propuestas metodológicas diferenciadas. Es necesaria la cooperación y la acción conjunta de investigadores y docentes de la sociología, de la pedagogía, de la didáctica, de la psicología y de la historia, como mínimo, para objetivar adecuadamente la complejidad del fenómeno educativo. 3) Reflexionar críticamente sobre los diferentes problemas y metodologías que estábamos articulando por separado. Aunque el trabajo científico no se inicie con los hechos ni razone en términos de teorías, sino que se inicia con los problemas y razona en términos de preguntas, es necesario reunir tales problemas/preguntas, debatirlas y reflexionar sobre su carácter y dimensiones, vengan de la realidad social o del ámbito académico. 4) Contribuir a implementar los resultados de nuestra investigación en el diseño de nuevas políticas públicas universitarias y en la transformación de las prácticas docentes y formativas en la Universidad. El equipo constituido era consciente de la necesidad de hacer de la educación superior un espacio formativo y no meramente «profesionalizante», que trabaje por la democratización del saber, por la no discriminación social de acceso al conocimiento y por la disminución progresiva de las desigualdades sociales y educativas; con esta exposición de intenciones nos pusimos a trabajar. Tal declaración de intereses y de valores no afecta meramente a la reflexión metodológica, también afecta a la realidad social. Los investigadores reunidos en este seminario compartimos la necesidad de cambiar las formas de aprender y, por tanto, de enseñar, en el nivel universitario de la educación, conscientes de que un mejor reparto de los recursos educativos va en beneficio de la calidad y profundidad de nuestras democracias y sociedades. La cuestión educativa es una cuestión social y política de primer orden. Y con esta convicción trabajamos y colaboramos. El producto de tan fructífero intercambio fue el compromiso de escribir un texto sobre las investigaciones en marcha para poder concretar de forma más efectiva las problemáticas de investigación y las perspectivas metodológicas que usamos para abordarlas, así como los diferentes marcos teóricos que construimos para intentar responder a dichas problemáticas. La consecuencia de ese compromiso es el conjunto de trabajos que aquí presentamos y que responden a la siguiente estructura de problemas: 1. La naturaleza social de las categorías mentales. El sistema de la experiencia universitaria es de naturaleza social. La universidad, como fenómeno social y cultural, es un sistema de representaciones y de prácticas sociales. Y los elementos de la vida universitaria son el pensamiento y la acción o, mejor, los sistemas de pensamiento y los sistemas de acción, ambos conjuntos, de naturaleza social. Dos trabajos responden a esta problemática. 2. La persistente relación entre desigualdades sociales y desigualdades educativas. A pesar de la naturaleza multifactorial del complejo proceso educativo en la universidad y de la necesidad de complementar enfoques sociológicos, sociodemográficos, familiares, de género, educativos y psicológicos, continúa siendo central la correspondencia entre las diferentes cantidades de capital económico, social y cultural y los diferentes resultados y rendimientos educativos, en el acceso, en la trayectoria y en la salida respecto a la universidad. Esta problemática de la relación entre reproducción social y reproducción cultural está asociada a la de la relación entre selección escolar y selección social. Los cinco trabajos que abordan esta cuestión lo hacen abarcando los diferentes momentos del proceso y atendiendo a la interacción entre representaciones/percepciones y prácticas. Las diferencias en las condiciones de acceso, en las percepciones sobre el valor de la enseñanza superior, en el capital cultural adquirido y en los modos de enfrentarse a la actividad universitaria, marcan la estructura de las divergentes trayectorias universitarias, que devienen tanto vitales como sociales. 3. El impacto y la evaluación de las políticas públicas educativas. De los dos trabajos que elaboran esta problemática en relación al central problema del fracaso, el abandono y el éxito escolares, uno se centra en evaluar con detenimiento un programa universitario, con resultado negativo, y el otro trata de medir el impacto y la importancia que tienen determinados proyectos políticos de educación, con la consiguiente financiación y equipamiento material de recursos educativos. El peso del condicionamiento social no puede ser un pretexto para no dotar adecuadamente a las universidades de medios apropiados para combatir el abandono y el fracaso escolares. Del mismo modo, es fundamental saber diseñar efectivos programas teniendo en cuenta sus condiciones de aplicación, lo cual exige conocer los diferentes contextos y situaciones de enseñanza-aprendizaje. Este bloque es completado con un trabajo teórico sobre la necesidad de abordar el problema del fracaso y del abandono como el resultado de un proceso progresivo de desenganche del sistema escolar, donde juegan las condiciones de partida, pero también las motivaciones y las expectativas respectivas de familias, estudiantes y profesores, adecuadamente mediatizadas por la dinámica de la estructura social. 