2 resultados para Compacidade

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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A interacção dos humanos com os computadores envolve uma combinação das tarefas de programação e de utilização. Nem sempre é explícita a diferença entre as duas tarefas. Introduzir comandos num programa de desenho assistido por computador é utilização ou programação numa linguagem interpretada? Modificar uma folha de cálculo com macros é utilização ou programação? Usar um “Integrated Development Environment” ou IDE para inserir dados num ficheiro é utilização (do IDE) ou programação? A escrita de um texto usando LaTeX ou HTML é utilização ou programação numa “markup language”? Recorrer a um programa de computação simbólica é utilização ou programação? Utilizar um processador de texto é utilização ou programação visual? Ao utilizador não se exige um conhecimento completo de todos os comandos, todos os menus, todos os símbolos do software que utiliza. Nem a memorização da sintaxe e de todos os pormenores de funcionamento de um programa é um atributo necessário ou sequer útil ao utilizador; a concretização desse conhecimento não assegura maior eficiência na utilização. Quando se começa, apenas algumas instruções elementares são recebidas, por vezes de um colega, de um Professor, ou obtidas recorrendo à pesquisa na Internet. Com a familiarização, o utilizador exige mais do Software que usa e de si próprio: um manual passa a ser um recurso de grande utilidade. A confiança conquistada gera, periodicamente, a necessidade de auto-exame e de aumento do âmbito do conhecimento. Desta forma, quem utiliza computadores acaba por ser confrontado com uma tarefa que, efectivamente, pode ser considerada ou requer programação. Põe-se uma questão no imediato (se ninguém decidiu por si) que é a da selecção da linguagem de programação. A abordagem multiparadigma e longa experiência de utilização do C++ tornam-no atractivo para aplicações onde a eficiência se combina com a disponibilidade de estruturas de dados e algoritmos adoptados pela indústria (o que coloquialmente se denomina STL, Standard Template Library, cf. [#breymann, #josuttis], mais geralmente biblioteca Standard). Adicionalmente, linguagens populares como o Java, C# e PHP possuem sintaxes inspiradas e em muitas partes coincidentes com as do C e C++. Por exemplo, um ciclo “for” em Java é parcialmente coincidente com o do C99, que é um sub-conjunto do “for” do C++. São os pormenores, a eficiência e as capacidades do C++ que permitem a criação de software Profissional. Todos os sistemas operativos clássicos (Unix, Microsoft Windows, Linux) dispõem de compiladores, IDE, bibliotecas e são em grande parte construídos recorrendo a C e C++. Relativamente a outras linguagens, a quantidade de ferramentas disponível e o conhecimento adquirido durante décadas é difícil de ignorar. Esse conhecimento faz com que a sintaxe do C++ pareça muito maior do que o estritamente necessário e afaste potenciais interessados. A longa evolução do C++ introduziu também uma diferença no estilo muito marcada. Código dos anos 80 e 90 do século XX é frequentemente menos legível do que o que correntemente se produz. Muitos tutoriais disponíveis online fazem parecer a linguagem menos rigorosa (e mais complexa) do que na realidade é, já que raramente é apresentado o caso geral da sintaxe. Constata-se que muitos autores ainda usam os cabeçalhos do C, quando já não são necessários. Scott Meyers afirma que o C++ é uma federação de linguagens [#scottmeyers] e por esse facto requer perspectivas de abordagem distintas de outras linguagens. Sem alguma sistematização é difícil apreciar a sua compacidade e coerência. Porém, a forma harmoniosa como as componentes sintácticas se encaixam é uma grande mais-valia do C++ só constatada com experimentação e leitura atenta. A presente monografia dirige-se a quem pretenda utilizar o C++ como ferramenta profissional de Software. Em termos de pré-requisitos Académicos, dir-se-á que um curso (1º Ciclo) de Ciência ou de Engenharia aumentará o interesse por certos aspectos mais técnicos da linguagem mas qualquer indivíduo com gosto pela experimentação tirará proveito do conteúdo. Este texto não busca a exaustividade enciclopédica na cobertura do tema. Neste texto forneço, de forma directa, uma introdução ao C++ a qual permite começar a produzir código sem os custos da dispersão de fontes e notações na recolha de informação. Antecipo assim a sua utilização nos Países de Língua Portuguesa, uma vez que os textos que encontrei são ora mais exigentes ora menos completos, frequentemente ambos.

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Esta dissertação retoma um estudo com 49 cabras e 45 cabritos da raça Serpentina, 24 cabras e 28 cabritos da raça Charnequeira, exploradas em regime extensivo. Pretende ser um contributo para a caracterização destas raças. Com este objectivo calculou-se a fertilidade que foi de 92% nas duas raças e a prolificidade foi de 160% (62,5% partos duplos) na Serpentina e de 141% (57,1% partos duplos) na Charnequeira. A mortalidade dos cabritos, do nascimento até ao desmame, foi de 15,7%, na Serpentina e de 6,6%, na Chamequeira. Os pesos das cobrições ao parto, na Serpentina aumentaram 17% e 13,6% na Chamequeira, apresentando variações significativas na raça, mas não entre raças. Os cabritos de partos simples obtiveram maiores ganhos médios diários do nascimento ao desmame. Não houve variações significativas nos pesos entre machos e fêmeas. Analisaram-se 24 carcaças de cabritos, machos inteiros. O Rendimento Corrigido foi de 52% para as duas e a relação Músculo/Osso de 2,13 (Charnequeira) e 2,12 (Serpentina). O Índice Compacidade para a Charnequeira foi de 11,78 e 11,29 para a Serpentina, evidenciando esta melhor conformação. Definiram-se os seguintes cortes nas carcaças: I-Pá; II-Perna; III- Costela+Sela; IV-Aba; V-Pescoço. Analisou-se o músculo quanto à gordura, proteína, cálcio e fósforo. ABSTRACT: This dissertation retrieves a study involving 49 goats and 45 kids of Serpentina breed, 24 goats and 28 kids of Chamequeira breed exploited in an extensive management. It is intended as a contribution to the characterization of these breeds. To this end, various reproductive parameters were calculated. The fertility stood at 92% in both breeds and the prolificacy in the breed Serpentina was 160% (62.5% in twin births) and in the breed of Chamequeira was 141% (57.1% in twin births). We noted a mortality rate in kids from birth to weaning higher in the Serpentina breed (15.7%), while the Chamequeira breed recorded 6.6%. The evolution of the weights during the mating period to childbirth, increasing 17% in the Serpentina breed and 13.6% in Chamequeira breed. We noted significant variations in each breed, but not between each other. The kids resulting of simple birth had higher average daily weight gain from birth to weaning. We did not note significant variations of weight between males and females. We analysed the carcasses of 24 male kids. The corrected yield was 52% for both breeds and the muscle-bone ratio was 2,13 (Chamequeira) and 2,12 (Serpentina). The compactness index for the Chamequeira breed was 11.78 and 11.29 for the Serpentina breed, showing Serpentina breed had better conformation. We proposed the following cuts in the carcass: I-Shovel, II Leg, III- Rib +Sela, IV-Aba and V-Neck. We also analysed the muscle according to their fat, protein, calcium and phosphorus, aiming to show the dietary interest of this muscle.