2 resultados para Algas marinhas

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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Seagrass beds are productive ecosystems that maintain high levels of biodiversity, making them susceptible to anthropogenic pressures such as bivalve harvesting. Nematodes are considered great ecological indicators as changes in their density, diversity and structure may represent changes in the environment. This experimental fieldwork aimed to assess the impact of the bivalve harvesting on the nematodes assemblage of a seagrass bed in the Mira estuary by simulating the digging activity. Two plots were subjected to the digging (D1 and D19) and two plots were control (C11 and C18). The sampling took place in five occasions: T0 – before digging; T1 – 14 days; T2 – 45 days; T3 – 75 days; and T4 – 165 days after digging. The results showed no significant difference in the nematode assemblages’ density, diversity and trophic composition between treatments and sampling times, evidencing their high tolerance for naturally stressed environments and to the level of digging they were exposed; Recuperação natural das comunidades de nematodes bentónicos associados aos povoamentos de Zostera noltii após atividade de marisqueio Resumo: As pradarias marinhas são ecossistemas produtivos que suportam elevados níveis de biodiversidade, pelo que estão sujeitos a pressões antropogénicas. Os nematodes são bons indicadores ecológicos pois respondem rapidamente a qualquer perturbação por alterações na densidade, diversidade e estrutura. Este trabalho experimental teve como finalidade o estudo da recuperação natural das comunidades de nematodes associados aos povoamentos de Zostera noltii pela simulação da atividade de marisqueio. Dois plots foram sujeitos a revolvimento (D1 e D19) e dois plots serviram como controlo (C11 e C18) e foram efetuadas amostragens em cinco ocasiões: T0 – antes do revolvimento; T1 – 14 dias; T2 – 45 dias; T3 – 75 dias; e T4 – 165 dias após revolvimento. Os resultados obtidos não mostraram diferenças significativas na diversidade, densidade e composição trófica das comunidades de nematodes entre tratamentos e tempos de amostragem, evidenciando a sua elevada tolerância a ambientes naturalmente dinâmicos e ao nível de revolvimento a que foram expostas.

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Embora existam alguns trabalhos pontuais pioneiros anteriores a 1980, foi a partir desta data que se intensificaram os estudos sobre as comunidades vegetais e animais do rio e do estuário do Mira. Em água doce, estes trabalhos têm incidido preferencialmente sobre a comunidade piscícola, embora mais recentemente os macroinvertebrados bentónicos tenham começado a ser alvo de uma atenção particular, devido à sua importância na avaliação da qualidade ecológica da água. Estas mesmas componentes têm sido especialmente estudadas no estuário do Mira, muitas vezes devido à sua importância como recursos haliêuticos. Também os povoamentos vegetais intertidais (ou entremarés), sobretudo os sapais e as pradarias de zosteráceas, têm sido alvo de uma atenção especial por parte da comunidade científica, principalmente por causa da sua relevância ecológica. O facto de o estuário do Mira ser considerado um sistema salobro relativamente preservado em termos de impactos das atividades humanas conduziu ultimamente à realização de um número acrescido de estudos científicos, no sentido de conhecer este tipo de comunidades em situações próximas das pristinas. Na costa alentejana oceânica foram realizados diversos trabalhos sobre a abundância e distribuição de organismos que vivem em ambientes litorais ou mais profundos, em fundos dominados por substratos duros ou sedimentos, e também em ambientes pelágicos. Alguns destes trabalhos datam do início ou de meados do século XX e permitiram, mais tarde, avaliar eventuais alterações na abundância e distribuição de algumas espécies, estudar a dispersão de espécies exóticas e o impacte de alterações climáticas. As caraterísticas físicas peculiares da costa alentejana e a sua situação biogeográfica têm motivado a realização de diversos trabalhos de comparação de populações ou comunidades à escala da costa continental portuguesa ou europeia. Noutros trabalhos, foi estudado o crescimento, a reprodução e o recrutamento de organismos marinhos, nomeadamente de algas e invertebrados, os processos responsáveis por padrões de variação da abundância e distribuição, e diversos aspetos relacionados com a pesca, a conservação e a poluição. O conhecimento científico sobre o património biológico aquático da bacia hidrográfica do Rio Mira e da zona costeira alentejana é significativo e está patente em cerca de três centenas de trabalhos publicados e em diversas áreas científicas abrangidas. É importante encontrar formas adequadas para um melhor usufruto deste património e do seu conhecimento científico por parte da população, nomeadamente ao nível da sua acessibilidade, interpretação e aplicação. Além de desenvolver a investigação científica nas áreas abordadas e em novas áreas, também é importante efetuar o cruzamento deste conhecimento científico com o de outras áreas do saber.