2 resultados para Civilização

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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INTRODUÇÃO: A água, elemento fundamental para o florescimento de qualquer civilização, foi desde tempos imemoriais diligentemente procurada e habilmente posta ao serviço do homem. A sua maior ou menor abundância e qualidade, condicionou a formação e desaparecimento de muitas cidades, assim como o seu grau de riqueza e desenvolvimento. Contudo, se nos primórdios o homem escolhia o sítio de fixação essencialmente em função das condições hídricas do local, épocas houve em que outros interesses mais fortes ditaram a sua escolha. Aparecem então sitias inóspitos povoados, e onde a população carenciada desse bem essencial que é a água, a teve de obter por processos mais ou menos engenhosos. Ao abastecimento em fontes naturais ou rios, seguiu-se todo o percurso de construção de poços e cisternas que, recolhendo e armazenando a água do sub-solo ou das chuvas, permitiu a sua utlização mais racional. Com o aumento populacional, e a escassez de recursos aquíferos, foi necessário recorrer-se a captações em locais cada vez mais distanciados dos núcleos urbanos. A condução dessa água que primitivamente era feita simplesmente por gravidade, através de canais ou tubagens, assumiu carácter inovador com os gregos (construção dos primeiros túnel e sifão que se conhecem na adução de água) e com os romanos, com a utilização pela primeira vez, também, de arcarias para suporte do canal ou tubagem adutora. A aplicação destes princípios básicos, extremamente simples, aliados à precisão de execução legou-nos verdadeiras obras monumentais, obras essas acima de tudo essenciais ao florescimento das antigas cidades. Em Portugal, na exiguidade deste território, muitos foram os aquedutos construídos ao longo dos séculos. As arcarias, mais ou menos monumentais destas aduções de água, passaram a marcar significativamente algumas das nossas paisagens urbanas e rurais. Foram os romanos que desempenharam em Portugal um papel decisivo na construção destas imponentes infraestruturas hídricas, essenciais às exigências públicas da população romana aqui instalada.

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A criação do espaço de habitar está na origem do Homem. Através do seu entendimento da paisagem, o Homem foi ao longo dos tempos adaptando o seu espaço segundo as suas atividades e necessidades específicas. Desde o abrigo até à casa contemporânea, novas formas foram sendo criadas e adaptadas, acompanhando a evolução humana, baseada nas novas formas, atividades e requisitos definidos na realização pessoal. Numa época onde os requisitos habitacionais são cada vez mais estritos na garantia de um conforto e segurança padronizada, verificamos a existência de díspares formas de habitar. Juntamente com a valorização contemporânea dos direitos humanos podemos entender grande parte da população não tem o devido acesso a espaços verdadeiramente adaptados aos seus requisitos de habitar. Socialmente encerrados em torno de uma civilização globalizada, vivemos cúmplices de uma desigualdade social, que não consegue garantir o direito a uma habitação adequada para todos. Desta forma procura-se perceber as causas das falhas no cumprimento dos direitos humanos fundamentais e das desigualdades no sector habitacional. Entendendo o papel fundamental das populações e do sector da construção na criação dos seus habitares e tentando esclarecer o papel fundamental da arquitetura na requalificação dos espaços de habitar, oferecendo soluções e formas práticas acessíveis a todos os habitantes para a construção de um futuro sustentável, adaptado e dignificante da vida humana; ABSTRACT: The creation of the space of inhabiting is in the Man’s origin, through his under- standing of the landscape, the Man was along the times adapting his space second their activities and specific needs. From the shelter to the contemporary house, new forms were being created and adapted, accompanying the human evolution, based on the new forms, activities and defined requirements in the personal accomplishment. In a time where the habitational requirements are more and more strict in the warranty of a comfort and standardized safety, we verified the existence of disparate ways of inhabiting. Together with the contemporary valorization of the human rights we can understand great part of the population doesn’t have the access to spaces truly adapted to their requirements of inhabiting. This way we try to notice the causes of the flaws in the execution of the fundamental human rights and of the inequalities in the habitational sector. Understanding the fundamental paper of the populations and of the construction sector in the creation of our inhabit and trying to explain the fundamental paper of the architecture in the qualification of the spaces of inhabiting, offering solutions and accessible practical forms to all of the inhabitants for the construction of a maintainable future, adapted and dignifying the human life