4. Los diferentes tipos de formación y de aprendizaje que se ponen en marcha en nuestras universidades. Tan importante es conocer cómo valoran los docentes su formación en tanto que profesores y educadores, como saber los distintos tipos de aprendizaje que practican los estudiantes, sabiendo diferenciar entre aprendizaje superficial, adaptativo y profundo. Lo que hacen los mejores profesores y estudiantes universitarios, es decir, los agentes principales de la relación pedagógica que se desarrolla en el espacio de educación superior, es, como los tres anteriores, un factor a tener en muy en cuenta en el análisis riguroso de lo que está ocurriendo en nuestras Universidades, más allá de los cambios sociales y políticos. De los dos trabajos aquí ubicados, uno remite a los saberes docentes y el otro a los modos de enfocar el aprendizaje. Tomando como hilo conductor nuestras investigaciones sobre los hechos, discursos y motivos, que circulan por nuestras universidades, tan distanciadas en el espacio geográfico y tan diferenciadas en el tiempo histórico, aunque compartan un presente interrelacionado, nos percatamos que no nos hemos alejado demasiado del programa de investigación científica de Durkheim acerca del hecho social educativo. En La división del trabajo social aborda las cuestiones de la integración y de la cohesión sociale que están a la base del estudio sobre las desigualdades educativas. En Las formas elementales de la vida religiosa ataca la cuestión de la naturaleza social de las categorías mentales así como la consideración de las instituciones como sistemas de fuerzas, simbólicas y no simbólicas. En la obra póstuma La evolución pedagógica en Francia intenta mostrar la naturaleza histórico-política de nuestros saberes docentes y de nuestros programas de enseñanza. Dealgún modo, nuestros intereses investigadores giran en torno a las siguientes relaciones conceptuales entre problemas: 1. Relación entre prácticas de dominación y modos de construir hegemonías. 2. Relación entre dimensiones y niveles respectivos de la estructura social y del sistema universitario. 3. Relación entre sociedad política, sistema político y políticas públicas, con especial hincapié en la relación entre éxito/fracaso/abandono escolares y dinámica social y vital. Relación, pues, entre sociedad y Estado. En base a estas consideraciones hemos puesto las bases de un diseño de investigación que parte de una serie de preguntas relativas a los modos diferenciales de practicar la experiencia universitaria, a las formas sociales de situarse en la institución universitaria y a las diversas maneras de enfocar tanto el aprendizaje universitario como la evaluación del mismo. Desde un análisis específico de nuestros respectivos sistemas universitarios, nos proponemos llevar a cabo un estudio comparativo entre espacios sociales de educación superior tomando como hilo conductor los tres ejes fundamentales de la contextualización del complejo institucional universitario, a saber: la estructura social, la sociedad política y el sistema educativo en su conjunto, mediatizado por los sistemas de representaciones sociales. Como puede comprobarse, a través del estudio de los trabajos aquí publicados, la articulación de una adecuada y compleja problematización viene de la mano de una plural y consistente tarea metodológica. De todos/ as es conocida la centralidad del método para el tratamiento de la objetividad, de la verdad y de la crítica. Así como la diversidad de las perspectivas metodológicas (distributiva, estructural y dialéctica). Más que de hablar de estudios cuantitativos o cualitativos, estamos ante una serie de trabajos que, a partir de una conveniente triangulación, son conscientes de la perspectiva en que se ubican y del modelo de descripción y de explicación que están practicando. De hecho, tenemos una buena muestra de trabajos dialécticos que atienden a las contradicciones del sistema universitario, estructurales que abordan la mediación entre niveles de representación y de práctica, y distributivos, que a partir de la aplicación del análisis estadístico, ponen en evidencia relaciones significativas. Es esta centralidad de las problemáticas y de la metodología lo que ha posibilitado una provechosa comunicación, más allá de los lenguajes disciplinarios. El Departamento de Sociología y Antropología Social de la Universidad de Valencia, junto con la Facultad de Ciencias Sociales, han sido los escenarios que han acogido la iniciativa de este libro en el marco de un proceso de colaboración institucional interuniversitaria que proseguirá en los Departamentos y Facultades correspondientes de Brasil, Portugal y Francia. Los estudios exploratorios que estamos llevando a cabo en este momento serán puestos en común en el Seminario Internacional que tendrá lugar el próximo año en Portugal.
