2 resultados para Anatomia humana -- Ensenayment universitari

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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O presente trabalho congrega, em si, o estabelecimento de uma ligação entre as áreas científica e artística, justificando o trabalho do actor com elementos inerentes à anatomia humana e aos progressos na ciência sobre o estudo do comportamento e cérebro humanos. A arte do actor é, neste estudo, vista como uma ciência de palco desenvolvida a partir do esqueleto e do corpo em vida, atentos aos impulsos psico-fisicos, prolongando a acção quotidiana na acção extra-quotidiana. Se na ciência a menor unidade, viva, do organismo humano é a célula, este estudo reclama o impulso como a unidade mínima do teatro e, por conseguinte, do trabalho de actor. Esta análise complementa-se, perspectivando a célula vivente como o núcleo da relação entre o invisível, como processo mental, e o visível como processo e manifestação física do trabalho do actor dentro e fora do palco. ABSTRACT; The present work congregates the creation of a connection between scientific and artistic areas, justifying the actor's work through characteristic elements of human anatomy and through the scientific advances on the study of the human brain and of human behaviour. ln this study, the actor's art, is viewed as a stage science based on the human skeleton and on the living body, both conscious of the psycho-physical impulses that extend everyday action to the extraordinary action. If in science the smallest living unit in the human body is the cell, then, this study argues that the impulse is the smallest unit in theater and therefore, of the actor's work. This analysis complements itself, envisaging the living cell as the core of the relationship between the invisible, as a mental process, and the visible, as a process of physical manifestation of the actor's work in(side) and out(side) of stage.

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Nos meados da década de 60, o Nobel da Medicina Sidney Brenner propôs a utilização do nemátode bacteriófago, do solo, Caenorhabditis elegans, também conhecido como C. elegans, para estudos de genética e desenvolvimento, dado possuir um conjunto de características que o tornavam o ideal para modelo biológico, nomeadamente a sua pequena dimensão (ca. de 1 mm), facilidade de observação, facilidade de cultivo e manutenção em laboratório, curto ciclo de vida com uma capacidade reprodutiva notável, presença de hermafroditas e machos (5%). O seu artigo seminal de 1974, “The genetics of C. elegans” abriu o caminho para a investigação nesta área. Hoje em dia, revistas como a Nature, Science, Genes and Development, etc… publicam frequentemente os resultados da investigação com recurso a este modelo. É de notar, no entanto, que os nemátodes têm sido utilizados há muito tempo como modelo de estudo, tais como van Beneden, em finais do século XIX, que observando células de Ascaris equorum, descobriu o fenómeno da meiose. O fenómeno da fertilização foi igualmente descoberto num nemátode. Desde a década de setenta até aos nossos dias, o C. elegans tem sido intensamente utilizado para estudos de anatomia interna e sua correlação com linhagens celulares e desenvolvimento. Assim, Sulston e Horvitz elucidaram a origem e desenvolvimento das 959 células somáticas que, de uma forma constante, se produzem nesta espécie (eutelia). Um dos primeiros sistemas a ser estudado foi o sistema nervoso, sendo este nemátode o primeiro animal de que se conhece perfeitamente a identidade de todos os neurónios, a sua linhagem e o circuito nervoso global. Para além de modelo de biologia do desenvolvimento, o C. elegans tem sido alvo de estudo do fenómeno do envelhecimento celular, tendo sido possível identificar os respectivos genes. Kennyon, nos anos 90, e mais recentemente Arantes e Oliveira, têm demonstrado ser possível “prolongar” a vida deste animal de 21 para mais de 180 dias, o que corresponde a 675 anos em vida humana, através de manipulações diversas, tais como agentes mutagénicos, ablação com raio laser, etc.. Também o mecanismo de morte celular programada ou “apoptose” tem sido estudado neste modelo. Em 2002, o Comité Nobel entendeu atribuir o prémio Nobel da Medicina a Brenner, Sulston e Horvitz “for their discoveries concerning genetic regulation of organ development and programmed cell death”. É interessante notar pela leitura de “The common thread”, de John Sulston, a importância decisiva da sequenciação do genoma de C. elegans, em 1998, para o avanço na sequenciação do genoma humano efectuada em 2000, e de cuja mega-equipa Sulston participou de forma decisiva. Finalmente, e como modelo pedagógico, o nemátode C. elegans constitui a escolha ideal para diversas disciplinas dos cursos de Biologia, tais como Biologia celular, Histologia, Biologia do Desenvolvimento, Genética, Etologia, etc….