3 resultados para Ciència -- Educació -- Congressos

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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Os Congressos científicos internacionais constituem parlamentos itinerantes que também significam viagem – ritualizações de turismo científico – produzindo registros que se agregam em Comptes Rendus e nos Arquivos das instituições, como o Arquivo do Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa (MUHNAC_UL). Pretendemos dar a conhecer alguns eventos do XII Congresso Internacional de Zoologia, em Lisboa, de 14 a 21 de Setembro de 1935, ao qual acorreram trezentos e seis participantes/comunicantes vindos da Europa, da Ásia (especial destaque para o Japão), da América, com representação oficial do Brasil, para além dos representantes das instituições científicas de todo o mundo que marcaram presença na semana Internacional de Zoologia de Lisboa. Um evento cientifico-cultural-diplomático-social em contexto internacional de acordo com os cânones da profissionalização da Zoologia. Um congresso, em Lisboa, onde nós vamos cruzar com Cândido de Mello Leitão (1886-1948), representando a Academia Brasileira das Ciências e simultaneamente outras instituições científicas do Brasil, para além da sua qualidade de comunicante de biólogo e naturalista, que mereceu destaque particular no espaço de divulgação pública do Congresso.

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Sob o signo de «Portugal e a cultura europeia», no século XX, faz-se uma incursão pela história da cultura científica que agrega Congressos científicos, Museus de História Natural e Coleções como cultura material. Artur Ricardo Jorge (1886-1972), naturalista e diretor do Museu Bocage em Lisboa, assume neste estudo o papel de protagonista para seguir o debate sobre o papel dos Museus de História Natural na política científica, na investigação e na educação científica. Um estudo de caso que permite confirmar uma agenda de história das práticas científicas e culturais sobre a participação de Portugal nas redes internacionais de troca de conhecimentos e de circulação científica, neste caso de Naturalistas/ Zoologia, no período do Estado Novo.

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Em 1880, uma parte de uma Europa científica marca encontro em Lisboa, no XV Congresso Internacional de Antropologia e Arqueologia Pré-Histórica, coincidindo com a euforia europeia de nacionalismo, de cientismo e de colonialismo científico. Um Congresso Científico permite olhar para práticas científicas e culturais decorrentes da rede de organização de congresso científicos internacionais, como «parlamentos científicos itinerantes» que mobilizam cidades e Estados. Este focus permite convergir para uma história da ciência em áreas de interface de prática científica: diplomacia e relações internacionais; ciência, cientistas e construção de identidades exibidas e propagandeadas nos programas sociais, nas visitas de turismo, nas sessões de abertura e de encerramento ou de receções festivas. Cada um dos focus de parlamentarismo científico itinerante funcionaram também como instrumentos de construção do publico entendimento da ciência, numa clara afirmação da importância do capital científico da primeira metade do século XX!