Resumo:
As plantas medicinais são utilizadas desde há longo tempo para tratar as doenças da população de Timor-Leste. O conhecimento existente sobre essa utilização é muito limitado. Com este trabalho pretendeu-se analisar os três grupos de intervenientes no consumo de plantas medicinais utilizadas para tratar doenças: os curadores as clínicas de saúde e os utilizadores, com o intuito de caracterizar este mercado e identificar as suas principais lacunas. A metodologia utilizada para a realização do trabalho e concretização dos objectivos formulados incluiu o recurso a dados primários e secundários. A obtenção de dados secundários foi feita através de uma revisão da literatura tanto de componentes teóricas como de estudos empíricos. Os dados primários foram obtidos através da aplicação de um inquérito por questionário a cada um dos intervenientes: os curadores, as clínicas de saúde e os utilizadores finais.Com os resultados obtidos tivemos indicações sobre o tipo de oferta e de procura para a utilização de plantas medicinais e para propor medidas para dinamizar esta actividade numa base em que se perspective a segurança da população que as usa e o reconhecimento dos curadores competentes.
Resumo:
No âmbito do projeto abrangente que se propõe Pensar a Educação em Portugal 2015, o contributo do grupo sobre a Educação de Infância situa a sua reflexão na educação das crianças dos 0 anos até entrada para o 1º Ciclo do Ensino Básico (CEB). Tendo consciência que o processo de educação ocorre num continuum entre os contextos de educação formal ao longo de diversos níveis etários e, igualmente, num continuum entre os contextos de educação formal e não formal, situamo-nos neste intervalo etário para podermos produzir um documento com alguma profundidade. Sabemos dos riscos que corremos neste recorte que contraria não só o conceito de educação de infância adotado na Europa, mas também o que foi utilizado em documentos estruturantes, produzidos em Portugal, para uma conceção da educação das crianças mais novas e que se referem à Educação de Infância como a Educação dos 0 aos 12 anos (Conselho Nacional de Educação, 2008). Reconhecemos, igualmente, a educação de infância como um espaço de fronteira (Vasconcelos, 2014) entre diversos espaços de educação e da vida em sociedade, nomeadamente na esfera da saúde, da cultura, do emprego, da cidade e do mundo natural. Sem esquecer que nestes trânsitos estamos, por vezes, a lidar com a criança e outras vezes com o aprendiz, ainda não aluno – mas já habitante de um espaço formal de educação, consideramos com prioridade observar e caraterizar as políticas e as respostas efetivas de educação das crianças entre os 0 e os 6 anos, num contexto socioeconómico de crise onde estas se tornam particularmente vulneráveis, procurando conhecer o que, como país, temos feito pela educação de infância e como projetamos o que queremos fazer nos tempos próximos. O texto organiza-se a partir de três secções procurando identificar as questões e problemas fundamentais, enunciando pontos fortes e fracos, e fazendo referência ao conhecimento produzido em Portugal e noutros países: a primeira, a ecologia da infância como base para a compreensão dos desafios que se colocam à educação de infância procura contextualizar este documento sobre educação num quadro social abrangente que compreenda os desafios da sociedade atual e da situação das crianças e dos seus direitos; a segunda, o papel do Estado na definição e desenvolvimento da educação de infância em Portugal retrata a evolução do papel do Estado enquanto legislador e construtor do papel da criança na sociedade e da identidade da educação de infância em Portugal; a terceira, rede formal de educação de infância equaciona o desenho da rede e a questão do acesso, bem como os/as profissionais de educação de infância e as suas práticas. Por último, e com base no equacionar da situação da educação de infância no tempo presente, enunciaremos linhas de ação que promovam uma educação de infância como garante de um desenvolvimento social sustentável, que combine desenvolvimento com proteção social e equidade ambiental, reforçando a construção de uma sociedade mais justa e desenvolvida.